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Duarte Ferreira Nogueira, Rui Filipe

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  • Avaliação da qualidade de vida dos doentes após o internamento na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB)
    Publication . Nogueira, Rui Filipe Duarte Ferreira; Coxo, Cristina Maria Veiga do
    Introdução: A maioria dos estudos sobre a qualidade de vida dos doentes após o seu internamento numa unidade de cuidados intensivos focam-se principalmente no período dos 3 meses após a alta desta unidade hospitalar em diante. Objetivo: Pretendeu-se com este estudo avaliar a qualidade de vida dos doentes 2 meses após o seu internamento na UCI do CHCB, bem como analisar a sua relação com fatores demográficos e de saúde relativos aos doentes avaliados. Metodologia: Aplicação oportunista de dois questionários aos doentes previamente internados na UCI - o SF-36 v2 e outro elaborado por nós - durante as consultas de Medicina Intensiva habitualmente realizadas no CHCB, 2 meses após o referido internamento. Análise crítica da relação dos resultados obtidos, através do questionário SF-36 v2, acerca da qualidade de vida dos doentes, com fatores demográficos e de saúde relativos aos doentes da amostra selecionada, recorrendo às respostas dadas ao segundo questionário e a dados do internamento recolhidos dos processos clínicos. Resultados: A média de idades dos doentes que participaram no estudo foi de 66,8 anos. Relativamente ao estado de saúde física prévio ao internamento, a percentagem de doentes crónicos sem incapacidade foi de 30,8% e a de doentes crónicos com incapacidade de 41%. Para além disto, 28,2% afirmaram ser ansiosos, 7,7% deprimidos e 10,3% disseram sofrer de ansiedade e depressão, previamente ao internamento. O tempo de internamento foi, em média, de 3,8 dias. Quinze por cento dos doentes estiveram internados numa UCI mais uma vez para além da atual. Foram sedados 17,9% dos doentes e 23,1% experienciou dor durante o internamento. As recordações do internamento foram más em 15,4% dos doentes. Após a alta do internamento, 45,45% dos doentes retomaram a sua atividade profissional. As médias da MSF e MSM foram, 37 e 53,4, respetivamente. Obtiveram-se correlações significativas entre algumas das dimensões da qualidade de vida e o tempo de internamento e os índices de gravidade de doença. Foram detetadas diferenças significativas na MSF dos doentes sedados e ventilados de forma invasiva (valor-p = 0,044). As dimensões da qualidade de vida mais afetadas nos doentes incluídos na amostra foram a função e o desempenho físicos. Conclusão: A qualidade de vida dos doentes internados na UCI do CHCB, 2 meses após a alta, é inferior à da população portuguesa, em geral. Os doentes sujeitos a sedação e ventilação mecânica invasiva apresentam uma MSF inferior à dos restantes doentes da amostra. A função e o desempenho físicos são as dimensões da qualidade de vida mais afetadas nestes doentes, embora as dimensões mentais também tenham sido afetadas. Posto isto, o seguimento destes doentes, desde cedo, pela equipa médica responsável pelos cuidados intensivos aplicados, em cooperação com uma equipa responsável pela reabilitação física e psicológica destes doentes, é de extrema importância.