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- Impacto da pandemia COVID-19 na sexualidadePublication . Ribeiro, Sara Loureiro; Nunes, Juliana da Silva; Pires, Miguel Oliveira CamposanaEm resposta à pandemia de COVID-19, que surgiu em 2020, foram tomadas medidas preventivas de disseminação da doença que alteraram a vida quotidiana como a conhecíamos. Uma mudança nas rotinas laborais e familiares exige medidas adaptativas que podem condicionar o estado mental dos indivíduos de forma diferente. Efetivamente, perturbações de saúde mental podem influenciar negativamente várias esferas da vida como, por exemplo, as relações emocionais e o bem-estar sexual. Uma vez que uma boa saúde sexual é necessária para manter um bom estado de saúde geral, é necessário perceber as eventuais alterações registadas ao nível da saúde sexual e reprodutiva entre os períodos pré e pós-pandemia. Para além disso, esta tese tem como objetivo perceber a relação entre o impacto emocional do confinamento e a saúde sexual dos indivíduos. Isto é, importa perceber como é que as mudanças do quotidiano condicionaram a saúde mental e as suas implicações na saúde sexual e reprodutiva. Para este trabalho, recorreu-se a diversos artigos científicos e de revisão cujos dados foram, maioritariamente, recolhidos durante o período de confinamento obrigatório. Constatou-se que, na generalidade, houve alterações dos comportamentos sexuais das amostras, tanto com o parceiro, como atividades não presenciais ou sem um parceiro. Mais ainda, estas mudanças foram positivamente associadas a um aumento nos sintomas psicológicos negativos. Assim, concluiu-se que poderiam ter sido utilizadas outras estratégias de gestão de saúde pública que capacitassem mais os indivíduos a gerir o seu estado de saúde. Por fim, também a incerteza e desinformação disseminada pelos media, no contexto pandémico, contribuíram para sentimentos de stress e medo que culminaram numa diminuição da saúde mental dos indivíduos, com as necessárias implicações na sua saúde sexual.
- MDMA as an enhancer of psychotherapy for PTSDPublication . Rodrigues, Carolina Morais Correia Cordeiro; Mendes, João Paulo de Sousa Campos; Pérez, Francisco José AlvarezIntroduction: PTSD is an increasingly prevalent psychiatric disorder that manifests after severe personal or expositional trauma, and gravely negatively impacts the lives of those who are diagnosed with it. Though there is approved psychotherapy and pharmacotherapy options for the treatment of this disease, they often are not well tolerated or not effective in the treatment of the disease. MDMA, most known for its recreative use as ecstacy, is a psychoactive compound, with a short half-life, that induces brief states of altered perception and openness, which can be used to improve psychotherapeutic interventions, with enduring impact. Objective: Identify and assess the possible use of MDMA as an enhancer for psychotherapy treatments in patients diagnosed with PTSD. Methods: Collection of data using Google Scholar, PubMed, SCOPUS, National Library of Medicine, and Elsevier, from July 2022 to January 2024. Criteria for the choice of articles included publishing date before 2017 (allowing for contextually needed exceptions), written in English and with focus on the use of MDMA in association with psychotherapy in patients diagnosed with PTSD. Results: The studies and articles analyzed show promising results of the use of MDMA as an enhancer of psychotherapy for PTSD patients, with several studies noting significant decreases in their measures of symptomology and diagnostic criteria. There were several limitations in the populations studied, blinding techniques, measures of outcomes and methods, which further justifies ongoing research on the subject. Conclusion: This thesis has found that the positive outcomes of the studies assessed justify further investigation into this potencial boost of psychotherapy, in order to establish set protocols and dose-dependent effects of the administration of MDMA.
- A Toxina Botulínica no tratamento da Depressão: Será meramente uma questão estética?Publication . Costa, Diana Marisa Machado da; Nunes, Juliana da Silva; Pires, Miguel Oliveira CamposanaDe acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Perturbação Depressiva Major (PDM) constitui um dos principais problemas de saúde no mundo desenvolvido. Estimase que uma em cada quatro mulheres e um em cada dez homens possam ter episódios de Perturbação Depressiva Major em alguma fase da sua vida. Existem diversos tratamentos possíveis para a PDM, incluindo os medicamentos antidepressivos e a psicoterapia, que deverão ser escolhidos de forma individualizada. Recentemente várias investigações demonstraram que a injeção facial periférica da Neurotoxina Botulínica, uma neurotoxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, pode ser um método rápido, eficaz e relativamente seguro para melhorar os sintomas da PDM. A Toxina Botulínica, também conhecida pelo nome comum "Botox", é um composto injetável que permite eliminar ou reduzir as rugas faciais, concedendo um aspeto mais jovial ao rosto, otimizando a beleza do doente. Esta temática vem introduzir uma utilização alternativa para a Toxina Botulínica, além do seu tradicional uso na Medicina Estética, o que lhe tem atribuído uma crescente visibilidade nos últimos anos, pelo enorme potencial para diversas outras aplicações. A revelação de que a Toxina Botulínica pode aumentar os níveis de serotonina e influenciar favoravelmente a expressão do BDNF no hipocampo foi o ponto de partida para pesquisas que procuram entender os efeitos antidepressivos da mesma. Outro tema relacionado, quer com a toxina botulínica, quer com a PDM , é a Hipótese do Feedback Facial, que sugere que a nossa expressão facial pode afetar a nossa perceção emocional. Nesta dissertação será explorado o potencial da Toxina Botulínica no tratamento da PDM e a fisiopatologia que justifica a sua utilização.
- O Impacto da Esquizofrenia na Função SexualPublication . Nunes, Pedro Emanuel Canada Varandas; Nunes, Juliana da Silva; Pires, Miguel Oliveira CamposanaIntrodução: Nos doentes com esquizofrenia, a disfunção sexual foi reportada como sendo o motivo mais frequente para o abandono da terapêutica antipsicótica, além de, nitidamente, exercer um grande impacto negativo na qualidade de vida destes doentes. Assim, torna-se fulcral a exploração aprofundada desta questão, à luz da problemática dos antipsicóticos, bem como de outros fatores como aspetos sociodemográficos e clínicos Objetivos: O objetivo foi clarificar a associação entre as disfunções sexuais e a esquizofrenia, explorando diversos fatores que contribuem para o seu aparecimento, reforçando que os antipsicóticos não são os únicos agentes que contribuem para o surgimento de disfunções sexuais. Metodologia: Para a elaboração desta monografia, procedeu-se a uma revisão de artigos indexados nas bases de dados Pubmed, Google Scholar e UpToDate, entre 2017 e 2023, utilizando os termos: “schizophrenia”, “antipsychotics”, “sexual dysfunction” e “sexual function”. A pesquisa foi realizada sem restrição temporal, mas dando preferência à evidência científica mais recente. Após leitura do abstract de cada um dos artigos recolhidos, foram escolhidos aqueles que mais se adequavam ao objetivo do trabalho. Foi também utilizada bibliografia relevante nas áreas de Psiquiatria, saúde sexual e fisiologia humana relacionada com a função sexual. Resultados: Os antipsicóticos influenciam negativamente a função sexual, particularmente pela hiperprolactinemia e pelo bloqueio na via dopaminérgica ligada à recompensa e ao desejo, mas também pelos seus efeitos metabólicos, bloqueio dos sistemas colinérgicos e alfa-adrenérgicos e efeitos extrapiramidais. Os antipsicóticos típicos demonstram uma maior relação com a disfunção sexual, sendo que dentro dos antipsicóticos atípicos (os mais utilizados), a Risperidona é comumente associada a uma maior incidência de efeitos sexuais indesejados. Porém, outros antipsicóticos atípicos, como o Aripripazol, que é um agonista parcial dos recetores de dopamina D2, é muitas vezes utilizado como um antipsicótico eficaz para o tratamento de disfunção sexual induzida por antipsicóticos. Algumas características relacionadas com a própria fisiopatologia da esquizofrenia, aumento das comorbilidades verificadas nestes doentes, problemas de adição de substâncias, estigma internalizado e o existente na comunidade, bem como a parca recuperação funcional de muitos doentes, desempenham igualmente um papel de relevo. Adicionalmente, existe uma correlação entre a disfunção sexual e a severidade dos sintomas positivos e negativos. Os aspetos sociodemográficos são igualmente relevantes, visto que as doentes esquizofrénicas do sexo feminino tendem a ser mais afetadas por disfunção sexual, tal como pessoas mais velhas e com maior duração da doença também parecem ser mais afetadas. Complementarmente, doentes casados reportam melhor função sexual, sendo que o enquadramento cultural e religioso de cada doente assume um papel crucial na sua expressão sexual. Conclusão: A etiopatogénese da disfunção sexual é multifatorial e dependente de um conjunto de fatores, diretos e indiretos, que interagem entre si. É de extrema importância monitorizar efeitos adversos dos antipsicóticos, com controlo metabólico, avaliações dos níveis de prolactina, explorar efeitos extrapiramidais, entre outros. É imperativo explorar queixas relacionadas com a disfunção sexual, uma vez que muitos doentes podem se sentir desconfortáveis a abordar esta temática, mantendo-a subdiagnosticada e subtratada.
- Obsessões Musicais: Uma revisão da literatura numa perspetiva autobiográficaPublication . Mateus, Rodrigo Alexandre Rodrigues; Sousa, Diana Mendonça Cruz e; Almeida, Silvia Alexandra Albuquerque e CastroIntrodução: Obsessões musicais são um fenómeno que se caracteriza por pensamentos intrusivos na forma de canções ou melodias, que são indesejados e, por isso, indutores de stress e ansiedade. Mantêm uma relação estreita com a Perturbação Obsessiva-Compulsiva (POC), ainda que não sejam exclusivas desta patologia. É um sintoma bastante raro e, por isso, também negligenciado e de difícil diagnóstico diferencial com outras patologias psiquiátricas. O tratamento é semelhante ao da POC e inclui principalmente antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (SSRI), clomipramina e terapia cognitivo-comportamental. Métodos: Foram recolhidas 38 fontes bibliográficas com relevância para o tema, que incluem informação importante para entender este fenómeno, bem como vários estudos de caso que o incluem. É ainda apresentado um novo estudo de caso, numa perspetiva autobiográfica. Estudo de caso: É apresentado um estudo de caso de um jovem de 24 anos, com obsessões musicais inseridas em contexto de POC, que condicionam impacto a nível funcional e que levaram ao aparecimento de sintomas associados. Discussão: Este caso apresenta paralelismos com outros já documentados na área e também com a literatura disponível e, por ser algo raro, ganha maior relevância. Conclusão: Obsessões musicais são um fenómeno subvalorizado e a literatura disponível até à data é escassa. São necessárias adaptações, quer a nível de instrumentos de avaliação, quer a nível de tratamentos para que melhor se adequem a esta dimensão. É importante um maior investimento nesta área, a fim de consensualizar definições e promover uma maior investigação para que se entenda melhor este sintoma, de modo que sejam reduzidos erros de diagnóstico e/ou tratamento e para que seja melhor detetado e compreendido, quer pela classe médica quer pela população geral.