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- Os atletas de endurance têm mais risco de arritmias?Publication . Alves, João Pedro Santos; Barata, José Luís Ribeiro ThemudoOs benefícios do exercício físico são irrefutáveis, nomeadamente, no que diz respeito ao perfil cardiovascular. No entanto, a maioria desses benefícios é atribuída ao exercício físico moderado, sendo que evidências sugerem que grandes volumes de treino associados a uma alta intensidade podem estar relacionados com desfechos cardiovasculares adversos e reduções relativas nos benefícios, nomeadamente ao nível da redução da mortalidade. Atletas de endurance (maratonistas, nadadores, ciclistas, esquiadores de fundo, canoístas) praticam doses intensas e extenuantes de exercício, excedendo muitas vezes as recomendações usuais de exercício em até 15 a 20 vezes mais. A prática de desportos de endurance aumentou significativamente nas últimas décadas, com uma proporção crescente de atletas. Como é sabido, como resposta ao exercício físico realizado por atletas, o coração sofre uma alteração não só a nível estrutural e funcional, como também a nível do sistema de condução elétrico. Estas alterações são conhecidas como “coração de atleta”, sendo a maior parte delas consideradas benignas. No entanto, existem preocupações quanto ao possível efeito próarritmogénico dos desportos de endurance devido à existência de uma remodelação cardíaca. Alguns estudos têm demonstrado que os atletas de endurance apresentam uma maior prevalência de fibrilhação auricular, flutter auricular, disfunção do nó sinusal e arritmias ventriculares associadas a uma possível displasia arritmogénica ventricular direita induzida pelo exercício. Esta dissertação visa fazer uma revisão da literatura existente acerca da possibilidade dos atletas de endurance virem a ter um risco aumentado de arritmias, assim como rever os supostos mecanismos envolvidos.
