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- Conhecimentos e percepção de estudantes de medicina portugueses acerca da relação entre alterações climáticas e saúdePublication . Alves, Ana Catarina Fernandes; Pastorinho, Manuel Ramiro Dias; Barata, Luís Manuel Taborda; Sousa, Ana Catarina AlmeidaIntrodução: As alterações climáticas têm impacto na saúde do ser humano. Este impacto vai desde o aumento do risco de transmissão de doenças infecciosas, lesões traumáticas físicas e psicológicas até à descompensação de doenças crónicas. Considerando que os impactos das alterações climáticas na saúde se irão intensificar nos próximos anos, é importante que os futuros médicos entendam e reconheçam a associação entre alterações climáticas e saúde, uma vez que isso irá influenciar a sua prática clínica, independentemente da especialidade futura. O objetivo primário deste estudo é avaliar o conhecimento e percepção que os estudantes de medicina têm sobre alterações climáticas e saúde. Materiais e métodos: Foi aplicado um questionário a estudantes de medicina de diversas universidades portuguesas. Este questionário foi desenvolvido pela Universidade George Mason (EUA) em colaboração com a Organização Mundial de Saúde e a Aliança Global para o Clima e Saúde e traduzido para Português no âmbito da presente tese. O questionário esteve disponível para resposta entre os dias 25 de fevereiro e 4 de abril de 2021, tendo sido distribuído em colaboração com: (1) associações e núcleos de estudantes das diferentes universidades portuguesas, (2) faculdades de medicina e (3) a Associação Nacional de Estudantes de Medicina. Resultados: Dos 12.572 estudantes de medicina a nível nacional, 384 responderam ao questionário (taxa de resposta de 3,05%). A grande maioria dos inquiridos (99,2 %) concorda que as alterações climáticas estão a acontecer, sendo que 96,6% dos participantes mostra estar preocupado com as alterações climáticas. Menos de metade dos inquiridos (41%) afirma que os pacientes serão muito afetados pelas alterações climáticas. O impacto mais apontado pelos participantes foi “danos físicos e mentais causados por incêndios” (n=346, 90,3%). A falta de tempo é considerada por 53,6% dos inquiridos como um dos factores que reduz muito ou moderadamente a vontade de comunicar sobre este tema. A maioria dos inquiridos concorda que, quer enquanto estudantes, quer no futuro enquanto profissionais de saúde, têm responsabilidade de chamar a atenção do público (89,8%) e dos líderes decisores (91,9%) políticos para os efeitos das alterações climáticas sobre a saúde. Conclusão: Em geral, observa-se que os estudantes estão conscientes dos impactos das alterações climáticas na saúde e reconhecem que os profissionais de saúde têm um papel a desempenhar na resposta às mesmas.
- Radioembolização de metástases hepáticas do carcinoma colorretalPublication . Ferreira, Bárbara Mendes; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro de; Sousa, Maria José Martins de; Costa, Marta Daniela LameirasIntrodução: O papel da radioembolização (RE) em metástases hepáticas do carcinoma colorretal (mhCCR) permanece indefinido. Esta investigação pretende avaliar os resultados e possíveis fatores de prognóstico da RE nestes doentes. Metodologia: Uma análise retrospetiva foi realizada a todos os doentes com mhCCR que foram intervencionados com uma RE no Instituto Português de Oncologia do Porto, desde janeiro de 2011 a março de 2020. A sobrevida a um ano foi determinada pelo método de Kaplan-Meier e os possíveis fatores de prognóstico foram avaliados usando os testes logRank, Qui-quadrado, de Fisher, Mann-Whitney e teste-t para amostras independentes. Resultados: Trinta pacientes foram avaliados. A idade média foi de 61,5 anos e a maioria dos doentes eram do sexo masculino (63,3%). A dor abdominal foi a complicação mais frequente (40%). O sucesso da RE foi observado em 50% dos casos. Um estádio inferior ou igual a três, níveis inferiores a 20 ng/mL de CEA ao diagnóstico, um tempo livre de metastização mais longo e a ausência de invasão vascular ou linfática ao diagnóstico estão significativamente associados ao sucesso da RE (valores P de <0,001, 0,035, 0,036, 0,028 e 0,020, respetivamente). A sobrevida a um ano de pacientes com ou sem sucesso na RE foi de 9,4 (IC 95%, 1,8-17,1) e 8,9 meses (IC 95%, 7,5-10,2), respetivamente. Conclusão: Vários fatores aumentam a probabilidade de obter uma RE com sucesso. Foi considerada uma terapêutica bem-tolerada, com a maioria das complicações facilmente geridas. Ainda assim, são necessários mais estudos, com amostras maiores, para avaliar a validade da RE.