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- Causas de Morte de Centenários da Beira InteriorPublication . Pinto, Bruna Duarte Vieira; Afonso, Rosa Marina Lopes Brás Martins; Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha VazIntrodução: O envelhecimento da população está associado ao aumento no número de centenários. Surge, assim, o interesse em estudar este grupo etário para identificação e compreensão de fatores e dinâmicas associados à longevidade. Entre os vários temas estudados nos centenários, encontra-se o estudo das causas de morte, que permite dirigir e antecipar os cuidados de fim de vida nesta faixa etária. Objetivos: Este estudo enquadrou-se no projeto PT 100 BI - Estudo dos Centenários da Beira Interior, estudo satélite do projeto PT 100 - Estudo dos Centenários do Porto e pretendeu: (1) identificar as causas de morte dos centenários participantes no estudo PT 100 BI e (2) descrever as condições e circunstâncias de morte: idade; local; internamentos; agravamento ou não da situação clínica antes de morrer; local onde residia, grau de autonomia e estado cognitivo um mês antes de morrer. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo. Foram contactados telefonicamente familiares e/ou técnicos de instituições residenciais para pessoas idosas dos 101 participantes do estudo PT 100 BI, tendo sido possível recolher dados em relação a 81 centenários (69 mulheres e 12 homens). Para a entrevista telefónica foi desenvolvido um protocolo com questões relativas às causas de morte e fatores relacionados. Resultados: Os resultados indicaram que 60 participantes (74,1%) morreram de causa indeterminada, 10 (12,3%) morreram de problemas respiratórios, 5 (6,2%) morreram de problemas cardiovasculares, 2 (2,5%) morreram por falência multiorgânica, 2 (2,5%) morreram de sequelas de traumatismos osteoarticulares, 1 (1,2%) morreu de agravamento da doença renal e 1 (1,2%) morreu de sequelas cirúrgicas. A maioria dos participantes, ou seja, 49 centenários (64,5%) viviam em IRPI um mês antes de morrer. Constatou-se que 44 (54,3%) centenários faleceram num IRPI, 25 (30,9%) centenários no domicílio e 12 (14,8%) pelo hospital. A maior parte dos centenários (43 participantes, 58,1%) não era autónomo um mês antes de morrer. 68 centenários (90,7%) não tinham demência. Foi relatado um agravamento do estado geral de saúde antes de morrer em 32 participantes (71,1%). Estiveram internados no hospital, antes de morrer, 13 centenários (21,7%) comparativamente com 47 não internados (78,3%). Conclusão: Esta investigação revela que a maioria dos centenários morrem por causa indeterminada, maioritariamente em IRPI ou domicílios. Este estudo alerta para a importância de promover cuidados específicos dirigidos a este grupo e para a necessidade de manter o melhor nível de cuidados até ao fim de vida daqueles que morrem sem causa identificada. É ainda de extrema importância estudar os fatores biopsicossociais relacionados com esta faixa etária para assim dirigir e melhorar os cuidados de saúde e assistenciais prestados, com o objetivo de promover a qualidade de vida e saúde.
- Entorse no tornozelo em praticantes de desporto universitário da UBIPublication . Santos, Marta Barrigas; Pascoal, Diogo Alexandre Marques Moita Ferreira; Fernandes, Ana Paula André Martins; Costa, BárbaraIntrodução: Estima-se que entre 22.0% a 50.0% das lesões em contexto desportivo correspondem a lesões no tornozelo. A crescente popularidade dos desportos universitários acarreta um aumento da incidência e prevalência de lesões musculoesqueléticas, em especial a entorse no tornozelo. Existem vários fatores que se pensa terem influência na predisposição de lesões, alguns modificáveis e outros não. Pela compreensão e identificação de fatores de risco, será possível melhorar o conhecimento sobre esta patologia na população em estudo e desenvolver no futuro estratégias de prevenção mais eficazes. Objetivos: Este estudo foi desenvolvido com o objetivo de caracterizar as entorses no tornozelo em praticantes de desporto universitário da Universidade da Beira Interior (UBI) e de perceber quais os fatores associados a estas. Metodologia: Foi realizado um estudo em alunos da UBI inscritos no desporto universitário no período de 2015-2019, através da aplicação um questionário online voluntário enviado pelo Sector de Desporto e Cultura dos Serviços de Ação Social da UBI. O questionário era composto por questões sociodemográficas, de prática desportiva, clínicas, de diagnóstico, de terapêutica e de prognóstico. Aplicaram-se como critérios de exclusão: ter patologias congénitas ou metabólicas e tomar medicação crónica. Após aplicados estes critérios obteve-se uma amostra de 173 atletas (19.9% da população). A análise estatística dos dados foi feita com o auxílio do software Statistical Package for Social Sciences® (SPSS®) versão 25.0. Resultados: A maioria dos praticantes de desporto universitário da UBI é do sexo masculino (57.8%), tem menos de 24 anos (82.9%) e tem IMC normal (83.8%). Os hábitos tabágicos e alcoólicos não estão presentes em respetivamente 78% e 37.6%. Os desportos mais praticados são o Futsal (16.8%), o Basquetebol (13.9%) e o Futebol (12.7%). 59.5% dos treinos duram uma a duas horas, e ocorrem duas vezes por semana (43.4%). Estima-se ocorrência de entorses em 61.8% dos praticantes da UBI. Ao nível de significância de 5%, conclui-se que a ocorrência de entorse é independente de todos os fatores de risco, com exceção da modalidade desportiva, onde praticar Futebol (p=0.004) e Basquetebol (p=0.007) está relacionado com maior probabilidade de lesão. Realça-se também que é mais provável ter uma lesão em contexto de treino (p=0.000), recorrer a um fisioterapeuta para tratamento (p=0.000), fazer radiografia para diagnóstico (p=0.000), usar pé elástico como imobilização (p=0.000) e regressar à prática da modalidade (p=0.000) e nesta sem limitações (p=0.000). Conclusão: Existe uma elevada prevalência de entorses no tornozelo em atletas da UBI, sendo necessário implementar medidas de apoio, de prevenção e seguimento dos atletas. Para que se verifique uma diminuição da ocorrência destas lesões especialmente as associadas à prática de Futebol e Basquetebol é essencial o desenvolvimento de exercícios específicos nos treinos através da valorização do aquecimento aquando da prática da modalidade. No futuro poderá ser interessante fazer uma investigação mais alargada comparando mais universidades portuguesas e integrando mais fatores de risco.