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Authors
Abstract(s)
The question of personal identity is concerned with what makes me the same individual over the course of time through the obvious changes I undergo, either physical or psychological terms. Analysing such theories, it is surprising to note that the founder of Buddhist philosophy, the Buddha’s doctrine of “anātman”, bears a significant similarity to the eighteenth-century phi-losopher David Hume’s theory of personal identity. As Hume points out in “A Treatise of Human Nature” (Hume, 1739), since the soul is nothing more than a bundle of perceptions, always chang-ing and temporary, so the soul can never be a clear concept. Similarly, according to Buddhists, anātmanvāda also carries the same theory that they said 2500 years ago (Kyokai, 2005). The Buddha clarified in the “Discourse on No-self Characteristics: Anattā Lakkhana Sutta” (Sayādaw, 2013a) that the soul is nothing but the aggregate of the five elements, it is ever-changing and impermanent, so the soul can never be acknowledged. Given this analogy, many have argued that Hume’s theory of personal identity may derived from Buddhist concepts, as Alison Gopnik (Go-pnik, 2009) and Jacobson (Jacobson, 1969) have argued. Therefore, this thesis aims to explore this interesting connection with reference to the the-ory of personal identity. In this context, the theories that have been analysed are i) David Hume’s historical examination of the idea of soul, ii) Whether Hume was really influenced by Buddhist scriptures in his writing “A Treatise of Human Nature”, and iii) Finding similarities and contrasts between them about their philosophical thoughts. This thesis provided a thorough discussion on the above-mentioned concepts and provides a detailed discussion.
A questão da identidade pessoal diz respeito ao que faz de mim a mesma pessoa ao longo do tempo, apesar das mudanças óbvias por que passo, quer em termos físicos quer psicológicos. Superficialmente, pode parecer surpreendente que possa haver uma ligação entre o filósofo escocês do século XVIII David Hume e os pensamentos de Buda. No entanto, uma análise aprofundada sugere que os pontos de vista de Hume e do Budismo são significativamente semelhantes. Ao rejeitar a noção do eu como uma entidade permanente e ao afirmar que o eu é simplesmente um feixe ou colecção de impressões e ideias distintas (Hume, 1739), a filosofia de David Hume assemelha-se, a respeito da identidade pessoal, à doutrina budista de anattā (não-eu) (Discurso sobre as características do não-eu: Anattā Lakkhana Sutta (Sayādaw, 2013a)) apesar de distarem mais de 2500 anos (Kyokai, 2005). O ensinamento do Buda sobre anattā (não-eu) lida particularmente com a impermanência do eu convencional em qualquer momento, onde o eu é um feixe de cinco agregados (pancha skandhas). O ensinamento de Buda nega o conceito de “eu” e sugere que nenhuma pessoa pode ter uma identidade verdadeira (Rahula, 1974), uma vez que a identidade da pessoa é composta pelos cinco agregados. De facto, Hume pode ter derivado esta ideia do Budismo, pois é verdade que existiam traduções muito antigas de textos budistas no período em que Hume viveu (Gopnik, 2009), (Jacobson, 1969). Por isso, esta tese tem como objectivo explorar esta interessante ligação com referência à teoria da identidade pessoal. Neste contexto, as teorias que foram analisadas são: i) a análise histórica de David Hume do conceito de “eu”; ii) se Hume foi realmente influenciado pelos escritos budistas ao escrever o seu Um Tratado da Natureza Humana; e iii) encontrar semelhanças e contrastes entre os dois sobre os seus pensamentos filosóficos. Esta tese apresenta uma discussão exaustiva sobre os conceitos acima referidos e fornece uma discussão pormenorizada.
A questão da identidade pessoal diz respeito ao que faz de mim a mesma pessoa ao longo do tempo, apesar das mudanças óbvias por que passo, quer em termos físicos quer psicológicos. Superficialmente, pode parecer surpreendente que possa haver uma ligação entre o filósofo escocês do século XVIII David Hume e os pensamentos de Buda. No entanto, uma análise aprofundada sugere que os pontos de vista de Hume e do Budismo são significativamente semelhantes. Ao rejeitar a noção do eu como uma entidade permanente e ao afirmar que o eu é simplesmente um feixe ou colecção de impressões e ideias distintas (Hume, 1739), a filosofia de David Hume assemelha-se, a respeito da identidade pessoal, à doutrina budista de anattā (não-eu) (Discurso sobre as características do não-eu: Anattā Lakkhana Sutta (Sayādaw, 2013a)) apesar de distarem mais de 2500 anos (Kyokai, 2005). O ensinamento do Buda sobre anattā (não-eu) lida particularmente com a impermanência do eu convencional em qualquer momento, onde o eu é um feixe de cinco agregados (pancha skandhas). O ensinamento de Buda nega o conceito de “eu” e sugere que nenhuma pessoa pode ter uma identidade verdadeira (Rahula, 1974), uma vez que a identidade da pessoa é composta pelos cinco agregados. De facto, Hume pode ter derivado esta ideia do Budismo, pois é verdade que existiam traduções muito antigas de textos budistas no período em que Hume viveu (Gopnik, 2009), (Jacobson, 1969). Por isso, esta tese tem como objectivo explorar esta interessante ligação com referência à teoria da identidade pessoal. Neste contexto, as teorias que foram analisadas são: i) a análise histórica de David Hume do conceito de “eu”; ii) se Hume foi realmente influenciado pelos escritos budistas ao escrever o seu Um Tratado da Natureza Humana; e iii) encontrar semelhanças e contrastes entre os dois sobre os seus pensamentos filosóficos. Esta tese apresenta uma discussão exaustiva sobre os conceitos acima referidos e fornece uma discussão pormenorizada.
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Keywords
David Hume Budismo Identidade pessoal Teoria do “não-eu” Anattā Teoria do feixe Os cinco agregados/ Skandhas do Budismo Identidade numérica Identidade Qualitativa Dois níveis de verdade