Browsing by Issue Date, starting with "2019-06-14"
Now showing 1 - 10 of 10
Results Per Page
Sort Options
- Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção em Pré-EscolaresPublication . Torres, João Rafael Pinto Soares; Correia, Paula Cristina Moreira AntunesEm Portugal, atualmente, não existe indicação para tratamento psicofarmacológico da Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção em pré-escolares (crianças com idade inferior a 6 anos). A presente monografia tem como objetivo perceber se existe ou não benefício em medicá-las atendendo ao quadro clínico, através da revisão sistemática de artigos e livros científicos, e se sim, em que situações (tendo em conta os ambientes individual, escolar, familiar e social). Assim sendo, procedeu-se a uma pesquisa de artigos científicos na base de dados PubMed, com ênfase naqueles que apresentavam estudos clínicos randomizados, duplamente cegos e cujo conteúdo ia de encontro ao propósito desta revisão. Através de uma seleção rigorosa, com palavras-chave específicas, cronologia, tipos de estudo e, subsequentemente análise e exclusão com base no resumo, título e artigo completo, obteve-se para elegibilidade sete artigos completos, com os quais se conseguiram dezassete referências de estudo organizadas em duas tabelas com a finalidade de verificar e comparar certas características. Além disso, em onze referências de estudo foi necessário recorrer ao artigo original respetivo face à escassa informação existente, levando a que o número total de artigos elegíveis obtido aumentasse de sete para dezoito. Concluindo, verificou-se que antes de qualquer intervenção farmacológica deve-se iniciar uma terapia cognitivo-comportamental de, pelo menos, oito semanas. A não melhoria ou agravamento dos sintomas clínicos significa que uma abordagem com psicofármacos seria vantajosa, em que o metilfenidato seria a escolha de primeira linha, sendo que não é aprovado pela “Federal Drug Administration”. Desta forma, uma das razões para o metilfenidato estar em primeiro lugar na hierarquia medicamentosa pode ser o facto de este ser o psicofármaco com o maior número de estudos clínicos existentes até à presente data, bem como integrar o maior ensaio clínico randomizado (“Pharmacotherapy of the Preschool Attention Deficit Hiperativity Disorder Treatment Study”) constituindo a melhor evidência científica clínica neste momento, referindo de uma forma geral que existe segurança e eficácia em relação ao mesmo, apesar de alguns efeitos adversos terem sido reportados. Desta forma, no futuro é preciso incidir na realização de mais estudos clínicos, com o maior número de pré-escolares possíveis; diminuir ao máximo o “dropout” das crianças; comparar entre todos os psicofármacos passíveis de benefício clínico e apostar na investigação, não só dos medicamentos que existem como na criação de novas abordagens terapêuticas.
- Poder terapêutico do cão na Perturbação do Espectro do AutismoPublication . Sousa, André Filipe Ribeiro de; Correia, Paula Cristina Moreira AntunesAs Perturbações do Espectro do Autismo (PEA) são um conjunto de distúrbios que afetam o desenvolvimento precoce da criança e são clinicamente caraterizadas por défices da comunicação e interação social e pela presença de padrões de comportamentos e interesses restritos e repetitivos. Trata-se, portanto, de uma patologia com bastantes repercussões quer para o doente, quer para quem o rodeia. Nos últimos anos, graças a uma atualização dos critérios e aumento da capacidade de diagnóstico, bem como uma maior conscientização da população para a existência desta patologia, tem-se verificado um notável aumento no número de indivíduos diagnosticados. Dados indicam que, em Portugal, haja uma prevalência de 1% de Perturbação do Espectro do Autismo em crianças. Tratando-se de uma patologia com uma etiologia até agora não completamente esclarecida, também a sua abordagem diagnóstica e terapêutica é ainda precária e, portanto, alvo de grande estudo. A exploração dos aspetos emocionais da relação entre crianças e animais acarreta diversos benefícios, que se encontram descritos na literatura atual. Existem diversas abordagens, que baseadas nesta premissa, começam a ser aplicadas a crianças autistas. Assim, a terapia assistida por animais e, dentro desta, o recurso a cães de terapia, é um exemplo de algo que se tem tornado uma realidade em algumas partes do mundo. Esta dissertação tem como objetivo sistematizar o conhecimento atual sobre o efeito terapêutico da utilização canina nas suas diversas dimensões (cães de assistência, cães de terapia ou como animais de estimação), na abordagem à Perturbação do Espectro do Autismo e verificar se existe evidência científica que valide a sua utilização.
- A Influência da Dieta Mediterrânica na Doença de AlzheimerPublication . Gregório, Ana Rita Cagigal; Álvarez Pérez, Francisco JoséA doença de Alzheimer é caraterizada pelo declínio progressivo da função cognitiva e constitui a principal forma de demência, contribuindo possivelmente para 60-70% do total de casos. Em 2015, a OMS estimou que o número de pessoas com demência no mundo rondaria os 47 milhões de indivíduos. Em Portugal, embora nunca tenha sido feito um estudo epidemiológico da doença, a Associação Alzheimer Europe estima que no ano de 2012 havia 182 526 pessoas afetadas. Não existe, atualmente, cura ou tratamento que altere a história natural da doença. Sabe-se, contudo, que as alterações a nível cerebral associadas à doença de Alzheimer ocorrem décadas antes da sua manifestação clínica. Como tal, torna-se urgente apostar em medidas que previnam o seu aparecimento, o que passa pelo controlo dos fatores de risco modificáveis, onde a dieta tem vindo a assumir particular importância. Neste âmbito, tem sido dirigido foco crescente à dieta Mediterrânica. A dieta Mediterrânica carateriza-se pelo consumo elevado de vegetais, legumes, frutas, nozes, cereais e ácidos gordos insaturados (nomeadamente o azeite), consumo moderado a elevado de peixe, consumo baixo a moderado de lacticínios, baixo consumo de carne e, por fim, consumo regular, mas moderado, de álcool. Acredita-se que o seu impacto na doença de Alzheimer esteja relacionado com o seu potencial anti-inflamatório e antioxidante, recentemente implicados na fisiopatologia da doença. Nesta revisão, pretende-se reunir de forma sistemática evidência acerca da influência da dieta Mediterrânica na doença de Alzheimer, tanto em indivíduos saudáveis, como em doentes com défice cognitivo ligeiro, tentando compreender os mecanismos subjacentes a esta relação.
- Emergências hipertensivasPublication . Lopes, Carla Daniela Oliveira; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro de; Rodrigues, Manuel de CarvalhoA Hipertensão Arterial é, hodiernamente, uma das principais doenças crónicas da população e representa uma prevalência em Portugal de 42,2% segundo o estudo PHYSA. (1,2) Grande parte destes doentes são orientados em Medicina Geral e Familiar. No entanto, os casos mais complexos e refratários ao tratamento são encaminhados para a consulta hospitalar. Com controlo adequado da pressão arterial, apenas uma pequena percentagem dos pacientes hipertensos desenvolvem episódios de crise hipertensiva, ocorrendo mais, este evento adverso, nos indivíduos de raça negra, idosos e naqueles pouco aderentes ao tratamento com anti-hipertensores. (3) Emergência hipertensiva é definida como Hipertensão Arterial grau 3, ou seja, pressão arterial sistólica superior a 180 mmHg e/ou pressão arterial diastólica superior a 110 mmHg associada a lesão de órgão-alvo. (4) Ainda assim é frequente no Serviço de Urgência a ocorrência de emergências hipertensivas, que necessitam de atenção imediata, de modo a diminuir os valores de pressão arterial, normalmente com terapêutica intravenosa. (4) Com este estudo pretende-se caracterizar os doentes com emergência hipertensiva do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, avaliar se é dado o correto encaminhamento para consulta especializada e, por outro lado, quais eram previamente acompanhados na consulta hospitalar.
- Esclerose Lateral AmiotróficaPublication . Alves, Sara Madalena Correia; Álvarez Pérez, Francisco JoséIntrodução: A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença neurodegenerativa caraterizada pela degeneração simultânea de neurónio motor superior e neurónio motor inferior. Tem uma incidência estimada de 2,16/100.000 pessoas-ano. Os sintomas de apresentação mais comuns incluem fraqueza, fadiga e atrofia muscular, com início focal. Ocorre uma evolução progressiva e generalizada, culminando na morte por insuficiência muscular respiratória. Fatores ambientais, genéticos e do acaso parecem interagir. A nível celular, diferentes anormalidades contribuem para a lesão nervosa, nomeadamente, excitotoxicidade e agregação proteica. Os fármacos disponíveis, atualmente, não modificam a doença. Oferecem um aumento pouco significativo da sobrevida e diminuem a progressão funcional. A terapêutica fundamental da Esclerose Lateral Amiotrófica é, então, direcionada aos sintomas, como parte integrante de uma abordagem multidisciplinar que coloca o doente no centro. Objetivos: Com este trabalho pretende-se dar a conhecer de forma breve e simplificada, os mecanismos de doença responsáveis pela Esclerose Lateral Amiotrófica e as manifestações clínicas mais comuns, assim como, apresentar uma estratégia terapêutica completa e atualizada que reúna, paralelamente, as abordagens neuroprotetora e sintomática. Metodologia: Para a realização desta análise foi realizada uma pesquisa bibliográfica de artigos científicos e de revisão, na base de dados eletrónica PubMed, até 31 de novembro de 2018. Limitou-se a pesquisa aos idiomas inglês e português e foram privilegiados para análise artigos mais recentes, provenientes de revistas com maior fator de impacto, revistos por pares e, ainda, guidelines clínicas. Em adição, foram consultados livros da especialidade e referências bibliográficas dos artigos previamente selecionados. Conclusão: Após anos de investigação, o tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica mantém-se, sobretudo, sintomático. São múltiplas as formas de tratar o mesmo sintoma, pelo que o futuro passa pelo desenvolvimento de guidelines universais suportadas por evidência científica. Paralelamente, a eficácia de novos fármacos está a ser avaliada em ensaios clínicos de fase 3. Enquanto um tratamento curativo não for descoberto, uma estratégia combinada, centrada no paciente, é a melhor abordagem terapêutica disponível.
- Influência do uso de estatinas sobre a regressão/estabilização da placa de ateromaPublication . Valente, Leandro José Martins; Carvalho, Luis Carlos Bronze dos SantosAs doenças cardiovasculares correspondem atualmente à principal causa de morbilidade e mortalidade a nível global. A aterosclerose constitui a principal causa de aparecimento deste tipo de doenças. Sendo o seu desenvolvimento precipitado pela ação de diversos fatores de risco, nomeadamente hipertensão arterial, DM, obesidade, tabagismo, dislipidemia, consumo abusivo de álcool e inatividade física. Surgem evidencias de que certos fármacos, nomeadamente as estatinas, podem atuar através de mecanismos que levem à estabilização ou mesmo regressão das placas de ateroma, podendo assim contribuir para a diminuição da incidência de doenças cardiovasculares. A presente monografia tem como objetivo a revisão bibliográfica de artigos científicos selecionados com vista a clarificar o possível efeito das estatinas sobre as placas de ateroma, de forma a que estas atinjam um estado de regressão ou, pelo menos, de estabilização, no sentido de diminuir o risco de ocorrência de eventos cardiovasculares. Metodologia: Recolha e revisão de artigos de literatura científica, incluindo artigos de revisão e de investigação, que tenham relevo para o tema em estudo. Foram feitas pesquisas na “Pubmed” e outras bases científicas de referência utilizando os termos “statins”, “atherosclerosis”, “ateroma plaque”, “stabilization”, regression”, “cardiovascular diseases”. Foi dada prevalência aos artigos mais recentes na medida que podem traduzir um conhecimento mais atual e portanto mais rigoroso acerca do tema em questão. Após a análise dos diferentes estudos há diversas conclusões que se podem retirar relativamente à influência das estatinas sobre a placa de ateroma. Uma conclusão universal é de que estes fármacos efetivamente têm influência positiva sobre este o processo aterosclerótico, e que os possíveis efeitos adversos que advêm do seu uso são largamente suplantados pelos efeitos benéficos associados ao seu uso. Este tipo de fármacos leva a uma maior estabilização da placa aterosclerótica através de modificações induzidas na sua composição, de forma a torná-la mais estável e menos propensa a rutura. Dessa forma, abrandam a progressão da aterosclerose e podem mesmo induzir sua a regressão. Em alguns dos estudos analisados, foi relatada a ocorrência de regressão do volume da placa, enquanto noutros apenas foi descrita uma desaceleração do processo de aterosclerose. Outras modificações da composição da placa de ateroma incluem um aumento da espessura da camada fibrosa da placa aterosclerótica e da macrocalcificação intraplaca, bem como uma redução do número de macrófagos que se infiltram na parede arterial, do nível sérico de colesterol-LDL, da oxidação das partículas lipoproteicas e da Proteína C-reativa ultrassensível (hsPCR). A utilização de estatinas em pacientes com níveis normais de c-LDL e a diminuição da ocorrência de eventos CV que dai resultou permitiu salientar a importância dos efeitos pleiotrópicos destes fármacos, comprovando que a sua ação vai muito para além da redução dos níveis lipídicos em circulação. Assim, é possível afirmar com segurança, que as estatinas contribuem para a estabilização da placa e consequentemente para a diminuição da probabilidade de ocorrência de eventos CV.
- Prevalência e Etiologia de Transtornos do Espectro do AutismoPublication . Isaías, Jorge Miguel dos Reis; Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha VazIntrodução: O Transtorno do Espectro do Autismo corresponde a uma síndrome que contempla um défice de comunicação e interação social, que cursa com padrões de comportamento repetitivos e restritivos característicos. Pode haver atrasos/anormalidades no desenvolvimento, estando afetada/comprometida a linguagem. Considera-se que a prevalência mundial tenha vindo a aumentar, com os estudos mais recentes a relatarem uma prevalência de 1-3%. Embora esteja bem estabelecido que existe uma forte componente genética associada a esta doença, a sua fisiopatologia ainda não é conhecida. Desta forma, o seu diagnóstico é clínico e o tratamento multidisciplinar, tendo como principal objetivo a melhoria da comunicação e interação social e das capacidades cognitivas. Objetivo: Efetuar um levantamento dos estudos mais recentes e principais resultados relativamente à investigação sobre a prevalência e etiologia dos Transtornos do Espectro do Autismo nos últimos 5 anos. Métodos: Nesta revisão de literatura foram utilizados como motores de busca a PubMED/MEDLINE, NCBI, Scielo, DARE e Elsevier para encontrar estudos publicados entre 2013 e Dezembro de 2018 relativos à prevalência e etiologia dos Transtornos do Espectro do Autismo (TEA). Foram também consultadas publicações com data de publicação prévia à janela estabelecida no âmbito dos TEA, a sua etiologia, prevalência, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento quando considerado necessário. No final da análise dos estudos, procedeu-se à síntese narrativa e discussão dos resultados encontrados. Discussão: Foi denotado no decorrer deste estudo uma tendência de aumento global da prevalência dos TEA, com valores estimados de prevalência nos EUA de 2.5%, na Europa entre 2-3%, com restantes estudos a nível mundial com valores bastante variáveis. O rácio de TEA entre rapazes e raparigas é de aproximadamente 4:1. É de realçar a forte componente familiar na etiologia deste transtorno, com valores de recorrência entre irmãos de 20-50%. Alguns síndromes genéticos têm sido associados aos TEA, com destaque para síndrome de Rett (61%), síndrome de Cohen (54%) e o síndrome de Cornelia de Lange (43%). Vários estudos relatam um importante papel dos neurotransmissores na etiologia dos TEA, evidenciando que desequilíbrios na sua função possam acometer processos celulares importantes, como a transmissão e plasticidade sináptica. Estudos evidenciam que várias alterações genéticas estão associadas a genes que codificam proteínas essenciais à normal função sináptica, como moléculas de adesão celular ou proteínas de scaffolding. Apesar desta forte componente genética, estudos indicam como importante agente etiológico dos TEA a interação com fatores maternos como a idade, doenças ou estado nutricional, e fatores de exposição ambiental, com períodos distintos de exposição implicados (periconcepcional, pré-natal, pós-natal). Conclusões: A prevalência dos TEA apresenta uma tendência de subida a nível mundial. Contudo, existe grande variabilidade de estimativas obtidas em várias partes do mundo, possivelmente consequência de diferentes métodos de estudo, meios de diagnóstico ou consciencialização. Está bem estabelecida a forte componente genética dos Transtornos do Espectro do Autismo, contudo crê-se que o processo etiológico da doença esteja também sujeito à influência de fatores ambientais e maternos. Considerando a provável etiologia multifatorial dos TEA, os estudos dos fatores de risco devem dar prioridade a fatores de risco modificáveis. Devido à elevada heterogeneidade de métodos utilizados na investigação dos TEA, deve-se procurar uniformizar os mesmos de modo a serem obtidos resultados reprodutíveis e mais coerentes.
- Importância dos fatores de risco não clássicos na incidência do acidente vascular cerebralPublication . Silva, Sara Fernandes da; Álvarez Pérez, Francisco JoséO acidente vascular cerebral é definido como o surgimento abrupto de sinais e sintomas de disfunção cerebral, que permanecem vinte e quatro ou mais horas ou conduzem à morte, sem causa aparente que não seja a vascular. Esta definição inclui o acidente vascular cerebral isquémico, a hemorragia intracerebral e hemorragia subaracnoide. O acidente vascular cerebral ocorre quando o fornecimento de sangue ao tecido cerebral é interrompido de forma abrupta, provocando lesão do tecido. A interrupção do fornecimento sanguíneo pode ocorrer devido a hemorragia ou isquemia, dando origem a um acidente vascular cerebral hemorrágico ou isquémico, respetivamente. Estes dois tipos apresentam diferenças nos fatores de risco, incidência, prevalência e estratégias de tratamento, bem como no grau de morbilidade e mortalidade que, por sua vez, depende também da extensão das lesões. O acidente vascular cerebral isquémico representa cerca de 80-85% de todos os casos, enquanto o tipo hemorrágico representa cerca de 15 a 20%. O acidente vascular cerebral é a segunda principal causa de morte e a terceira causa major de incapacidade no mundo. Em Portugal, uma em cada dez mortes deve-se a acidente vascular cerebral, sendo um dos países da Europa Ocidental com maior taxa de mortalidade devido a esta patologia, principalmente para a população com mais de 65 anos. O paradigma da doença está a mudar, sendo que se assiste, por um lado, a uma diminuição na idade de incidência, sendo cada vez mais comum em jovens adultos, e por outro a um aumento da prevalência por diminuição da taxa de mortalidade. Esta realidade tem importantes implicações na saúde da população. As doenças cerebrovasculares, nas quais se inclui o acidente vascular cerebral são patologias heterogéneas e multifatoriais, sendo que diferentes fatores de risco, modificáveis ou não, podem atuar de forma sinérgica e com efeito cumulativo no surgimento da doença. De entre os fatores de risco não modificáveis destacam-se a idade, sexo e raça/etnia, enquanto hipertensão arterial, tabagismo, dieta e inatividade física se classificam como fatores de risco modificáveis. Estes fatores são responsáveis por cerca de 90% de todos os acidentes vasculares cerebrais. No entanto, uma significativa parte dos casos, cerca de 10%, é provocada por outros fatores de risco menos frequentes, considerados como fatores de risco não clássicos. Entre os fatores de risco não clássicos com influência na incidência do acidente vascular cerebral destacam-se a migraine, síndrome da apneia obstrutiva do sono, hiperuricemia, doença renal crónica, hiperhomocisteínemia, lipoproteína (a), estados pró-trombóticos, defeitos do fibrinogénio e síndrome do anticorpo antifosfolipídico. A presente monografia tem como objetivos a revisão da informação relativa aos fatores de risco não clássicos com influência na incidência do acidente vascular cerebral e, ainda, alertar para a importância destes mesmos fatores, principalmente perante casos de acidente vascular cerebral em pacientes aparentemente saudáveis e sem fatores de risco clássicos identificáveis.
- Does repetitive transcranial magnetic stimulation have positive effects on adults with eating disorders and/or excessive weight?Publication . Batista, Pedro Garcia; Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha Vaz; Pinto, Nuno Filipe CardosoBackground Eating disorders (ED) are chronic illnesses with treatments of limited proven efficacy. Re-petitive transcranial magnetic stimulation (rTMS) has been investigated as a therapeutic tool for neuropsychiatric illnesses and is already certified for major depression disorder (MDD). There is evidence that when the left dorsolateral pre-frontal cortex (dlPFC) is targeted, the ED sympto-matology is improved. Objectives This article is a systematic review that intends to assess the validity of rTMS as a therapy for ED and food craving. Methods We conducted a literature search using the following search terms: rTMS, ED, anorexia, bulimia, binge-eating disorder and excessive weight. Articles published in English and indexed in the following databases were searched: Pubmed, Embase, hinari; inasp; eIFL; Cochrane Library; EBSCO; CINAHL; Current Contents; DARE; metacrawler; PsycINFO. Results All studies (5 in total) assessed the effects of rTMS on dlPFC. Van den Eynde et al. (1), showed that the real rTMS group with BN (n=17) had a significant reduction in cue-induced food craving (p=0.028). Walpoth and colleagues (2) studied 14 women with BN in whom the average number of binges per day did not declined significantly in the active group (n=7) relatively to placebo (p=0,211). Gay et al. (3) concluded that there were no significant improvements in binge-ing/purging symptoms in BN patients (p=0.96). Kim et al. (4) examined the effects of four rTMS sessions (n=57) in overweight patients, showing a significant weight loss in the intervention group (p=0.002). McClelland et al. (5) studied the effects of one session of rTMS and concluded that there was no significant reduction of core anorexia symptoms (p>0.05). Given the heterogeneity of par-ticipants/pathologies and results it was not possible to perform a meta-analysis. Conclusions Excitatory rTMS appears to have a positive effect in changing ED sympotms. More studies, especially RCT with large samples, are needed.
- Biological therapy-associated adverse reactions in asthmaPublication . Sousa, José Luís Carneiro; Monteiro, Cristina Sofia de Jesus; Barata, Luís Manuel TabordaBackground Biological drugs have been successfully tested in asthma, being especially effective in the most severe forms of the disease. In parallel, safety issues have also emerged and have been recognized as a crucial aspect that needs to be monitored. The purpose of this study was to characterise the safety profile of biologicals used in asthma, by carrying out an analysis of Portuguese spontaneous reports (SR) of suspected adverse reactions to these drugs (ADR). Methods Retrospective analysis of SR of suspected ADR attributed to omalizumab and mepolizumab, sent to the National Pharmacovigilance System (SNF), since market launch until October 2018. We evaluated patients´ demographic data, as well as characteristics and seriousness of reactions. Results For omalizumab, from February 2006 to October 2018, there was an average annual reporting rate of 0.1978 reported cases per thousand severe asthmatics, with an increasing trend as years progressed. In the two years that mepolizumab has been subject to reports there was an average annual reporting rate of 0.1257 reported cases per thousand severe asthmatics. After all duplicate reports were removed, there was a total of 127 SR including 391 suspected ADR for omalizumab, and 10 SRs including 20 suspected ADRs for mepolizumab. For both omalizumab and mepolizumab the vast majority of patients were female (75.6% and 90.0%, respectively), and between 18 and 64 years old (61.4% and 50.0%, respectively). With omalizumab, the most frequent suspected ADRs were “respiratory, thoracic and mediastinal disorders”, “investigations” and “general disorders and administration site conditions”, according to System Organ Class (SOC), and “asthma”, “arthralgia” and “drug ineffective”, according to Preferred Term (PT). With mepolizumab, the most frequent suspected ADR were the “musculoskeletal and connective tissue disorders” and “general disorders and administration site conditions” SOCs, and the “arthralgia” PT. Regarding seriousness, 71.7% of the reports for omalizumab were serious, with a single fatal episode, 2 cases of anaphylaxis, 12 cases of malignant neoplasms and 2 abortions. Only 20.0% of the reports for mepolizumab were considered serious. Conclusions Despite limitations to this kind of study, our conclusions are in line with other studies, which show the favourable benefit-risk profile of this recent therapeutic approach. Our study also suggests that it is necessary to continue to develop educational programmes in order to get a better reporting system.