Repository logo
 
Loading...
Profile Picture
Person

Mendes, Cybelle do Amaral

Search Results

Now showing 1 - 1 of 1
  • O que ainda não tem nome: Processo de criação em animação como suporte da memória
    Publication . Mendes, Cybelle do Amaral; Nogueira, Luis Carlos da Costa
    O que ainda não tem nome é um filme de animação de curta-metragem realizado no âmbito do Mestrado em Cinema da Universidade da Beira Interior, no intento de obtenção de grau académico de mestre. Este relatório pretende descrever o processo criativo e analisar o percurso pessoal para a concretização do filme. Começo por explicar as motivações iniciais para a realização deste curta-metragem e um pouco de história, as quais são importantes para que o leitor compreenda as questões políticas que contextualizaram os fatos com os quais o curta dialoga, bem como os elementos autobiográficos que contém e as implicações desta abordagem mais intimista. A pré-produção é abordada depois, no segundo capítulo, e nela se descreve a forma como foi feita a recolha de material documental, a organização deste material e as escolhas no que respeita à edição sonora, sendo o som um aspeto decisivo na obra. Em seguida, no terceiro capítulo, intitulado “Produção”, detalho como, antes da própria estruturação da narrativa, iniciei o desenho, o qual se uniu aos depoimentos selecionados, bem como o momento em que foi definida a técnica adotada, a rotoscopia, recorrendo a meios analógicos e digitais. Ao contrário da generalidade dos animadores, ao invés de seguir o caminho convencional de preparação de projeto com uma antevisão e detalhamento das cenas através do storyboard, neste projeto optei por um postoryboard, um storyboard realizado depois da pós-produção, abordagem que permitiu maior liberdade criativa e imaginativa. Os resultados indiretos do filme, as cenas não usadas e a vida autónoma que ganharam são tema para o quarto capítulo. São extras descartadas ao longo do processo de produção e que integram, e integrarão, outros projetos que, partindo daqui, constituirão obras independentes e livres. No quinto capítulo discorro acerca do papel do erro no fazer do filme, considerando e compreendendo a imperfeição de cenas e desenhos como fator criativo da obra artística. O erro, além de elemento constitutivo do processo de aprendizagem que me acompanhou ao longo dessa trajetória, faz parte da metodologia de trabalho do filme resultante. Por fim, concluo relatando minhas impressões pessoais do processo e motivações, e revelando, talvez, um pouco de raiva e tristeza.