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- A Empatia e a Capacitação do Consulente em Medicina Geral e FamiliarPublication . Lourenço, Joana Alexandra Fernandes; Simões, José Augusto Rodrigues; Santiago, Luiz Miguel de Mendonça SoaresIntrodução: A Medicina Centrada na Pessoa assume um papel muito importante na Medicina Geral e Familiar, sendo a relação Médico-Paciente um dos pilares fundamentais a investir, em prol da melhoria da prática clínica. A Empatia como atributo cognitivo que envolve a compreensão do consulente e a capacidade para comunicar a intenção de o ajudar e a Capacitação que expressa a melhor gestão de problemas de saúde pelo consulente são dois conceitos imprescindíveis a ter em conta na arte de comunicação médica com o paciente. Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar a evolução dos resultados da empatia médica e capacitação dos consulentes após a consulta com o seu(a) Médico(a) de família e verificar se existe correlação entre dois instrumentos, em ciclo de garantia de qualidade. Material e Métodos: Estudo observacional, com a aplicação de dois questionários Jefferson Scale of Patient Perceptions of Physician Empathy - (mede a empatia) e Patient Enablement Instrument/Instrumento de Capacitação do Consulente (mede a capacitação), ambos validados para o efeito, a 284 utentes do ACeS Gaia-USF Gaya. Obtidas informações relativas à idade, género, toma diária de medicação, grau de formação, atividade profissional dos consulentes e do consentimento informado. Posteriormente, verificámos se havia correlação entre os dois instrumentos. Resultados: A resposta mais dada no questionário da Empatia foi a máxima (7) e a média das respostas foi 6,2 (desvio padrão 1,8). As afirmações com melhores pontuações foram “capaz de compreender as coisas na minha perspetiva” e “É um médico que me compreende”. Na Capacitação o valor médio foi de 1,8 (desvio padrão 0,5). As opções predominantemente escolhidas foram as respostas intermédias “Melhor/Mais” e “Igual ou pior/menos”. As menos escolhidas foram “Muito Melhor/Mais”. A correlação entre os dois instrumentos, apesar de significativa (p=0.008), foi positiva e fraca (0.232). Discussão e Conclusão: Os resultados indicam que a maioria dos consulentes têm scores elevados de Empatia. A Capacitação após consulta com o Medico de Família de um modo geral as consultas foram benéficas, contudo foram poucos os que sentiram suficientemente capacitados para responder “Muito melhor “, resposta mais pretendida. É necessário que o medico averigue se os consulentes realmente percebem o que é discutido na consulta, estimulando a sua participação no processo de decisão, mantendo os saudáveis e incentivando--os a sentirem-se confiantes com o seu estado de saúde. Mais estudos devem ser realizados, com amostras significativas, com outros indicadores, ou utilizar outras abordagens, em mais regiões do País.
- Terapias Cognitivas Comportamentais na Perturbação Obsessivo-CompulsivaPublication . Dias, Joana Maria Pereira; Fontes, Maria Silvina SalvadoA perturbação obsessivo-compulsiva é uma patologia psiquiátrica constituída, fundamentalmente, pela intrusão de forma incoercível e repetitiva de pensamentos indesejados – obsessões -, e de comportamentos que se impõem à vontade do sujeito, muitas vezes realizados de forma ritualizada – compulsões. A terapia cognitiva comportamental juntamente com os inibidores de recaptação de serotonina apresentam-se como o tratamento de primeira linha desta patologia. As terapias cognitivas comportamentais evoluíram ao longo do tempo e existem vários conceitos ainda desconhecidos por parte da comunidade médica. Este trabalho tem como objetivo principal avaliar, não só o sucesso das terapias cognitivas comportamentais no tratamento da perturbação obsessivo-compulsiva, mas também realizar uma profunda análise sobre como estas evoluíram, quando e como devem ser integradas a cada individuo, e qual será o futuro destes tratamentos nesta patologia, através de uma revisão de literatura sobre o tema. Além disso, para perceber como as terapias cognitivas comportamentais têm efeito na perturbação obsessivo-compulsiva é necessário compreender a epidemiologia e a sua classificação, de acordo com a literatura mais recente e analisá-la segundo a sua etiopatogenia, sintomas, diagnóstico e gestão farmacológica. De encontro com os estudos existentes na área, com este trabalho conclui-se que a terapia cognitiva comportamental está amplamente difundida para a perturbação obsessivo-compulsiva e que as abordagens de primeira linha podem ser tanto por técnicas com exposição e prevenção de resposta, terapia cognitiva ou as duas juntamente. Sendo que estes tratamentos são os que têm evidencia mais robusta. No entanto, muito caminho há ainda para percorrer no que toca não só à patologia em si e seus mecanismos fisiopatológicos, como no que toca ao tratamento, especialmente no que concerne ás terapias cognitivas comportamentais de terceira geração.