Loading...
1 results
Search Results
Now showing 1 - 1 of 1
- A medicina centrada na pessoa e a capacitação em ambiente de Medicina Geral e Familiar: o resultado segundo a estrutura de trabalho em Cuidados de Saúde PrimáriosPublication . Queirós, Rita Dunkel Matos Riobom; Santiago, Luiz Miguel de Mendonça Soares; Vaz, Filipe Jerónimo AlvesIntrodução: A Medicina Centrada na Pessoa (MCP) é uma prática clínica que envolve quem consulta nas decisões clínicas. A perceção desta prática pelo utente começou a ser estudada em Portugal com um estudo para a validação do inquérito sobre a MCP e poucos estudos desde então se seguiram. A capacitação reflete o ganho e fortalecimento da pessoa após uma consulta, no que concerne à compreensão e gestão da doença. O Patient Enablement Instrument (PEI) foi traduzido e validado para a população portuguesa, iniciando-se assim uma pesquisa sobre capacitação na Medicina Geral e Familiar. Objetivos: Foi objetivo deste estudo verificar as diferenças entre uma Unidade de Saúde Familiar (USF) e uma Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) quanto à prática da MCP e sua capacitação após consulta e a relação existente entre estes dois conceitos. Metodologia: Este foi um estudo observacional, transversal, em que o Instrumento de Capacitação do Consulente (ICC), resultado da tradução do PEI e o inquérito sobre a Medicina Centrada no Paciente, foram aplicados oralmente a 80 pessoas, 40 do Centro de Saúde da Covilhã e 40 da Unidade de Saúde Familiar (USF) de Serpa Pinto, Porto, logo após saírem da consulta no exterior das instalações. Registaram-se também os dados de cada utente relativamente a idade, sexo, toma diária de medicamentos, grau de instrução e atividade profissional. Resultados: Identificaram-se diferenças na variável “Nível de instrução” (p=0,001), entre as duas populações estudadas. Nas 6 questões do Instrumento de Capacitação do Consulente, as respostas que mais vezes apareceram foram “Melhor” ou “Mais” e “Igual ou pior” ou “Igual ou menos”. De forma consistente a resposta menos vezes dada foi “Muito melhor” e Muito mais”. No que reporta ao inquérito sobre a Medicina Centrada no Paciente, a resposta que mais se encontrou foi “Sim”, e a menos encontrada foi “Não”. Respostas significativamente diferentes foram dadas para a questão “Capaz de lidar com a vida”, em função do local onde foi aplicado o ICC. 37,5% dos inquiridos do Centro de Saúde da Covilhã responderam “Igual ou Pior” vs. 70% das pessoas da Unidade de Saúde Familiar do Porto (p=0,015). Discussão e conclusão: A capacitação após consulta com o(a) médico(a) de família é insuficiente de forma geral nas duas unidades. A MCP pela visão das mesmas é praticada de igual forma em ambos os contextos de prática médica. A verificação de correlação positiva entre a MCP e a Capacitação, permite pensar em melhores resultados terapêuticos.