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Publication
Suicidal Behavior among Portuguese Medical Students - A Nationwide Study
| Name: | Description: | Size: | Format: | |
|---|---|---|---|---|
| 1.74 MB | Adobe PDF |
Authors
Abstract(s)
Background: Suicidal behavior among medical students is a critical public health
concern, yet research in Portugal remains scarce. This study aimed to assess the
prevalence of suicidal behavior among Portuguese medical students and identify
associated risk and protective factors.
Methods: A cross-sectional study was conducted among students from seven
Portuguese medical schools. Participants (n=638) were surveyed via validated
instruments to assess suicidal behavior, childhood trauma, social support and mental
health status, along with a sociodemographic questionnaire. Logistic regression analyses
identified independent predictors of suicide risk.
Results: A total of 638 students participated (Mage=22.4 SDage=3.3; 77.3% cis-gender
female) in the study, with 43.9% (n = 278) classified as high risk for suicide (SBQ-R = 7).
Suicidal ideation in the past year was reported by 31.7% (n = 202), and 2.7% (n = 17)
attempted suicide. Independent risk factors included adverse childhood experiences (OR
= 1.265, 95% CI: 1.088–1.471, p = 0.002), experiencing a serious illness or accident of a
close person (OR = 2.167, 95% CI: 1.290–3.638, p = 0.003), and lack of psychiatric care
(OR = 4.073, 95% CI: 2.524–6.573, p < 0.001). Protective factors included higher
perceived social support (OR = 0.439, 95% CI: 0.332–0.581, p < 0.001) and better
mental health status (OR = 0.962, 95% CI: 0.950–0.974, p < 0.001).
Conclusions: Portuguese medical students exhibit a high prevalence of suicidal
behavior, associated with multiple risk and protective factors. Lack of psychiatric care,
adverse childhood experiences, and acute life stressors were key predictors of suicidality,
while strong social support emerged as the strongest protective factor. The identification
of predictive factors of suicidal behavior allows for early interventions of at-risk students
and targeted prevention efforts. A medical education framework that prioritizes both
academic excellence and student well-being is crucial to fostering a healthier learning
environment.
Introdução: O comportamento suicidário é um problema de saúde pública premente entre estudantes de medicina, ainda assim constata-se uma carência de estudos em Portugal. Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência do comportamento suicidário em estudantes de medicina de Portugal e identificar fatores de risco e protetores associados. Métodos: Foi conduzido um estudo transversal com estudantes de sete faculdades de medicina portuguesas. As pessoas participantes (n=638) responderam a instrumentos validados para avaliar o comportamento suicidário, traumas de infância, suporte social e estado de saúde mental, além de um questionário para variáveis sociodemográficas. A análise de regressão logística identificou preditores independentes de risco suicida. Resultados: Participaram um total de 638 estudantes no estudo (Midade = 22,4 anos, DPidade = 3,30; 77,3% mulheres cisgénero), com 43,9% (n = 278) categorizados como alto risco de suicídio (SBQ-R = 7). A ideação suicida no último ano foi reportada por 31,7% (n = 202), e 2,7% (n = 17) tentaram suicídio. Os fatores de risco independentes incluíram experiências adversas na infância (OR = 1,265, IC 95%: 1,088–1,471, p = 0,002), vivência de uma doença grave ou acidente por uma pessoa próxima (OR = 2,167, IC 95%: 1,290–3,638, p = 0,003) e ausência de acompanhamento psiquiátrico (OR = 4,073, IC 95%: 2,524–6,573, p < 0,001). Os fatores protetores incluíram maior perceção de suporte social (OR = 0,439, IC 95%: 0,332–0,581, p < 0,001) e melhor estado de saúde mental (OR = 0,962, IC 95%: 0,950–0,974, p < 0,001). Conclusão: As/os estudantes de medicina portuguesas/es apresentam uma elevada prevalência de comportamento suicida, associada a múltiplos fatores de risco e proteção. A ausência de acompanhamento psiquiátrico, as experiências adversas na infância e os eventos de vida stressantes foram identificados como os principais preditores de comportamentos suicidários, enquanto que a maior perceção de suporte social emergiu como o fator protetor mais significativo. A identificação de fatores preditivos do comportamento suicidário permite a implementação precoce de intervenções direcionadas para estudantes em risco e estratégias de prevenção específicas. A adoção de um modelo educativo que valorize tanto a excelência académica como o bem-estar da comunidade estudantil é essencial para cultivar um ambiente de aprendizagem mais saudável.
Introdução: O comportamento suicidário é um problema de saúde pública premente entre estudantes de medicina, ainda assim constata-se uma carência de estudos em Portugal. Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência do comportamento suicidário em estudantes de medicina de Portugal e identificar fatores de risco e protetores associados. Métodos: Foi conduzido um estudo transversal com estudantes de sete faculdades de medicina portuguesas. As pessoas participantes (n=638) responderam a instrumentos validados para avaliar o comportamento suicidário, traumas de infância, suporte social e estado de saúde mental, além de um questionário para variáveis sociodemográficas. A análise de regressão logística identificou preditores independentes de risco suicida. Resultados: Participaram um total de 638 estudantes no estudo (Midade = 22,4 anos, DPidade = 3,30; 77,3% mulheres cisgénero), com 43,9% (n = 278) categorizados como alto risco de suicídio (SBQ-R = 7). A ideação suicida no último ano foi reportada por 31,7% (n = 202), e 2,7% (n = 17) tentaram suicídio. Os fatores de risco independentes incluíram experiências adversas na infância (OR = 1,265, IC 95%: 1,088–1,471, p = 0,002), vivência de uma doença grave ou acidente por uma pessoa próxima (OR = 2,167, IC 95%: 1,290–3,638, p = 0,003) e ausência de acompanhamento psiquiátrico (OR = 4,073, IC 95%: 2,524–6,573, p < 0,001). Os fatores protetores incluíram maior perceção de suporte social (OR = 0,439, IC 95%: 0,332–0,581, p < 0,001) e melhor estado de saúde mental (OR = 0,962, IC 95%: 0,950–0,974, p < 0,001). Conclusão: As/os estudantes de medicina portuguesas/es apresentam uma elevada prevalência de comportamento suicida, associada a múltiplos fatores de risco e proteção. A ausência de acompanhamento psiquiátrico, as experiências adversas na infância e os eventos de vida stressantes foram identificados como os principais preditores de comportamentos suicidários, enquanto que a maior perceção de suporte social emergiu como o fator protetor mais significativo. A identificação de fatores preditivos do comportamento suicidário permite a implementação precoce de intervenções direcionadas para estudantes em risco e estratégias de prevenção específicas. A adoção de um modelo educativo que valorize tanto a excelência académica como o bem-estar da comunidade estudantil é essencial para cultivar um ambiente de aprendizagem mais saudável.
Description
Keywords
Medical Students Prevalence Protective Factors Risk Factors Suicide