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- O que a mente nos manda e o que o coração nos pedePublication . Santos, Mónica da Natividade Ramos dos; Augusto, Amélia Maria CavacaA esperança média de vida está a aumentar e com ela agudiza-se a cronicidade das doenças e o aumento da dependência. Considerando o crescente envelhecimento demográfico e a relevância dos cuidados informais a idosos dependentes, a presente investigação visa compreender a experiência subjetiva de ser cuidador informal a partir de uma perspetiva de género. Procedeu-se a uma revisão de literatura com particular enfoque na análise sociológica do envelhecimento e dos cuidados informais. Adotou-se um enfoque metodológico de âmbito qualitativo, por se considerar mais adequada à captação de significados e à compreensão aprofundada das experiências dos participantes no estudo. Foram realizadas 12 entrevistas semiestruturadas a cuidadores e cuidadoras informais de familiares idosos dependentes. No que diz respeito aos principais resultados obtidos com a investigação, destacamos as diferentes vivências e experiências da realidade do cuidado informal influenciadas pelo género, a idade, as qualificações e o estatuto socioeconómico; as múltiplas dificuldades em cuidar de uma pessoa próxima dependente, principalmente quando sofre de patologias relacionadas com demência; a importância do papel da família na provisão de cuidados de saúde e bem-estar aos seus membros dependentes e a reprodução de estereótipos de género no cuidado.
- Envolvimento Dramático em VideojogosPublication . Tomé, Filipe Pinheiro; Merino, Francisco Alexandre Lopes FigueiredoNos dias de hoje, a área da Narrativa em videojogos tem vindo a ganhar exponencialmente mais importância no seu processo criativo. Existem múltiplas histórias que têm a capacidade de criar um vínculo emocional entre o jogador e as personagens nesse mundo narrativo. Contudo, existem inúmeras histórias de diferentes géneros que podem criar este vínculo. Para compreendermos melhor este processo, decidimos analisar múltiplas áreas de estudo tais como: Psicologia, Filosofia, Ludologia e Narratologia. Com esta análise, decidimos delimitar-nos à área da Narratologia para estudarmos este envolvimento dramático. Para confirmar a criação deste vínculo a partir destes componentes narrativos, decidimos analisar a missão Family Matters do videojogo: The Witcher 3: The Wild Hunt (2015). Esta análise, permitiu-nos a criação de dois inquéritos, um em português e outro em inglês. Estes inquéritos foram publicados on-line em diferentes redes sociais. O nosso objetivo era alcançarmos o maior número de pessoas possível para analisar este envolvimento dramático. Conseguimos obter um total de 430 respostas, onde conseguimos identificar os componentes narrativos que levaram a maior parte dos jogadores a criarem este vínculo emocional com as personagens. Apesar da maioria dos jogadores terem estabelecido este vínculo, houve uma minoria que não sentiu empatia com estas personagens. Concluindo, acreditamos que com um estudo mais concreto à área da psicologia e as suas teorias de attachment conseguimos compreender melhor este vínculo
- Aparelhos de Mudança de Via: Exemplo de um EncurvamentoPublication . Pires, César Augusto André de Andrade; Vieira, André Ferreira CostaO trabalho descreve as tecnologias e as regras afectas aos aparelhos de mudança de via instalados em linhas ferroviárias, as finalidades e os postulados normalizados destes, os seus elementos constituintes, as cotas mais importantes, a escala e o cálculo das velocidades, bem como a insuficiência de escala admissível destes. Procura ainda dar um exemplo prático de um encurvamento e dimensionamento geométrico de uma comunicação de via com entre eixo de 3808mm (E.E.=3808), formada por dois aparelhos de mudança de via simples (MVS´s), que foram aplicados na estação de Coimbra B. Serão calculadas e definidas as velocidades para a comunicação formada e para cada um dos dois aparelhos de mudança de via simples que constituem esta. Por fim, serão discutidas as velocidades permitidas pela comunicação formada, bem como serão propostas melhorias à referida comunicação de via de forma a esta permitir maiores velocidades.
- Saúde em meio livre e em meio prisional: perspetiva dos reclusosPublication . Simões, Otília da Conceição Saraiva; Augusto, Amélia Maria CavacaA saúde do ser humano, por si só, é um direito que não pode ser negado, nem mesmo numa situação extrema de privação de liberdade, como é a de reclusão. No entanto, sabemos que a saúde e a doença são fenómenos sociais, profundamente interligados com a cultura e as condições estruturais da sociedade onde ocorrem. As experiências objetivas e subjetivas de saúde e doença, a sua perceção e avaliação, são resultado de um conjunto de cruzamentos entre as condições sociais em que os indivíduos vivem e as suas biografias particulares. A presente investigação tem como objetivo geral analisar as perceções de saúde, as avaliações sobre o acesso à saúde e sobre a prestação de cuidados de saúde de reclusos, procurando estabelecer uma análise comparativa entre a situação em meio prisional e em meio livre. Relativamente aos objetivos específicos deste trabalho pretende-se clarificar o que é percebido como relevante na área da saúde, enquanto cidadão livre e depois enquanto recluso; compreender como estes sujeitos interpretam os percursos de acesso à saúde e o tipo de tratamento, em meio livre e em meio prisional; compreender em que medida a sua situação de fragilidade e/ou vulnerabilidade influência a necessidade de procurar os serviços de saúde; compreender em que medida o género masculino influência os comportamentos de saúde e a procura de cuidados de saúde. A estratégia metodológica adotada é de tipo qualitativo, com o objetivo de dar voz a este grupo de pessoas (reclusos) que se sentem, e frequentemente são, socialmente excluídos. Como técnica de recolha de dados utiliza-se o focus group. Foram selecionados quatro (4) Estabelecimentos Prisionais, dois no interior e dois no litoral do país, neste último sobressai as substâncias ilícitas, já no interior ressalta o alcoolismo, requerendo intervenções diferenciadas sobre os cuidados de saúde a serem prestados, recebidos e esperados. Este estudo contou com a participação de 37 reclusos. No que concerne às principais conclusões, evidencia-se que os reclusos em meio livre não têm autocuidado na gestão da doença, não priorizam o seu estado de saúde, pelo que também não procuram os profissionais e serviços de saúde. O mesmo já não acontece em meio prisional, que ao restringir o contacto social e familiar faz exacerbar sintomas e estados de ansiedade, que os impelem a procurar cuidados médicos. Os reclusos reconhecem vantagens na acessibilidade aos serviços clínicos intramuros, apontam dificuldades de acesso aos serviços de saúde em meio livre. Por fim são alvitrados por parte dos participantes, considerações para melhorar os serviços de saúde em meio prisional.