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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Background: Scratch card gambling is a form of lottery highly available throughout the
country and has common characteristics with some other addictive gambling activities,
such as immediate reward, a short time interval between purchase and prize revelation and
easiness to play. In Portugal, this game has had a substantial growth over the last few
years, with a fifteen fold increase in revenue over the last 8 years, bringing it to a total of
€1594 million in 2018. It’s also important to notice it is a game with almost no regulatory
measures for those who play it.
Aims: This study aims to describe sociodemographic characteristics, gambling habits and
perceptions regarding scratch cards gambling, determine the frequency of pathological
scratch card gambling and to find out the possible impact of regulatory measures.
Methods: People were approached in several scratch cards reseller shops and invited to
participate. A total of 200 people consented to participate and filled in the questionnaire.
Pathological gambling was assessed with the South Oaks Gambling Scale (SOGS).
Descriptive statistics and inferential analysis were performed using SPSS v22.
Results: The frequency of not at-risk scratch card gambling was 48%, potential
pathological gambler 33% and probable pathological gambler 19%. 95% played other
games, however, 34% had spent a maximum >€10 in a day in scratch cards while only 18%
report the same amount of maximum spending in other games (risk ratio: 1,8), and 9%
spent a monthly average >€100 in scratch cards while only 3% report such spending with
other games (risk ratio: 3.0). Just 2% asked for help regarding scratch card gambling and
only 8% mentioned the way they play has a negative impact on their lives.
Regarding regulatory measures, 27% said they would play less if ID presentation/recording
is to be mandatory and 71% agreed with the possibility of self-exclusion.
Conclusions: Our findings are worrying at best. More than half participants are possible
pathological gamblers. Scratch cards seem to have a clear potential for higher spending
than other games, perception biases regarding scratch cards gambling are frequent and
almost no one seeks help. Regulatory measures such as mandatory ID
presentation/recording and self-exclusion may have a strong effect mostly for those at
higher risk. There is an urgent need to act based on present findings and past warnings
regarding scratch cards gambling hazards.
Introdução: O jogo da Raspadinha em Portugal é uma forma de jogo que está amplamente distribuída pelo país e tem algumas características aditivas, como por exemplo: recompensa imediata, pequeno intervalo entre a compra e a entrega do prémio e a facilidade de adquirir o jogo. Tem tido um crescimento considerável nos últimos anos, com um aumento das receitas cerca de 15 vezes desde 2010 até 2018, com um total de €1594 milhões investidos neste jogo. É também importante referir que este jogo de apostas funciona quase sem medidas de regulação. Objetivos: Este artigo tem como objetivo descrever a população participante, a nível sociodemográfico e nos seus hábitos de jogo, determinar a frequência de jogadores de raspadinhas, sem risco, com risco potencial ou provável, bem como tentar perceber se existem medidas que possam ser efetivas na regulação deste jogo. Métodos: A amostra foi conseguida abordando os participantes nos locais de venda das raspadinhas. 200 pessoas consentiram a participação e foi-lhes entregue um questionário. O risco de jogo foi avaliado recorrendo ao uso da Escala de SOG. Foram realizadas analises descritiva e inferencial com uso do SPSS v22. Resultados: A frequência de jogadores sem risco de adição foi de 48%, com risco provável de jogo patológico de 33% e jogo patológico provável de 19%. 95% das pessoas referem participar noutros jogos, 34% já gastaram num dia >10€ nas raspadinhas enquanto que para os outros jogos, apenas 18% reportaram o mesmo (risco relativo: 1,8), e 9% gastou em média >100€/mês em raspadinhas, enquanto apenas 3% reportaram o mesmo para os outros jogos (risco relativo: 3.0). No que diz respeito a medidas de regulação, 27% disse que passaria a jogar menos caso fosse obrigatório apresentar uma forma de identificação e 71% concordou com a possibilidade de auto-exclusão. Conclusão: Em suma, estes resultados são preocupantes. Mais de metade dos participantes apresentam jogo patológico possível. As raspadinhas parecem ter potencial para gastos superiores a outros jogos e se há adições, ainda não há procura de ajuda. Medidas de regulação, caso sejam implementadas podem surtir efeito para os que mais precisam. Estes resultados, bem como chamadas de atenção anteriores, impõem uma ação rápida em relação a este problema.
Introdução: O jogo da Raspadinha em Portugal é uma forma de jogo que está amplamente distribuída pelo país e tem algumas características aditivas, como por exemplo: recompensa imediata, pequeno intervalo entre a compra e a entrega do prémio e a facilidade de adquirir o jogo. Tem tido um crescimento considerável nos últimos anos, com um aumento das receitas cerca de 15 vezes desde 2010 até 2018, com um total de €1594 milhões investidos neste jogo. É também importante referir que este jogo de apostas funciona quase sem medidas de regulação. Objetivos: Este artigo tem como objetivo descrever a população participante, a nível sociodemográfico e nos seus hábitos de jogo, determinar a frequência de jogadores de raspadinhas, sem risco, com risco potencial ou provável, bem como tentar perceber se existem medidas que possam ser efetivas na regulação deste jogo. Métodos: A amostra foi conseguida abordando os participantes nos locais de venda das raspadinhas. 200 pessoas consentiram a participação e foi-lhes entregue um questionário. O risco de jogo foi avaliado recorrendo ao uso da Escala de SOG. Foram realizadas analises descritiva e inferencial com uso do SPSS v22. Resultados: A frequência de jogadores sem risco de adição foi de 48%, com risco provável de jogo patológico de 33% e jogo patológico provável de 19%. 95% das pessoas referem participar noutros jogos, 34% já gastaram num dia >10€ nas raspadinhas enquanto que para os outros jogos, apenas 18% reportaram o mesmo (risco relativo: 1,8), e 9% gastou em média >100€/mês em raspadinhas, enquanto apenas 3% reportaram o mesmo para os outros jogos (risco relativo: 3.0). No que diz respeito a medidas de regulação, 27% disse que passaria a jogar menos caso fosse obrigatório apresentar uma forma de identificação e 71% concordou com a possibilidade de auto-exclusão. Conclusão: Em suma, estes resultados são preocupantes. Mais de metade dos participantes apresentam jogo patológico possível. As raspadinhas parecem ter potencial para gastos superiores a outros jogos e se há adições, ainda não há procura de ajuda. Medidas de regulação, caso sejam implementadas podem surtir efeito para os que mais precisam. Estes resultados, bem como chamadas de atenção anteriores, impõem uma ação rápida em relação a este problema.
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Keywords
Addiction Pathological Gambling Scratch Cards Sogs