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  • Perceção de sintomas e de gravidade, qualidade de vida e gestão familiar da asma pediátrica: caracterização e intervenção
    Publication . Silva, Cláudia Maria Gomes Mendes da; Barros, Maria Luísa Torres Queiroz; Simões, Maria de Fátima de Jesus
    A asma, uma das doenças crónicas mais comuns na infância e uma importante causa de internamento hospitalar, impõe muitas vezes alterações na vida da criança e da família, que tem de se adaptar à doença e aos cuidados que esta doença exige. Os pais são habitualmente responsáveis pela implementação das medidas de controlo e gestão da asma, constituindo-se também como uma das influências mais relevantes na adaptação da criança à doença. Esta gestão obriga à tomada de decisões diárias, por se tratar de uma doença com grande variação ao nível dos sintomas e com crises bruscas, o que pode desafiar a sua competência para se adaptarem a essa nova tarefa. O próprio tratamento da asma parece levantar algumas dificuldades aos pais, como a necessidade de recordar e administrar a medicação diariamente, ou algumas preocupações relativas à eficácia e aos efeitos secundários da medicação, o que conduz frequentemente à não adesão à medicação preventiva. Esta investigação teve como objetivos principais, primeiro, caracterizar algumas dimensões cognitivas e de adaptação da vivência da asma em crianças (dos 7 aos 13 anos), averiguar as dificuldades sentidas pelos cuidadores na vivência e gestão da doença e, concomitantemente, contribuir para o estudo preliminar de um modelo de intervenção psicoeducacional breve com os pais de crianças com asma. Os resultados evidenciaram uma inconsistência entre o relato de sintomas pelos pais, a sua avaliação subjetiva da gravidade da asma e a classificação do nível de controlo da doença pelo médico, revelando uma tendência nos pais para subestimarem a gravidade da doença e para relatarem poucos sintomas. Os níveis de educação e de perturbação emocional dos pais, bem como o tempo decorrido desde o diagnóstico, estavam associados com o nível de conhecimento sobre a asma. Por outro lado, o conhecimento sobre a doença não estava associado ao relato de sintomas, nem à avaliação subjetiva da gravidade da asma realizada pelos pais. No entanto, pais com menor conhecimento reportavam menos sintomas. A entrevista FAMSS demonstrou boa consistência interna e validade convergente, com associações significativas com o questionário de conhecimento sobre a asma. Não foram encontradas associações entre os resultados na entrevista com o nível de controlo da asma ou com a gravidade dos sintomas, mas identificaram-se correlações com o número de exacerbações relatado e com a presença de sintomas psicopatológicos nos pais. Tanto as crianças, como os pais, avaliaram positivamente a qualidade de vida das crianças com asma. Os pais de crianças com diagnóstico de asma há mais tempo reportaram melhor qualidade de vida nos filhos. A distribuição dos resultados na versão das crianças mostrou diferenças entre as categorias de gravidade subjetiva estimada pelas crianças e entre as categorias de controlo da asma avaliadas pelos médicos. O grupo com asma não controlada obteve resultados mais baixos no questionário de qualidade de vida, comparativamente às outras duas categorias. Não existe concordância entre a auto-avaliação da qualidade de vida pela criança e a avaliação feita pelos pais, com excepção do resultado na faceta limitações físicas. O estudo agora apresentado permtiu, ainda, testar e avaliar a aplicabilidade de uma intervenção psicoeducativa breve para as mães de crianças com asma. Completaram a intervenção dez mães, tendo participado nas três sessões de grupo da intervenção e nos três momentos de avaliação (antes, no final da intervenção e no follow-up a 9 meses). Os resultados evidenciaram o aumento do conhecimento materno sobre a asma e a melhoria nas práticas de gestão da doença, nomeadamente na resposta aos sintomas e exacerbações, por parte das mães e das crianças, e na integração equilibrada da asma na vida familiar. Esta investigação confirmou que os pais revelam uma tendência para sobrestimar o nível de controlo da asma da criança e um baixo nível de conhecimento sobre a doença. O conhecimento dos pais sobre a asma não mostrou estar relacionado com os resultados clínicos da asma da criança, nem com a avaliação da gravidade percebida ou com o relato de sintomas pelos pais. Estes défices no conhecimento sobre a asma, o baixo relato de sintomas e a subestimação da gravidade da asma, podem afetar a comunicação pais-médico e impedir o controlo adequado da doença. Concluímos, também, que a FAMSS é um instrumento válido para avaliar a gestão da asma pelas famílias, permitindo ter uma visão clara das áreas em que a família revela maiores dificuldades. Por outro lado, os resultados no DISABKIDS-37 demonstraram a complementaridade dos relatos da criança e dos pais na avaliação da qualidade de vida da criança, o que suporta a recomendação da utilização de ambas as fontes nessa avaliação. Esta investigação atestou, ainda, a utilidade de incluir a intervenção psicoeducativa com os pais nos cuidados às crianças com asma. O trabalho com pequenos grupos de pais permite a adaptação da intervenção às características das famílias, contribuindo para a melhoria da gestão da asma pela família.
  • Aceitação e eficácia de um programa de intervenção psicoeducativa para pais de crianças com asma
    Publication . Silva, Cláudia Mendes Da; Barros, Luísa; Simões, Fátima
    Considerando a importância que a educação sobre a asma deve assumir no plano de gestão familiar da doença, e a falta de programas deste tipo em Portugal, construímos uma intervenção psicoeducativa breve para pais de crianças com asma entre os 7 e os 13 anos, visando a aquisição de atitudes mais positivas na gestão da doença. O estudo teve como objetivo avaliar a aceitação, eficácia e a satisfação relativa ao programa intervenção. Completaram a intervenção 10 mães, tendo participado nas 3 sessões de grupo e nos 3 momentos de avaliação (linha de base, final da intervenção e follow-up a 9 meses). Para além da recolha de informação sociodemográfica e clínica, aplicaram-se dois questionários, um de conhecimentos sobre a asma e outro de qualidade de vida da criança (DISABKIDS-37, versões pais e criança). Utilizou-se também uma entrevista sobre a gestão da asma pela família (FAMSS) na avaliação inicial e no follow-up. Os resultados evidenciaram uma melhoria moderada no conhecimento dos pais e nas práticas de gestão da asma, confirmando a utilidade de incluir a intervenção psicoeducativa nos cuidados às crianças com asma.
  • Comportamento alimentar infantil e atitudes parentais face à alimentação das crianças
    Publication . Silva, Cláudia Mendes Da; Teixeira, Tânia
    A infância é um período crítico para o desenvolvimento de comporta - mentos relativos à alimentação e é considerada fulcral na prevenção do excesso de peso, da doença e na promoção da saúde [...]
  • Perceção de obstáculos ao controlo da Diabetes Tipo 1 em adolescentes
    Publication . Silva, Cláudia Mendes Da; Spínola, Jéssica
    A adesão aos tratamentos e cuidados relativos à Diabetes Tipo 1 prescritos pelos profissionais de saúde, como sejam a administração da insulina, a monitorização glicémica e a adoção de hábitos de alimentação, atividade física e higiene saudáveis e adequados, é fundamental para a gestão e controlo desta doença crónica. O presente trabalho teve como objetivo explorar e compreender as dificuldades no controlo da Diabetes Tipo 1 percecionadas por adolescentes diagnosticados com a doença e pelos seus cuidadores. A amostra foi constituída por 10 adolescentes, com idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos, bem como pelas respetivas mães, perfazendo um total de 20 participantes. O estudo realizado seguiu uma orientação essencialmente qualitativa, sendo que a recolha de dados foi realizada através de entrevistas semiestruturadas e os resultados foram lidos com base na análise de conteúdo, complementada pelo uso de instrumentos de autorregisto de avaliação da autoeficácia, comportamento familiar e obstáculos ao tratamento da Diabetes. Os resultados apontaram a falta de liberdade alimentar comparativamente aos pares, a dor e incómodo de alguns procedimentos médicos e a sensação de insaciedade persistente como maiores obstáculos percecionados pelos adolescentes na gestão da diabetes. Relativamente à perspetiva das mães, encontraram-se como principais obstáculos ao controlo da doença as restrições alimentares, a revolta e não-aceitação da doença, a elevada responsabilidade, pressão e stresse sobre o jovem e o funcionamento psicoemocional tipicamente lábil característico da adolescência.