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- Portugal e a crise de refugiados: entre o discurso e a práticaPublication . Teles, Gessica Elaine de Souza; Costa, Bruno Daniel Ferreira daTem se verificado, nas últimas décadas, um crescente aumento da migração em todas as partes do mundo, sobretudo de refugiados, que são obrigados a deixarem o respetivo país face a situações de ameaça às próprias vidas, aos seus direitos e à sua liberdade. A Europa, seja pela estabilidade democrática ou pelo nível de vida, tornou-se um polo de atração para os migrantes involuntários que procuram segurança e oportunidades para recomeçarem as suas vidas. Em 2015, o agravar dos conflitos no Médio Oriente e no Norte da África desencadeou a fuga em massa de milhares de pessoas e despertou a consciência coletiva para o drama dos refugiados. Confrontados com o maior e mais desafiador fluxo migratório desde a Segunda Guerra Mundial, a União Europeia está sob forte pressão no sentido de lidar com a crise de refugiados, salvaguardando os interesses nacionais e assegurando os princípios de solidariedade e responsabilidade internacional. Na tentativa de encontrar soluções conjuntas e eficazes para lidar com o grande contingente de refugiados que entraram na Europa, teve lugar em junho de 2015 o Conselho Europeu, onde foi decidido um esquema de emergência temporário de relocação e reinstalação destes cidadãos. Nesse sentido, Portugal comprometeu-se a acolher um total de cerca de 10.000 pessoas refugiadas. Através do estudo exploratório e por meio da análise descritiva, procuraremos mapear as políticas de acolhimento portuguesas e comparar a disponibilidade de acolhimento e as estratégias de integração. Portugal tem exercido um papel relevante no acolhimento de refugiados e mostra-se engajado em cooperar com a União Europeia na partilha das responsabilidades sobre os migrantes involuntários que têm entrado na Europa. Mas será que tem integrado os refugiados de uma forma eficiente? Importa referir que é fundamental pensar em medidas de integração dos refugiados na sociedade portuguesa, pautadas no empoderamento e emancipação do indivíduo, com a garantia do pleno gozo dos direitos sociais, políticos e económicos.