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- Avaliação do Efeito da Luz Infravermelha e Visível no Crescimento de Bactérias da Pele, particularmente em Staphylococcus aureusPublication . Porfirio, Rita Isabel Cabeças; Mateus, Joana Rita Gonçalves Araújo Rolo; Pestana, Paula Cristina de Jesus GouveiaA presente dissertação, enquadrada no âmbito da unidade curricular designada como Estágio do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, encontra-se dividida em dois capítulos principais, que abordam duas vertentes distintas – investigação laboratorial e farmácia comunitária. O primeiro capítulo refere-se à componente de investigação laboratorial, desenvolvida no Centro de Investigação em Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, localizado na Faculdade de Ciências da Saúde da Covilhã. Este estudo baseou-se na avaliação do efeito da luz visível e infravermelha no crescimento de bactérias comensais da pele, com particular ênfase na bactéria Staphylococcus aureus. Staphylococcus aureus é uma das bactérias pertencentes à microbiota cutânea, estando frequentemente envolvido em infeções da pele. Neste tipo de situações, é muito frequente existirem tecidos necrosados, nos quais a circulação sanguínea é escassa ou mesmo ausente. Neste contexto, a antibioterapia surge como uma alternativa pouco eficaz, uma vez que a irrigação sanguínea para estes locais é insuficiente. Desta forma, torna-se fundamental encontrar abordagens terapêuticas alternativas ou adicionais à quimioterapia antibiótica. Foi neste âmbito que este trabalho de investigação foi desenvolvido, tendo sido utilizadas duas lâmpadas emissoras de luz com comprimentos de onda diferentes - 660nm e 940nm. Foi utilizada uma estirpe ATCC de S. aureus e uma estirpe clínica do mesmo microrganismo, sensível à meticilina. Após a preparação do inóculo inicial e da sua permanência no agitador orbital, foi feita a irradiação com as duas luzes, separadamente, das células do microrganismo durante 10 minutos. Posteriormente, e após um período mínimo de 18h de incubação a 37°C, foram contabilizadas as unidades formadoras de colónias. De uma maneira geral, concluiu-se que a luz de 940nm, incluída na gama infravermelha do espetro eletromagnético, promoveu uma diminuição no crescimento das células do microrganismo, quando comparada com a luz de 660nm e com o controlo negativo (sem estímulo luminoso). Desta forma, esta alternativa poderia tornar-se viável para ser utilizada em casos de infeção cutânea, mesmo quando são atingidas camadas mais profundas, uma vez que a capacidade de penetração da luz infravermelha na pele é elevada, sendo superior à da luz visível. No que concerne ao segundo capítulo, o mesmo diz respeito à experiência profissionalizante adquirida durante o estágio em farmácia comunitária, desenvolvido na Farmácia Pedroso, na Covilhã. Nesta secção é apresentado o relatório de estágio, onde são abordadas as diferentes componentes experienciadas e atividades realizadas, e onde é evidenciado o importante papel do farmacêutico comunitário na população.
- Avaliação Termográfica dos Padrões Térmicos de Normalidade da Vulva de SenhorasPublication . Raposo, Aida Isabel Gil; Gouveia, Ana Isabel Antunes Dias Rodrigues; Pires, Luís Carlos Carvalho; Moutinho, José Alberto FonsecaA termografia por infravermelhos tem cada vez mais sido aplicada na área médica, devido a tratar-se de uma técnica com elevado potencial para detetar e acompanhar a evolução de patologias no corpo humano, dado que alterações de temperatura, isto é, apresentação de temperaturas fora dos padrões normais, estão usualmente associadas à presença de alguma disfunção. No entanto, para ser possível o uso da termografia como método de deteção de anomalias é primeiro necessário compreender quais são os padrões normais de temperatura de cada região do corpo. Assim, surge a necessidade de estudar os padrões térmicos de normalidade de todas as regiões do corpo e do desenvolvimento de bases de dados que contenham esta informação. Indo de encontro a esta necessidade, foi desenvolvido este trabalho de investigação que tem como objetivos criar uma base de dados de termogramas da vulva de senhoras saudáveis e assintomáticas e avaliar se existe um padrão térmico da região da vulva destas mesmas senhoras. Este trabalho iniciou-se pela aquisição termográfica de imagens da vulva de senhoras assintomáticas e aquisição de alguns dados sociodemográficos e clínicos. Foram adquiridos mais do que um termograma por cada senhora, para evitar perdas de informação. Toda a informação referente aos termogramas e aos dados recolhidos das senhoras foi armazenada na base de dados, juntamente com a análise descritiva dos termogramas. A análise dos termogramas adquiridos iniciou-se por uma triagem, na qual se eliminaram todos os termogramas que estavam desfocados, tinham interferências térmicas, não tinham mais d duas regiões das regiões consideradas (isto é, comissura anterior, comissura posterior, clitóris, região periuretral, vestíbulo e pequenos lábios), ou que não possuíam pontos de referência suficientes. Concluída esta triagem, realizouse o pré-processamento de imagem, onde se melhorou a qualidade das imagens óticas e se fez a uniformização térmica de todos os termogramas. No processamento de imagem houve três fases principais, a sobreposição da imagem ótica com o termograma, sendo esta também uma fase eliminatória, a definição das ROIs e por fim, a extração da estatística descritiva de cada ROI. Terminada a extração da estatística descritiva dos ROIs de todos os termogramas, conjugou-se a informação térmica de todos os termogramas pertencentes a uma senhora de modo a obter apenas um conjunto de dados térmicos da vulva por senhora. Utilizaram-se ainda estes dados para realizar uma transformação de dados, onde se criou uma hierarquização ou ordenação térmica das regiões da vulva, indo esta da região com temperatura média mais elevada (1ª posição) à região com a temperatura média menos elevada (6ª posição). Após a obtenção dos dados absolutos e relativos, realizou-se a arquitetação da base de dados e a análise estatística de ambos os dados. No final deste trabalho foi possível definir o layout de uma base de dados termográfica da vulva constituída por 113 termogramas de 59 senhoras diferentes; que inclui a informação sociodemográfica e clínica das senhoras (codificação, idade, se têm ou não filhos, se têm, que tipo de parto foi, qual o historial de procedimentos cirúrgicos na vulva e historial de patologias da vulva diagnosticadas no passado) e um ficheiro para cada termograma que contém: o termograma completo, a imagem ótica, as seis ROIs, o ficheiro CSV, todas as variáveis utilizadas e calculadas durante o processamento e os resultados da estatística descritiva. Relativamente ao padrão térmico normalizado da vulva, foi encontrado em ambos os dados, absolutos e relativos, o mesmo padrão, descrito pela seguinte ordem, da região mais quente para a mais fria: vestíbulo, região periuretral, comissura anterior, clitóris, comissura posterior e pequenos lábios.
- Desenvolvimento de formulações para entrega de fármacos para o tratamento de lesões cancerígenas provocadas pelo vírus do Papiloma Humano (HPV)Publication . Maocha, Izamara Gomes; Cruz, Carla Patrícia Alves Freire Madeira; Carvalho, Josué Leandro de Oliveira eO vírus do Papiloma Humano, (HPV) é um dos agentes infeciosos de transmissão sexual mais comum e é responsável por mais de 5 % de todos os cancros humanos. Dos 200 genótipos capazes de infectar os humanos, 40 podem infectar o trato anogenital e causar lesões benignas ou pré-cancerosas. Mais de 90% de todos os casos de cancro do colo do útero são devido a infeções causadas pelo HPV de alto risco. Na grande maioria dos casos, as infeções provocadas pelo HPV apenas são detectadas quando as lesões já são de elevado grau e evoluem para cancro. Embora existam vacinas profiláticas contra o HPV, estas são ineficazes nos casos de infeção latente, não sendo deste modo benéficas para indivíduos já infectados e com lesões causadas pelo mesmo. Diversos sistemas de entrega de fármacos anticancerígenos com elevada especificidade tem sido desenvolvido para o tratamento de cancro, nomeadamente lesões cancerosas uterinas provocadas pelo HPV. O uso de formulações vaginais é frequentemente indicado para a aplicação tópica e tem sido frequentemente utilizado no tratamento de lesões vaginais. Este trabalho tem como objetivo desenvolver e caracterizar formulações contendo óleo essencial de Thymus vulgaris (TEO) na sua constituição e compostos tais como mitoxantrona (MTX) e do derivado de laranja de acridina (C8), de forma a avaliar a sua ação anticancerígena, nas células do cancro do colo do útero. O tomilho, para além de propriedades antifúngicas e antibacterianas, também apresenta propriedades anticancerígenas resultantes do aumento específico dos radicais livres e do stress oxidativo causado nas células cancerosas. O seu efeito antiproliferativo foi avaliado por ensaios de viabilidade celular através do ensaio colorimétrico do reagente brometo de [3-(4,5-dimetiltiazol-2-l)-2,5-difenil tetrazólio MTT) nas linhas celulares HeLa e NHDF. Para avaliação da permeabilidade dos compostos no tecido vaginal da porca, foi utilizada a câmara de Ussing e posterior quantificação pelo método da cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). As formulações também foram caracterizadas quanto aos valores de pH e capacidade tampão, osmolalidade, viscosidade e bioadesão. Os resultados demonstraram que houve um aumento no efeito antiproliferativo das formulações com MTX e C8 na presença de TEO, possívelmente indicando que o TEO pode ser um potencializador do efeito antiproliferativo de MTX e C8 nas linhas celulares do cancro do colo do útero. Entretanto o TEO apresentou alguma toxicidade tanto nas células HeLa como nas células saudáveis (NHDF), apresentando um efeito antiproliferativo maior nas células HeLa, na maioria das formulações nas concentrações de 1 % e 0,4 %. Os resultados da caracterização das formulações revelaram que nem sempre apresentaram as propriedades tecnológicas ideais (pH, capacidade de tamponamento, osmolalidade, viscosidade e bioadesão); no entanto, obteve-se os resultados esperados com as diluições fisiológicas no fluído vaginal. No geral, os resultados apresentados neste trabalho demonstraram que as formulações contendo o TEO na sua constituição, principalmente a de T1% + C8 são as mais promissoras em termos de custo-benefício e e aplicação tópica do composto ativo para o tratamento de lesões causadas pelo HPV.