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- Dose Administration Aid Service in Community Pharmacies: Characterization and Impact AssessmentPublication . Vicente, André; Mónico, Beatriz; Lourenço, Mónica; Lourenço, OlgaAdherence to therapies is a primary determinant of treatment success. Lack of medication adherence is often associated with medical and psychosocial issues due to complications from underlying conditions and is an enormous waste of medical resources. Dose Administration Aid Service (DAAS) can be seen as part of the solution, allowing individual medicine doses to be organized according to the dosing schedule determined by the patient’s prescriber. The most recent systematic reviews admit the possibility of a positive impact of this service. In line with this background, the study reported in this paper aimed to characterize DAAS implementation in Portugal and understand the perceptions of pharmacists and owners of community pharmacies regarding the impact of DAAS, preferred methodology types, and State contribution. The study was guided by qualitative description methodology and reported using the consolidated criteria for reporting qualitative research (COREQ) checklist. Data were collected through semi-structured interviews with 18 pharmacists and/or owners of community pharmacies. Using qualitative content analysis, we identified categories that revealed that automated weekly methodology is the preferred methodology, because of its easiness of use and lower cost of preparation. However, the investment cost was felt to be too high by the participants considering the number of potential users for implementation in practice. Participants were also unanimous in recognizing that DAAS has a very positive impact in terms of safety and medication adherence, and the majority agreed that it also helped reduce medication waste. Implications of these findings for medication adherence are discussed.
- Preparação Individualizada da Medicação e Dispensa em Dose Unitária: Que futuro?Publication . Vicente, André Rodrigues; Lourenço, Olga Maria MarquesIntrodução: A falta de adesão à terapêutica é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a extensão com que o comportamento adotado no que concerne à toma de medicamentos, seguimento de uma dieta e/ou implementação de mudanças do estilo de vida corresponde às recomendações do profissional de saúde. Esta pode ser dividida em intencional ou não intencional, se resulta de uma ação deliberada ou não, respetivamente. A falta de adesão à terapêutica acarreta problemas médicos e psicossociais devido às complicações das patologias subjacentes e um enorme desperdício de recursos em saúde. Como possíveis soluções de intervenções práticas, surgem a Preparação Individualizada da Medicação (PIM) e a Dispensa em Dose Unitária (DDU). A PIM consiste num serviço em que se utilizam dispositivos auxiliares para a dispensa da medicação de acordo com a posologia prescrita. Importa salientar que as revisões sistemáticas mais recentes admitem a possibilidade de que este tipo de serviço possa ter efeitos positivos na adesão, segurança, nos outcomes clínicos e na redução do desperdício. Em Portugal, a literatura é escassa mas os 4 estudos que foram realizados nesse âmbito mostraram resultados muito positivos. A DDU consiste num sistema de prescrição e distribuição em unidose especificamente associado à PIM. Objetivo principal: caracterizar e avaliar o impacto da implementação da PIM e da DDU em Portugal. Objetivos específicos: caracterizar a implementação da PIM em Portugal; avaliar o impacto da PIM como instrumento de adesão à terapêutica, de redução do desperdício e de aumento da segurança do utente, considerando a possibilidade de associar a revisão terapêutica; avaliar o impacto, refletindo criticamente, da associação de DDU com a introdução de um sistema de PIM pré-venda e da prescrição médica individualizada; refletir criticamente sobre os diferentes modelos que podem ser seguidos em relação ao futuro da PIM; identificar as limitações da introdução de um sistema de PIM pré-venda e possíveis soluções para as ultrapassar; conhecer as posições dos principais decisores e entidades diretamente envolvidas. Metodologia: Foi realizado um estudo observacional descritivo, baseado na recolha de dados objetivos e subjetivos junto de associações do sector farmacêutico e através de entrevistas semiestruturadas aos intervenientes (utentes, farmacêuticos e proprietários de farmácia) e decisores (representantes de ordens profissionais, associações do setor e partidos políticos). Os dados subjetivos foram reportados utilizando a checklist de critérios consolidados para relatar investigação qualitativa (COREQ). Resultados: De acordo com os dados objetivos disponibilizados pela Associação Nacional de Farmácias, existem 366 farmácias com registo do serviço de PIM, verificando-se um acréscimo de 47% desde 2016. Tendo em conta o número de farmácias estabelecidas no território nacional, estima-se uma implementação a rondar os 10%. O preço médio do serviço dos últimos 4 anos é de 4,57€/semana. Na amostra de 18 farmácias comunitárias entrevistadas, o custo semanal médio para o utente foi de 3,23€ e o custo médio para a farmácia foi de 8,74€/mês, sendo que o serviço foi disponibilizado em média há 4,8 anos. Através da análise qualitativa dos dados subjetivos, foram identificadas categorias que apontaram como metodologia preferencial o blister automatizado semanal. Contudo, o custo de investimento é demasiado elevado para a sua implementação na prática considerando o número de potenciais utentes. Para além disso, foi unânime que a PIM tem um impacto muito positivo em termos de segurança e adesão à terapêutica, sendo que a esmagadora maioria considera ainda que esse impacto também é verificado na redução de desperdício. Existem vários modelos que podem ser seguidos e que merecem uma análise mais aprofundada em articulação com as principais entidades envolvidas. Conclusão: Com este trabalho, foi possível recolher os dados disponíveis acerca da implementação da PIM em Portugal e caracterizar este serviço numa amostra de farmácias comunitárias. O impacto aparentemente é muito positivo nas componentes de segurança, adesão à terapêutica e desperdício. Relativamente à associação com DDU, existem várias limitações que devem ser analisadas novamente e de uma forma aprofundada, sendo que isso não invalida o estudo acerca de outros modelos de modo a aumentar a adesão ao serviço para quem dele necessita, que foram alvo de reflexão crítica nesta dissertação.