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- Disfunções binoculares e acomodativas numa população universitáriaPublication . Cunha, Mariana Costa; Nunes, Amélia Maria Monteiro FernandesCom o aumento da realização de tarefas em visão próxima, o sistema visual tende a tornar-se menos eficaz e a desenvolver sinais e sintomas relacionados com disfunções binoculares e/ou acomodativas. A maioria dos estudos que abordam as prevalências de disfunções binoculares não estrábicas e acomodativas analisam populações não randomizadas, o tamanho das amostras são reduzidos ou apresentam diversas faixas etárias, o que torna a comparação entre estudos limitada. Outro dos fatores são também os critérios de diagnóstico utilizados, uma vez que são bastante variáveis entre autores. O objetivo principal deste estudo foi avaliar a prevalência de disfunções binoculares não estrábicas e acomodativas numa população de estudantes universitários da Universidade da Beira Interior (UBI) e verificar as possíveis relações entre as disfunções visuais com diversos fatores sociodemográficos (género e faculdade de estudo) e clínicos (sintomatologia e compensação ótica). Metodologia: A amostra final contou com a participação de 309 universitários com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos. Foram avaliados os dados sociodemográficos e clínicos, bem como a visão binocular não estrábica e a função acomodativa. Através de critérios de diagnóstico elaborados, os participantes foram divididos em dois grupos: sujeitos com visão binocular normal (VBN) e sujeitos com visão binocular alterada (VBA). Aplicou-se estatística inferencial não paramétrica (Kruskal-Wallis e Mann-Whitney) para se verificar se a visão binocular e a visão binocular alterada variavam segundo características sociodemográficas e clínicas. Resultados: Ao nível da sintomatologia, cerca de 31,4% dos participantes foram considerados sintomáticos. Foram avaliadas as diferenças estatísticas entre a sintomatologia e as diversas características sociodemográficas (género e faculdade) e clínicas (compensação ótica), onde não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas. Cerca de 64,7% dos participantes foram caracterizados como VBA e 35,3% com VBN. As variáveis género e sintomatologia foram consideradas estatisticamente significativas para a visão binocular, apresentando valores de pvalue=0,03 e p-value= 0,01, respetivamente. O excesso acomodativo (EAcc) e a insuficiência de convergência (IC) foram as disfunções acomodativas e vergênciais mais frequentes, com 13,6% e 8,7%, respetivamente. A disfunção binocular associada à disfunção acomodativa mais frequente foi a insuficiência de convergência associada à insuficiência acomodativa (IAcc) com 1,93%. Conclusão: O presente estudo apresenta percentagens superiores a outros estudos de estudantes universitários encontrados na literatura. Constatou-se que os critérios de diagnóstico baseados na literatura científica apresentaram alguma diversidade na classificação das alterações binoculares e acomodativas. Verificou-se também que os estudos de prevalência deste tipo de disfunções omitem as características dos sujeitos normais.
- Correlação entre Habilidades Sociais e AlexitimiaPublication . Guimarães, Inês dos Santos; Rodrigues, Paulo Joaquim Fonseca da Silva Farinha; Nascimento, Carla Sofia Lucas do; Simões, Maria de Fátima de Jesus; Maia, Luís Alberto Coelho RebeloConsidera-se que o nível de alexitimia pode afetar o desempenho do sujeito quanto às habilidades sociais que apresenta, pois, a sua incapacidade de expressar emoções pode vir a ter percussões na tomada de decisão dos comportamentos a adotar em cada situação pelo sujeito. O conceito habilidades sociais diz respeito à noção de existência de diferentes tipos de comportamentos sociais na lista que o individuo adquiriu, através de aprendizagem, e possui atualmente para lidar com as diferentes situações interpessoais. A alexitimia é um termo utilizado aquando do diagnóstico clínico para definir pessoas com extrema dificuldade ou incapacidade de expressar emoções, pelo que pode significar “sem palavras para as emoções”. Deste modo, a presente investigação propõe-se a estudar a relação entre as habilidades sociais e a alexitimia. Para tal utilizamos a Toronto Alexithymia Scale (TAS) para avaliar os níveis de alexitimia da amostra e o Inventário de Habilidades Sociais (IHS) para avaliar o índice de habilidades sociais da amostra. Os resultados obtidos permitiram-nos verificar a existência de uma correlação negativa fraca entre as variáveis em estudo, o que significa que quanto mais elevado é o nível de alexitimia apresentado pelo individuo, menor é o seu reportório de habilidades sociais.