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- Dinâmicas do Pentecostalismo Evangélico no Estado de Rondônia: um estudo de sociologia da religiãoPublication . Maia, César Portantiolo; Rodrigues, Donizete Aparecido; Oliveira, Wilson José Ferreira deA sociologia da religião há muito se preocupa em estudar as relações estabelecidas entre as religiões e o poder do Estado, investigando o grau de distância ou de proximidade entre tais instituições. Em nossa pesquisa, estamos preocupados em analisar a forma como esta relação tem se estabelecido nos últimos anos em que a polarização política consolidou uma extrema-direita no Brasil. Marcados por aspectos como a defesa de uma moralidade conservadora, pelo liberalismo econômico e por posicionamentos radicais referentes a temas bastante polêmicos como porte de armas, redução da maioridade penal, discurso anti-aborto, pró-família tradicional, antifeminista e anti-LGBTQA+, tais grupos ganharam relevância no cenário social brasileiro. Na maioria das vezes, estas posições baseiam-se em Deus e na estrutura social patriarcal. A eleição de Jair Bolsonaro, sustentada com forte apoio evangélico, abre precedente para pensar que o pentecostalismo seria a base de sustentação das ideias da extrema-direita brasileira. Essa foi a hipótese inicial desta pesquisa, que desencadeou um estudo sobre a religião e a política na região com maior proporção de pentecostais do Brasil. Rondônia, um dos estados mais jovens da federação, formado pela miscigenação de brasileiros vindos de diversas regiões do país, é o local com a população mais pentecostal do Brasil, de acordo com os dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010. A opção religiosa se reflete também na opção política, pois o governador e o senador mais votado nas eleições de 2018 são declaradamente pentecostais. Além disso, 5 dos 8 deputados federais expressam relações próximas com os preceitos cristãos conservadores. No entanto, não há adesão a todas as ideias da extrema-direita por parte dessas lideranças políticas. Valendo-se de metodologias que mesclam análises de dados quantitativos e qualitativos, utilizamos dados produzidos pelo IBGE e informações levantadas em campo através da aplicação de questionários com os pentecostais. Realizamos, também, análise das redes sociais das lideranças políticas e entrevistas com líderes sociais e religiosos, através dos quais demonstramos as articulações sócio-políticas em torno de temas comuns como pautas econômicas, morais e religiosas. Assim, analisamos os caminhos percorridos pelo pentecostalismo em sua expansão e atuação nos espaços de poder no Estado de Rondônia. Essa tese defende a ideia de que os preceitos pentecostais não são os mesmos defendidos pela extrema-direita; existem sim pontos convergentes, mas também existem divergências. O distanciamento das ideias defendidas pela esquerda, quanto a temas como aborto, armamento, feminismo e defesa da causa LGBTQA+, levou a aproximação com a extrema-direita, além da oportunidade de ascensão ao poder federal. No entanto, por não existir uma base comum, é possível que, em um horizonte próximo, haja dissociação dessa ligação entre pentecostais e a política de extrema-direita.
- Revisão atualizada da enxaqueca e do seu tratamentoPublication . Marcelino, Miguel Torres Monteiro Carneiro; Pérez, Francisco José ÁlvarezA enxaqueca é considerada a terceira patologia mais comum do mundo e possui uma prevalência total estimada de 14,7%. Esta patologia é caracterizada por crises recorrentes de cefaleia de intensidade moderada ou severa que pode ser acompanhada por sintomas sistémicos e neurológicos reversíveis. Face à sua sintomatologia e recorrência, a enxaqueca acarreta elevada incapacidade e contribui para a diminuição da qualidade de vida. Relativamente ao seu diagnóstico, este é clínico e é realizado mediante os critérios definidos pela 3ª Edição da The International Classification of Headache Disorders. Habitualmente, os indivíduos que padecem desta patologia identificam diversos fatores desencadeantes. Os mais frequentemente relatados são o stress, a menstruação, o jejum, as alterações ambientais, as alterações do sono, o álcool, os estímulos auditivos, olfativos e visuais, a fadiga e certos tipos de alimentos. O tratamento agudo da enxaqueca está indicado a todos os indivíduos que padecem desta patologia e tem como objetivo permitir o alívio rápido e consistente da cefaleia, bem como, dos sintomas que a acompanham. Apesar de não possuir cura, existe terapêutica preventiva que visa reduzir a sua frequência, severidade e duração, melhorando, assim, a qualidade de vida dos indivíduos que padecem desta patologia. Recentemente, o surgimento de novas terapêuticas poderá revolucionar o tratamento da enxaqueca que está marcado por elevadas taxas de ineficácia e de contraindicações. Deste modo, face à elevada incapacidade, à dificuldade de a controlar e ao surgimento de novas terapêuticas, proponho elaborar uma revisão que vise fornecer uma abordagem clínica da enxaqueca que explore não só o seu diagnóstico, fisiopatologia e genética, como também, as terapêuticas mais recentes. Como objetivo último, pretendo que esta revisão permita a melhor compreensão desta patologia e estabeleça indicações de como a tratar com sucesso, minimizando, assim, o impacto que possui em milhões de indivíduos.
