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Wanna, Wiseman Osman

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  • Análise de Modelos de Ensino a Distância de Universidades Privadas e Públicas em Moçambique
    Publication . Wanna, Wiseman Osman; Simões, Maria de Fátima de Jesus
    O ensino a distância é uma modalidade de educação que tem sido implementada por algumas instituições de ensino superior. Atualmente, devido à pandemia de Síndrome Respiratória Aguda Grave causada pelo coronavírus-19, esta modalidade está implementada em quase todas as instituições de ensino superior por todo o mundo, podendo até pensar-se que é uma modalidade de “salvação” do sistema educativo. No entanto, o ensino a distância em Moçambique tem sido objeto de vários debates e discussões na televisão, na rádio e na internet, devido à sua baixa qualidade, baixa taxa de inscrições e forte abandono escolar. Esta investigação tem como propósito analisar os modelos de ensino a distância implementados em universidades privadas e públicas de Moçambique considerando a estrutura dos modelos, as características dos estudantes e fatores sociais. Para o seu alcance, foi desenvolvida uma pesquisa empírica, adotando uma abordagem metodológica mista (qualitativa e quantitativa), seguindo uma estratégia de investigação de casos. Foram utilizados dois instrumentos para a recolha de dados: análise documental e questionário. Todos os questionários foram aplicados virtualmente, envolvendo 360 estudantes, 7 professores, 21 tutores e 15 gestores de duas universidades privadas e duas públicas. Concluiu-se que os principais modelos de ensino a distância implementados em Moçambique são do tipo online e semipresencial. A maioria dos estudantes que frequentam estes modelos são trabalhadores adultos, localizados nas zonas urbanas. A dimensão tecnológica afeta a qualidade de ensino e aprendizagem, devido à falta de domínio no uso da tecnologia por parte de alguns estudantes, professores e tutores e, à fraca qualidade da internet. Em relação à dimensão administrativa, esta está ligada diretamente à baixa taxa de inscrições e ao abandono escolar por parte dos estudantes, ou seja, o modelo 100% online, o preferido, é mais caro comparativamente com o modelo semipresencial e, por consequentemente, a maioria dos estudantes ativos entre os 18 e os 24 anos de idade não se inscrevem nos cursos, e alguns abandonam os cursos por falta de condições financeiras. Espera-se que os resultados alcançados possibilitem uma reflexão crítica sobre elaboração de projetos instrucionais neste domínio, estratégias e políticas de implementação de ensino a distância em Moçambique.