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- Estudo das respostas emocionais ao som através da avaliação neurofisiológica em alunos da UBIPublication . Almeida, Inês; Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha Vaz; Gama, Jorge Manuel dos Reis; Pinto, Nuno Filipe CardosoIntrodução: A emoção é uma alteração temporária do estado afetivo que pode ser desencadeada por estímulos, de que são exemplo os sons, e que resulta da avaliação do meio em termos da combinação de perceção, atenção e memória. Após o processamento do valor emocional do estímulo em distintos circuitos corticais e subcorticais, surgem alterações fisiológicas, da atividade cerebral e da consciência. Métodos: Utilizando a eletroencefalografia, este estudo propôs-se a avaliar as respostas emocionais ao som nas regiões frontotemporais e occipitais, procurando padrões específicos de resposta emocional relativos a sons que transmitem emoções positivas e sons que transmitem emoções negativas. Os doze voluntários incluídos no estudo foram divididos em dois grupos utilizando como critérios o sexo, o curso e o valor obtido na Escala de Alexitimia de Toronto. Definiu-se aleatoriamente o tipo de estímulo auditivo, positivo ou negativo, para cada grupo. O registo eletroencefalográfico foi realizado antes e após estimulação auditiva com um conjunto de sons normativos da base de dados International Affective Digital Sounds. Avaliaram-se os seguintes parâmetros nos segmentos registados: valor de frequência com máxima amplitude e valor de máxima amplitude nos elétrodos O1 e O2 na banda alfa e nos elétrodos F7 e F8 na banda gama. Após o registo eletroencefalográfico, cada participante classificou a carga emocional experienciada através da escala Self-Assessment Manikin. Resultados: Sons positivos despoletaram diminuição da frequência da banda alfa na região occipital direita (p-value de 0,011) e diminuição da amplitude da banda gama na região frontotemporal esquerda (p-value de 0,042), enquanto sons negativos despoletaram aumento da frequência da banda gama na região frontotemporal esquerda (p-value de 0,008). Conclusão: São necessários mais estudos para clarificar o envolvimento de determinadas áreas cerebrais nas respostas emocionais e, possivelmente, tratar patologias relacionadas com distúrbios nas vias de processamento emocional através da sua modulação com recurso à estimulação magnética transcraniana.
- Estudo das respostas eletroencefalográficas a estímulos emocionais visuaisPublication . Espada, Madalena Graça; Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha Vaz; Pinto, Nuno Filipe CardosoIntrodução: Emoções específicas produzem alterações cerebrais passíveis de ser detetadas por eletroencefalografia. No presente trabalho objetivou-se analisar o registo eletroencefalográfico associado a respostas emocionais, desencadeadas após visualização de imagens padronizadas, bem como comparar essas mesmas respostas nas áreas cerebrais analisadas – frontotemporais e occipitais. Métodos: Doze jovens estudantes do Mestrado Integrado em Medicina na Faculdade de Ciências da Saúde participaram no estudo. Após preenchimento do protocolo de consentimento informado, de um questionário sociocomportamental e da Escala de Alexitimia (TAS-20) os indivíduos foram divididos aleatoriamente em dois grupos: um grupo foi submetido a imagens positivas e o outro a imagens negativas, com registo eletroencefalográfico simultâneo. Cada participante assistiu a um conjunto de 20 imagens da mesma categoria (positiva ou negativa), retiradas da base de dados Nencki Affective Picture System, cada uma apresentada durante 8 segundos, com 2 segundos de intervalo. Obteve-se o registo da atividade eletroencefalográfica, pré e pós imagens, de todo o córtex através de um sistema de 128 elétrodos, tendo-se analisado as áreas corticais frontotemporais e occipitais. Finalizado o registo, o participante preencheu um questionário de avaliação emocional: o Self Assessment Manikin (SAM). Resultados: Verificou-se uma diferença significativa na comparação das respostas emocionais obtidas na região occipital direita (O2) entre os dois grupos (o que visualizou imagens positivas versus o que foi submetido a imagens negativas), mediante aumento de amplitude da banda alfa nesta região após apresentação de estímulos positivos; na comparação das respostas obtidas na região frontal esquerda (F7) entre os dois grupos, com aumento da frequência da banda gama no grupo que visualizou imagens negativas; e na comparação das respostas obtidas na região frontal direita (F8) entre os dois grupos, registando-se diminuição da frequência da banda gama após visualização de imagens positivas. Conclusão: Emoções específicas podem ser detetadas de forma distinta mediante registo EEG. As respostas obtidas quer na banda alfa quer na banda gama no lobo occipital direito após visualização de imagens positivas podem fazer denotar uma associação a um estado de maior relaxamento (e, portanto, menor atividade cortical) neste grupo; já o aumento da frequência da banda gama no lobo frontal esquerdo após visualização de imagens negativas pode refletir a mudança na atividade cortico-subcortical e o seu importante papel no processamento de estímulos emocionais (particularmente de cariz negativo).