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- Intervenção Cirúrgica para o Tratamento da Enxaqueca RefratáriaPublication . Pereira, Catarina Alves; Fradinho, Nuno Correia Louro; Pérez, Francisco José AlvarezA enxaqueca é o distúrbio neurológico mais prevalente na sociedade atual. Esta é a terceira doença mais comum, e a oitava patologia mais debilitante a nível global, afetando cerca de 324,1 milhões de pessoas, o que corresponde a 18,1% da população mundial.(1) Em Portugal, a sua prevalência é ainda superior, afetando 19,3% dos habitantes do nosso país.(2) Esta patologia, para além de ser bastante prevalente, está associada a um aumento da morbilidade, à perda de produtividade dos doentes e a elevados custos médicos, o que gera um enorme impacto a nível social e económico. Após o diagnóstico de enxaqueca, a primeira abordagem terapêutica dos pacientes é através do tratamento farmacológico. Apesar de o mesmo demonstrar resultados positivos, este tratamento apresenta variados efeitos secundários e a sua eficácia é normalmente reduzida.(3) Deste modo, foi proposto o conceito de cirurgia da enxaqueca. Esta solução foi pensada para o tratamento definitivo da enxaqueca que não é controlada por medicação, e consiste na realização de uma descompressão nervosa dos pontos que se pensa estarem na origem deste tipo de cefaleia.(3) Esta é uma opção de tratamento que não só foi considerada válida e praticável, como também tem demostrado ser uma intervenção custo-efetiva que permite reduzir os custos diretos e indiretos para os pacientes, bem como contribuir para a diminuição da morbilidade relacionada com o quadro.(4) Apesar dos benefícios, da segurança e da elevada taxa de sucesso demonstrada em vários estudos para utilização deste procedimento, esta ainda não é uma abordagem terapêutica largamente difundida e considerada como opção na maioria dos hospitais.(5) Como tal, este trabalho tem como objetivo rever as atuais hipóteses de tratamento da enxaqueca, sobretudo a intervenção cirúrgica. Assim, pretende-se clarificar e comprovar as vantagens desta abordagem, para que esta possa ser considerada nas orientações de tratamento para a enxaqueca em doentes que não têm mais opções terapêuticas ou para aqueles que necessitam de uma intervenção mais permanente para eliminar ou controlar os seus sintomas. Para a realização desta monografia foi realizada uma pesquisa bibliográfica em plataformas online de pesquisa e análise de literatura médica, tais como a PubMed, Scopus e Web of Science, com a subsequente análise dos artigos publicados até à atualidade. Através do estudo realizado, foi possível verificar que a cirurgia da enxaqueca demonstrou ser um procedimento eficaz por vários grupos de trabalho e, como tal, um método válido para o tratamento da enxaqueca em pacientes devidamente selecionados.
- Conceptions of Self in David Hume and Early Buddhism: Similarities, Dissimilarities, and an AnalysisPublication . Afroza, Nargish; Nascimento, André Barata; Rosa, José Maria da Silva; Abranches, Alexandra Maria Lafaia MachadoThe question of personal identity is concerned with what makes me the same individual over the course of time through the obvious changes I undergo, either physical or psychological terms. Analysing such theories, it is surprising to note that the founder of Buddhist philosophy, the Buddha’s doctrine of “anātman”, bears a significant similarity to the eighteenth-century phi-losopher David Hume’s theory of personal identity. As Hume points out in “A Treatise of Human Nature” (Hume, 1739), since the soul is nothing more than a bundle of perceptions, always chang-ing and temporary, so the soul can never be a clear concept. Similarly, according to Buddhists, anātmanvāda also carries the same theory that they said 2500 years ago (Kyokai, 2005). The Buddha clarified in the “Discourse on No-self Characteristics: Anattā Lakkhana Sutta” (Sayādaw, 2013a) that the soul is nothing but the aggregate of the five elements, it is ever-changing and impermanent, so the soul can never be acknowledged. Given this analogy, many have argued that Hume’s theory of personal identity may derived from Buddhist concepts, as Alison Gopnik (Go-pnik, 2009) and Jacobson (Jacobson, 1969) have argued. Therefore, this thesis aims to explore this interesting connection with reference to the the-ory of personal identity. In this context, the theories that have been analysed are i) David Hume’s historical examination of the idea of soul, ii) Whether Hume was really influenced by Buddhist scriptures in his writing “A Treatise of Human Nature”, and iii) Finding similarities and contrasts between them about their philosophical thoughts. This thesis provided a thorough discussion on the above-mentioned concepts and provides a detailed discussion.