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  • Prevalence of asthma, allergic rhinitis and eczema in 6–7-year-old schoolchildren from Luanda, Angola
    Publication . Arrais, Margarete; Lulua, Ofélia M.; Quifica, Francisca G.S.; Pinto, José Rosado; Gama, Jorge; Barata, Luis Taborda
    Background: Epidemiological data have shown that the prevalence of asthma, rhinoconjunctivitis and eczema in children is still increasing, namely in Africa. However, there are no epidemiological studies on asthma or allergic diseases in Angolan children. Objective: To study the prevalence of asthma and other allergic diseases in Angolan children. Methods: Descriptive, observational, cross-sectional study, using the ISAAC study methodology, in the province of Luanda, Angola in 6-7-yearold children. Forty-six (8.3%) public schools were randomly selected. Data were analysed using the SPSS Statistics version 24.0 software. Results: A total of 3080 children were studied. Results showed that the prevalence of asthma (wheezing in the previous 12 months) was 15.8%, that of rhinitis (sneezing, runny or blocked nose in the previous 12 months) was 19% and that of eczema (itchy skin lesions in the previous 12 months) was 22%, without differences between sexes. Rhinitis was associated with a higher number of episodes of wheezing episodes, disturbed sleep and night cough, in children with asthma. Rhinitis, eczema, Split-type air conditioning system, antibiotic intake in the child's first year of life, frequent intake (more than once per month) of paracetamol and active maternal smoking were associated with a higher risk of having asthma, whereas electrical cooking was associated with a protective effect. Conclusion: Asthma and allergic diseases are highly prevalent in children from Luanda. A strategy for preventive and control measures should be implemented.
  • Prevalence of asthma and allergies in 13–14-year-old adolescents from Luanda, Angola
    Publication . Arrais, Margarete; Lulua, O.; Quifica, F.; Pinto, J. Rosado; Gama, Jorge; Barata, Luis Taborda
    SETTING: The few epidemiological studies on asthma and allergic diseases performed in Africa have shown that the prevalence of these diseases is high or increasing. No such studies have been performed in Angola. OBJECTIVE : To determine the prevalence of asthma and other allergic diseases in Angolan adolescents. DESIGN: This was a descriptive, observational, crosssectional study in the province of Luanda, Angola, using the International Study of Asthma and Allergies in Childhood study methodology in adolescents aged 13 and 14 years. Twenty-three (12%) public schools were randomly selected. Data were analysed using the Statistical Package for the Social Sciences version 22.0 software. RESULTS : A total of 3128 adolescents were included. The prevalence of asthma (wheezing in the previous 12 months) was 13.4%. The prevalence of rhinitis (sneezing, runny or blocked nose in the previous 12 months) was 27% and that of eczema (itchy skin lesions in the previous 12 months) was 20%; both were more prevalent in girls. Rhinitis was associated with a greater number of episodes of night cough in adolescents with asthma. Rhinitis and eczema, a split-type air conditioning system, and frequent intake (more than once per month) of paracetamol were associated with a higher risk of having asthma. CONCLUSION: Asthma and related allergic diseases are a public health problem in adolescents from Luanda. Preventive and control measures should be implemented.
  • Estudo da Prevalência e Características Clínicas da Asma Brônquica em Crianças de 13-14 anos, da Província de Luanda, Angola
    Publication . Arrais, Margarete Lopes Teixeira; Barata, Luís Manuel Taborda; Gama, Jorge Manuel dos Reis
    Introdução: A asma brônquica é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas, e é uma importante causa de morbilidade crónica e mortalidade em todo mundo. De facto, a asma é considerada como uma das principais causas de admissão hospitalar, particularmente nas crianças. Existem no mundo cerca de 300 milhões de indivíduos com asma e há dados que demonstram que a sua prevalência tem vindo a aumentar, particularmente em crianças. Outras doenças alérgicas como a rinite e a dermatite atópica podem estar associadas a asma e constituir mesmo factores de risco para o seu agravamento. Nos poucos estudos epidemiológicos sobre a asma e doenças alérgicas realizados em África, a sua prevalência também é elevada e tem vindo a aumentar. Contudo, não há dados publicados acerca da prevalência de asma brônquica e outras doenças alérgicas em crianças angolanas. Material e Métodos: Foi realizado um estudo descritivo, transversal, observacional, utilizando a metodologia do ISAAC, na província de Luanda, Angola de Agosto a Novembro de 2014, em crianças de 13 e 14 anos. Foram selecionadas aleatoriamente, por município, 23 (12%) escolas públicas, de um total de 186 escolas públicas do 1º ciclo, do ensino secundário. Os dados foram processados e analisados no programa SPSS Statistics, versão 22.0, para análise dos valores de prevalência e de associação com factores de risco. Resultados: A prevalência de asma brônquica provável em crianças de 13 e 14 anos, na província de Luanda, Angola foi de 13,4%. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre raparigas e rapazes e a medição do peak flow nestas crianças demonstrou que 90% tinham obstrução brônquica leve, 9% moderada e 1% grave. A prevalência de sintomas de rinite foi de 27% e a de eczema 20%, sendo ambas mais prevalentes nas crianças do sexo feminino. A presença de rinite estava associada a um maior número de episódios de tosse nocturna em crianças com asma brônquica provável. Em relação aos factores de risco analisados, a presença de rinite e de eczema, a utilização de ar condicionado do tipo Split como sistema de refrigeração, a toma frequente de paracetamol e a existência de cão no domicílio, estavam significativamente associadas com a presença de asma brônquica. Conclusão: A asma e doenças alérgicas relacionadas, como a rinite e o eczema, são um problema de saúde pública nas crianças de Luanda. Medidas preventivas e de controlo devem ser encorajadas. Há a necessidade da realização de estudos semelhantes para uma análise mais detalhada dos factores de risco e de protecção e a sua relação com a etiologia da asma e das doenças alérgicas. Crianças com episódios frequentes de tosse sem expectoração durante a noite devem ser avaliadas quanto a sintomas de rinite e asma.
  • Avaliação de Determinantes Ambientais e Aspetos Clínicos da Asma Brônquica em Crianças e Adolescentes Angolanos
    Publication . Arrais, Margarete Lopes Teixeira; Barata, Luís Manuel Taborda; Brito, Rui Miguel Duque de; Gama, Jorge Manuel dos Reis
    Introdução: A asma é uma importante causa de morbilidade crónica, em todo mundo, e existem evidências que a sua prevalência tem vido a aumentar consideravelmente, quer em países de alto rendimento, quer em países de médio ou baixo rendimento, sobretudo em crianças. O seu crescente impacto tem sido associado a aumentos na prevalência de outras doenças alérgicas como a rinite e o eczema, com repercussão na qualidade de vida dos seus portadores. É uma das principais causas de observação e internamentos em serviços de urgências, na maioria dos países, sendo também uma causa importante de incapacidade, com impacto na qualidade de vida dos doentes e seus familiares. Também é uma causa de mortalidade, sobretudo nos países de médio e baixo rendimento, onde o acesso aos cuidados básicos de saúde é limitado. Apesar dos enormes avanços científicos na fisiopatologia e no seu tratamento, a asma continua a ter uma sobrecarga económica elevada a nível mundial, com consultas hospitalares, internamentos, medicamentos, ausências ao trabalho e à escola, devido às exacerbações e, nos casos de asma mais grave, à incapacidade relacionada com a doença. O referido aumento da prevalência da asma, observado em vários países, está provavelmente relacionado com modificações do meio ambiente e seus determinantes, portanto a asma requer atenção especial e compromisso de todo mundo, para reduzir o seu peso em termos de morbilidade e até mesmo de mortalidade. Em África, os poucos estudos aí realizados mostraram que a asma, também neste continente é uma doença com elevada morbilidade, com valores de prevalência semelhantes às de muitos países no mundo, sobretudo em crianças. Mais ainda, a prevalência da asma, assim como das doenças alérgicas como a rinite e o eczema também tem vindo a aumentar embora, devido à escassez de dados, se pense que a verdadeira prevalência possa estar subestimada. Em Angola, a asma representa uma das principais causas de atendimento sobretudo em crianças, em serviços de urgência e em consultas de pneumologia, porém, não existem estudos publicados sobre a incidência ou prevalência da asma ou doenças alérgicas, nem sobre suas características ou fatores de risco determinantes na população angolana. É assim que o objetivo principal desta tese foi estudar as prevalências da asma e doenças alérgicas, fatores ambientais e características clínicas, em crianças e adolescentes angolanos. Os seus objetivos específicos consistiram: (1) Determinar a prevalência e características clínicas da asma e doenças alérgicas, nomeadamente rinite e eczema, em crianças de 6 e 7 anos e 13 e 14 anos da província de Luanda; (2) Caracterizar os fatores de risco incluindo ambientais, para asma, destas crianças na província de Luanda; (3) Avaliar o perfil das sensibilizações alérgicas e sua relação com a asma, rinite alérgica e eczema atópico, assim como a sua relação com a infeção por helmintas, em crianças de 5 a 14 anos da província do Bengo; (4) Determinar a prevalência da infeção por helmintas e sua relação com a asma e doenças alérgicas, nomeadamente rinite e eczema, em crianças de 5 a 14 anos da província do Bengo; (5) Avaliar a evidência atual, através de uma revisão sistemática e meta-análise, acerca de uma eventual associação entre infeção por helmintas e a expressão de atopia e doenças alérgicas, em termos mundiais. Metodologia: A presente tese é composta por quatro estudos. Dois estudos transversais em que avaliámos as prevalências de asma, rinite e eczema em crianças de 6 e 7 anos e de 13 e 14 anos na província de Luanda, capital de Angola, onde a maioria da população é residente em área urbana, com melhor nível socioeconómico e melhor rendimento familiar; outros dois estudos, também transversais, nos quais o foco principal foi a avaliação dos perfis de sensibilização alérgica e a relação da infeção por helmintas com a asma e atopia em crianças dos 5 aos 14 anos residentes em área urbana e rural, na província do Bengo, região onde a prevalência de infeção por helmintas é moderadamente elevada e a maioria da população tem nível de escolaridade, socioeconómico e rendimento familiar menor. Por último, realizámos um protocolo para uma revisão sistemática e meta-análise sobre uma eventual relação entre a infeção por helmintas, atopia e doenças alérgicas no contexto mundial. A recolha dos dados foi efetuada através do preenchimento dos questionários do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC) para crianças e adolescentes, específico para asma, rinite alérgica, e eczema atópico, e com questões demográficas e ambientais de acordo com a versão traduzida e validada em português. Para o estudo do Bengo, foi adicionado um questionário envolvendo dados sobre infeção por helmintas, acesso a assistência médica e história de tratamentos prévios. A avaliação da função respiratória foi pela medida do pico de fluxo expiratório (PEF) em todas as crianças com sintomas de asma atual, sendo a mesma confirmada, quando os sintomas de asma atual estavam associados aos valores de PEF abaixo de 80% do predito. Atopia foi definida com base em testes cutâneos por picada (TCP) positivos, sendo monosensibilização atópica definida pela positividade de apenas um único aeroalergénio e polisensibilização pela positividade de dois ou mais aeroalergénios não relacionados. Infeção helmíntica foi definida pela presença de helmintas sob a forma de vermes adultos, segmentos de vermes, ovos ou larvas nas fezes, pelo método de concentração (qualitativo) ParasiTrap® e o método quantitativo Kato-Katz, em cada uma das amostras de fezes colhidas, as crianças que participaram no estudo. O protocolo da revisão sistemática sobre a relação entre a presença de infeção por helmintas e a expressão de atopia e doenças alérgicas em todo o mundo foi realizado de acordo com as diretrizes PRISMA, para esse tipo de estudos. Resultados: Estes foram os primeiros estudos sobre asma e doenças alérgicas na população angolana e uns dos poucos realizados em crianças africanas. Nas crianças de 6 e 7 anos, a prevalência de asma de 15,8%, sem diferenças significativas entre rapazes e raparigas, e, em 8% dos asmáticos, foi confirmada obstrução brônquica. A prevalência de rinite foi de 19% e a de eczema de 22%, também sem diferenças entre sexos. A rinite estava claramente associada com os sintomas de asma. Rinite e eczema, uso do ar condicionado do tipo Split como sistema de refrigeração no domicílio, o uso frequente de paracetamol, o uso de antibióticos e o tabagismo ativo da mãe no primeiro ano de vida das crianças estavam significativamente associados ao aumento do risco de ter asma, enquanto que o uso do fogão elétrico para cozinhar foi protetor. Nos adolescentes de 13 e 14 anos, a prevalência da asma foi de 13,4%, sendo significativamente superior nas raparigas, em relação aos rapazes e 10% dos asmáticos tiveram obstrução brônquica moderada. A prevalência de rinite foi de 27% e a de eczema de 20%, sendo ambas mais prevalentes nas raparigas. A rinite associou-se a um maior número de sintomas de asma. A rinite e o eczema, o uso do ar condicionado do tipo Split como sistema de refrigeração domiciliar e o uso frequente do paracetamol associaram-se significativamente ao aumento do risco de ter asma. Nas crianças dos 5 aos 14 anos da província do Bengo, a prevalência de sensibilizações aos aeroalergénios foi baixa (8%) e a maioria das crianças sensibilizadas eram assintomáticas. As sensibilizações alérgicas mais frequentes envolveram ácaros, baratas ou fungos, e uma proporção considerável de crianças (43,9%) estavam polisensibilizadas. Não foi detetada nenhuma relação entre sensibilizações alérgicas específicas e asma, rinite ou eczema. A prevalência de infeções por helmintas no nosso estudo foi de 35,7% e não foram observadas diferenças significativas entre sexos, classe etária e crianças residentes em área urbana ou rural. Também em termos gerais, não encontrámos nenhuma associação direta ou inversa entre a infeção por helmintas e expressão de asma, doenças alérgicas ou atopia, nestas crianças. Encontrar uma prevalência tão baixa de atopia associada aos valores de prevalências de asma e doenças alérgicas, inferiores às observadas em Luanda, em uma área com prevalência relativamente alta de infeções por helmintas levantou a questão de se tal relação inversa tinha a ver com a presença dessas infeções em crianças. Contudo, os nossos resultados não mostraram relação significativa entre a prevalência, tipo, carga ou intensidade da infecção por helmintas, e a prevalência de atopia, detectada pelos TCP, ou mesmo asma e outras doenças alérgicas. Portanto para, de igual forma, esclarecermos melhor esta relação, propusemo-nos realizar uma revisão sistemática sobre o assunto, cujo protocolo faz parte desta tese. Discussão e conclusões: A asma é, sem dúvida, um problema de saúde pública á nível mundial, estando frequentemente associada a doenças alérgicas e a atopia, com maior relevância em crianças e adolescentes, conforme documentam vários estudos. Em África, apesar de serem escassos os estudos, os dados epidemiológicos apontam também para uma grande preocupação de saúde pública, pois a asma constitui uma das principais causas de atendimento em instituições de saúde, a nível das comunidades, quer urbanas quer rurais, onde as condições de saneamento e acesso aos cuidados básicos de saúde são limitadas. Os nossos resultados revelaram prevalências elevadas de asma, rinite e eczema, sendo que a prevalência de asma foi maior nas crianças de 6 e 7 anos, embora a da rinite e a do eczema tenham sido maiores nos adolescentes de 13 e 14 anos de Luanda, enquanto que nas crianças do Bengo a prevalência de asma foi relativamente inferior, embora as prevalências de rinite e eczema também tenham sido elevadas, resultados estes comparáveis aos de estudos realizados em alguns países africanos e em outras regiões do mundo. Os nossos estudos mostraram que uma elevada percentagem das crianças e adolescentes asmáticos não têm qualquer seguimento médico especializado, não têm nenhum tratamento de controlo prescrito, alguns (muito poucos) usam apenas medicação de alívio com beta 2 agonistas de curta ação e, como consequência destas limitações, frequentemente não estão controlados. Também foi possível identificar prováveis fatores de risco e mesmo de proteção para a asma. As crianças e os adolescentes tinham maior probabilidade de ter asma na presença de rinite, eczema, uso de ar condicionado do tipo Split no domicílio, uso de alguns fármacos como antibióticos no primeiro ano de vida e o uso do paracetamol, assim como o tabagismo materno durante o primeiro ano de vida das crianças. Entretanto, em contraste, nas crianças de 6 e 7 anos, o uso da eletricidade para cozinhar (fogão elétrico) revelou-se como provável fator protetor contra o risco do desenvolvimento da asma. Assim, os nossos estudos permitem-nos concluir que alguns fatores ambientais potencialmente relevantes e já conhecidos também parecem constituir fatores de risco para asma e outras doenças alérgicas em crianças e adolescentes angolanos. Portanto, é necessário que sejam desenvolvidos planos de gestão e prevenção de forma a diminuir a exposição a estes fatores de risco e aumentar o acesso aos cuidados básicos de saúde. Os nossos resultados, obtidos na província do Bengo, mostraram uma prevalência muito baixa de atopia, se compararmos com outros estudos realizados em países africanos. As sensibilizações alérgicas mais frequentes foram por ácaros do pó doméstico, seguidos de baratas e fungos, tal como acontece em outras regiões de África, e não foi encontrada nenhuma relação entre sensibilizações atópicas e doenças alérgicas. Também não encontrámos uma relação significativa entre local de residência (urbano ou rural), sexo e grupo etário e o risco de se estar sensibilizado a aeroalergénios. Isso contrasta com vários outros estudos em crianças, particularmente em relação à área de residência. Observámos que cerca de 36% das nossas crianças estavam infetadas por helmintas, sendo o mais frequente o Ascaris lumbricoides, sem diferenças significativas entre sexos, idade e área de residência, contudo não encontrámos qualquer relação entre atopia, asma, rinite ou eczema e infeção por helmintas. Como demonstrámos no nosso estudo realizado numa região de elevada prevalência de infeção por helmintas, na província do Bengo, não foi encontrada nenhuma relação significativa entre infeção por helmintas e a expressão de atopia ou de doenças alérgicas, nomeadamente asma, rinite e eczema. Portanto, estudos mais alargados e com uma abordagem integrada, incluindo vários fatores sociodemográficos e ambientais mais abrangentes, serão necessários, para se esclarecer melhor esta temática.