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Pimentel, Adilson Gaspar Cassule

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  • Influência do Ângulo Foveal na Deteção do Glaucoma em Retinografias
    Publication . Pimentel, Adilson Gaspar Cassule; Soares, Ivo Miguel da Fonseca Gravito
    Introdução O glaucoma é uma das principais causas de cegueira irreversível em todo o mundo, sendo uma doença ocular crónica e progressiva. Recentemente vários estudos avaliaram o impacto do ângulo foveal, também designado por ângulo fóvea-disco (DFA) na deteção do glaucoma em OCT. No entanto, não existem estudos que analisem a influência do DFA na deteção do glaucoma em retinografias. Objetivo Este trabalho pretende avaliar a influência do ângulo foveal na deteção do glaucoma em imagens do fundo do olho, utilizando métricas específicas como o rácio escavação-disco ótico vertical (vCDR), regra ISNT (I>S>N>T), bem como suas variantes: regras IST (I>S>T), IS (I>S), e T (em que a borda temporal do anel neurorretiniano é a menor de todas as 4 bordas). Materiais e Métodos O estudo realizado é de natureza observacional transversal. Para sua realização, foram analisadas 1670 retinografias obtidas de duas bases de dados públicas: ORIGA e G1020. O ângulo foveal (DFA) é definido pela interseção do eixo horizontal que passa pelo centro do disco ótico e o eixo que une a fóvea e essa posição central do disco ótico. Foi considerado dois tipos de DFA. O primeiro é relativo ao DFA original de cada retinografia, designado por ß. Neste ângulo, as medidas são feitas sem a correção do DFA. O segundo é designado por a, com variação angular entre -30º e 20º em passos de 2º, onde 0º representa a medida com a correção exata do DFA. Foi desenvolvido um algoritmo em MATLAB para o cálculo automatizado dos DFA e das métricas vCDR, ISNT e suas variantes, bem como para a criação de gráficos de histogramas, sensibilidade, especificidade, exatidão, F1-Score, curvas ROC com os valores de AUROC e outras análises estatísticas adicionais. Resultados Das 1670 retinografias, 907 (699 normais e 208 glaucomatosos) foram selecionadas e analisadas no presente estudo. O ângulo foveal médio destas imagens foi de -7.6 ± 3.6° (variação: -19.9º a -0.1º). As comparações emparelhadas entre os a e ß não revelaram diferenças estatisticamente significativas para o intervalo angular de a de -12º a 0º (p>0,05) para o vCDR, ISNT e suas variantes. Ao contrário dos resultados obtidos para o vCDR, a regra ISNT e suas variantes apresentaram diferenças nos valores de sensibilidade, especificidade e exatidão entre as diferentes variações angulares de a. No entanto, para as 5 métricas analisadas, os F1-Score dessas métricas não apresentaram variações significativas entre os a, nem entre os a e as medidas realizadas sem correção do DFA (ß). Além disso, as comparações dos valores de AUROC obtidos para cada variação angular de a e ß não apresentaram diferenças estatisticamente significativas (Teste de DeLong, p > 0,1). Conclusão O DFA não influencia a deteção do glaucoma por meio das métricas vCDR, ISNT, IST, IS e T em retinografias. Contudo, a sua utilidade no acompanhamento clínico a longo prazo ainda é uma questão em aberto, o que destaca a importância de estudos adicionais para explorar a importância do DFA nesse contexto.