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  • O papel da quimioterapia intraperitoneal hipertérmica no tratamento da carcinomatose peritoneal
    Publication . Lopes, Anusca Joana de Lima Paixão; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro de
    A disseminação de um tumor abdominal ou pélvico unicamente para a cavidade peritoneal pode ocorrer quer na fase da apresentação primária do tumor quer na sua recorrência e é denominada de Carcinomatose Peritoneal (CP). Esta condição, apesar de não representar uma disseminação sistémica da doença, está associada a um prognóstico e sobrevida sombrios, sendo que sem tratamento condiciona uma sobrevida média de cerca de seis meses. O tratamento oferecido para a CP sempre foi a quimioterapia sistémica (QS), que poucos benefícios apresenta, no que diz respeito à sobrevida, quando comparada com a ausência de tratamento. Outra terapêutica realizada comummente é a cirurgia paliativa, especialmente quando o doente apresenta obstrução intestinal, de modo a minorar as complicações decorrentes da invasão tumoral. Hoje em dia com os novos quimioterápicos existentes e introduzidos no tratamento desta condição médica os resultados são ligeiramente melhores do que os relatados no passado, no entanto a resposta obtida com esta abordagem continua a não ser satisfatória, o que tem levado a uma crescente investigação de tratamentos inovadores e mais agressivos. Desse modo surgiu a Quimioterapia Intraperitoneal Hipertérmica (HIPEC) que através da sua associação com a Cirurgia de Citorredução (CRS) representa um grande avanço no prognóstico e sobrevida dos doentes acometidos por tumores abdomino-pelvicos que evoluíram com o aparecimento de CP. Com a administração de HIPEC são conseguidas concentrações muito superiores de quimioterápico na superfície peritoneal do que quando o tratamento é administrado de forma sistémica. Esta, administrada diretamente na cavidade peritoneal, visa a destruição de toda a doença microscópica existente. A eliminação prévia de toda a doença macroscópica, não pode, no entanto, ser descurada, para que o fármaco possa penetrar de forma adequada nas células neoplásicas remanescentes e eliminar totalmente a doença. De facto a resseção completa dos implantes peritoneais através da CRS constitui o principal fator prognóstico destes doentes. O elevado ceticismo quanto aos benefícios da aplicação destas técnicas desde cedo se prendeu com a alta morbilidade obtida em estudos efetuados no início da aplicação do tratamento. Por essa razão este é um dos principais objetos de estudo dos mais variados centros. No entanto os resultados continuam a não ser totalmente esclarecedores, devido à falta de uniformização de critérios. São originados pelos diversos estudos resultados muito díspares. Sendo, apesar disso, seguro afirmar que as taxas de morbi-mortalidade são ultimamente menos preponderantes do que as obtidas inicialmente. A principal vantagem destas técnicas diz respeito ao aumento da sobrevida em relação à abordagem clássica. Apesar de o benefício variar consoante a histologia do tumor e com diversos parâmetros respeitantes à sua evolução, é claro o quanto a sobrevida dos doentes beneficia com este tratamento. Materiais e Métodos Para a realização desta dissertação realizei o levantamento bibliográfico em bases de dados nacionais e internacionais, nomeadamente em bases de dados online como a Pubmed e a B-on. A escolha dos artigos foi feita tendo em conta a sua pertinência, validade e atualidade.