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da Silva Albuquerque, Ana Isabel

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  • Ilustração híbrida e expandida: diálogos estilísticos, mediáticos e textuais
    Publication . Albuquerque, Ana Isabel da Silva; Nogueira, Luís Carlos da Costa
    Desde os anos 90, através de uma nova geração de ilustradores, assiste-se ao reavivar e reconfigurar da ilustração em Portugal. Este período tem sido sinónimo de multiplicidade de temáticas, estilos, géneros, meios, técnicas e materiais, com particular destaque para a disseminação do digital. Além da tradicional ilustração editorial, assistiu-se a uma diáspora da ilustração pelas mais diferentes áreas: da animação ao teatro, à instalação, aos murais, à escultura, à arquitetura, entre outras. Esta metamorfose suscitou novas problemáticas, nomeadamente quanto à própria identidade da ilustração, enquanto área ou disciplina per se, bem como quanto à comunhão com outras expressões artísticas. Nesse aspecto, a ilustração mostrou ser o protótipo ideal das práticas interartes. Como tal, achou-se pertinente abordar esta nova disciplina à luz de conceitos como intertextualidade, intermedialidade e transmedialidade, ainda não devidamente explorados em ilustração. Consequentemente, a hibridez detetada no domínio do estilo justificou a proposta de um ambiente interestilístico como parte do seu carácter dialógico. Assim se percebeu a ilustração: em expansão e aberta na sua condição matérica, mas também subjetiva. Metodologicamente, recorreu-se à análise de múltiplos exemplos nacionais e internacionais, culminando em dois casos específicos, selecionados de modo criterioso: observada uma mudança de paradigma na viragem do século XX para o século XXI, com um crescente número de mulheres ilustradoras, escolheu-se analisar as obras das ilustradoras Catarina Sobral e Ana Aragão, precisamente, pela diferença entre os trabalhos de ambas. No primeiro caso, mais diretamente ligado ao universo da ilustração e da animação; no segundo caso, um exímio exemplo de compromisso com o desenho. Ambas representam a porosidade da ilustração contemporânea portuguesa, muito construída em torno de um carácter metafórico, mas também paródico, hiperbólico e irónico, sem receio de recorrer ao hipertexto, à reinterpretação, às remediações e às ressignificações; nem de conjeturar e imaginar o futuro, entre a realidade e a ficção