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Abstract(s)
The term “new” for new psychoactive substances does not only refers to the newly
synthesized compounds, but also to the ones used in an inappropriate way. These substances
are produced to mimic the effects of the already controlled substances, like cocaine and
amphetamine and despite the efforts to reduce their appearance, with the easy access to
information and purchase, their presence in the streets had an alarming increase.
For this work, it was developed and validated an analytical methodology to determine a group
of eight synthetic cathinones (cathinone, flephedrone, buphedrone, a-PVP, methylone,
ethylone, pentylone and MDPV) and three phenethylamines (4-MTA, 2C-P and dragonFLY). It
was used blood as a biological matrix and deutered internal standards (amphetamine-d6,
methamphetamine-d9, 3,4-methylenedioxymethamphetamine-d5, 3,4-Methylenedioxy-Nethylamphetamine-d5 and N-Methyl-1-(1,3-benzodioxol-5-yl)-2-butanamine-d5). The
preparation of the sample consisted in a mixed-mode solid phase extraction followed by a
fast derivatization process utilizing a microwave and the N-Methyl-bis(trifluoroacetamide) as
the derivatization reagent, and the extracts were then analysed by gas chromatography-mass
spectrometry operating in electron ionization mode analysis. The procedure was validated
following the Scientific Working Group of Forensic Toxicology guidelines and the parameters
studied were selectivity, linearity, limits of detection and quantification, intra- and interday
precision and trueness, extraction efficiency and stability. The methodology presented
linearity between 5-500 ng/mL for cathinone, buphedrone, 4-MTA, methylone, 2C-P and
dragonFLY, 10-500 ng/mL for flephedrone, ethylone, pentylone and MDPV and 40-500 ng/mL
for a-PVP, with determination coefficients above 0.99 for all substances. The limits of
detection and quantification ranged between 5 ng/mL and 40 ng/mL, depending on the
substance. For intra-day and interday precision the values of coefficient of variations varied
between 1.1 and 8.6% and extraction efficiencies ranged from 70.3 to 116.6%. The method
was subsequently applied to more than one hundred authentic samples of the Laboratory of
Chemistry and Forensic Toxicology, Centre Branch, of the National Institute of Legal Medicine
and Forensic Sciences, Portugal.
O termo “novas” para as novas substâncias psicoativas remete não só para a síntese de novos compostos como também para a utilização pela primeira vez de forma inapropriada de alguns produtos já existentes. Geralmente, a síntese e produção destas novas substâncias tende a mimetizar os efeitos de algumas substâncias clássicas, como são os casos da cocaína e anfetaminas, que já se encontram controladas pela legislação e estão listadas como drogas controladas pelo United Nations Office on Drugs and Crime e pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência. Dentro das novas substâncias psicoativas fazem parte as catinonas sintéticas e as feniletilaminas que juntas são consideradas um dos maiores grupos monitorizados pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência. Em 2015, as catinonas foram as substâncias mais apreendidas e atualmente foram já detetadas 118 substâncias deste grupo, sendo que 14 apareceram pela primeira vez no ano de 2016. De forma a permitir um maior controlo no aparecimento destas substâncias, o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, juntamente com a Europol, criaram um sistema de alerta rápido em que consiste numa partilha de informação entre todos os 28 estados membros da União Europeia, Turquia e Noruega de forma estabelecer um procedimento de risco, permitindo à União Europeia responder rapidamente a possíveis ameaças. No entanto, estão constantemente a surgir novos compostos, derivados dos que foram previamente sintetizados, o que torna o controlo e o planeamento de mecanismos de ação e resposta rápida algo complicado. Desta forma, a criação por parte dos laboratórios de toxicologia forense de metodologias para a deteção e quantificação deste tipo de compostos em amostras biológicas possui grande importância e é de grande interesse público e científico, principalmente em amostras de sangue. Apesar do método instrumental utilizado possuir grande importância para a obtenção de uma maior sensibilidade na deteção de compostos, também a preparação da amostra tem um enorme papel no que diz respeito a esse aspeto. A extração em fase sólida apresenta algumas vantagens relativamente a outras técnicas de extração, nomeadamente à diminuição de formação de emulsões (quando comparado com a extração líquido-líquido), maior eficiência no processo de extração e na possibilidade de extrair várias amostras ao mesmo tempo. Quanto ao processo de derivatização, atualmente, alguns investigadores já adotaram o método de derivatização rápida utilizando um micro-ondas, permitindo ao toxicologista economizar tempo neste passo de preparação da amostra. O objetivo desta dissertação foi desenvolver e validar uma metodologia analítica para a deteção e quantificação de oito catinonas sintéticas (catinona, flefedrone, bufedrona, a-PVP, metilona, etilona, pentilona e MDPV) e de três feniletilaminas (4-MTA, 2C-P e dragonFLY), usando a extração em fase sólida e um método de derivatização rápida por micro-ondas paraposterior análise das substâncias por cromatografia de gases acoplada à espetrometria de massa. Foi usado o método cromatográfico já implementado na rotina do Serviço de Química e Toxicologia Forenses da Delegação do Centro para análise de anfetaminas, metanfetaminas e de um grupo de catinonas e fenetilaminas. Pretendeu-se com este trabalho acrescentar estas novas substâncias ao método já implementado na rotina do Laboratório de Química e Toxicologia Forenses da Delegação do Centro do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses. Os padrões internos utilizados foram anfetamina-d6, metanfetamina-d9, MBDBD-d5, MDMA-d5 e MDEA-d5 e foi utilizado o sangue como matriz biológica. O método desenvolvido foi validado de acordo com as normas do Scientific Working Group for Forensic Toxicology e foram avaliados os seguintes parâmetros: seletividade, linearidade, limites de deteção e quantificação, precisão, exatidão, estibilidade, fator de diluição e recuperação. O método mostrou ser linear entre 5-500 ng/mL para a catinona, bufedrona, 4-MTA, metilona, 2C-P e dragonFLY, 10-500 ng/mL para a flefedrona, etilona, pentilona e MDPV e 40-500 ng/mL para o a-PVP, com coeficientes de determinação superiores a 0,99. Os limites de deteção e quantificação foram de 5 ng/mL (catinona, bufedrona, 4-MTA, metilona, 2C-P e dragonFLY), 10 ng/mL (flefedrona, etilona, pentilona e MDPV) e 40 ng/mL (?-PVP). A precisão intradia revelou valores de coeficiente de variação inferiores a 8,1% e, relativamente à precisão intermedia, obtiveram-se valores de coeficiente de variação, ao longo de 5 dias, inferiores a 8.6%. Quanto à estabilidade, esta foi estudada em amostras processadas no carrossel do equipamento cromatográfico, à temperatura ambiente durante 24 horas (estabilidade de bancada) e após 3 ciclos de congelamento/descongelamento. Todas as substâncias mostraram ser estáveis no carrossel até 72 horas e até 24 horas deixadas na bancada de trabalho à temperatura ambiente. Relativamente aos ciclos de congelamento/descongelamento foi avaliada a estabilidade ao fim de 7, 20 e 28 dias, onde todas as substâncias demonstraram ser estáveis até ao 28º dia excetuando o a-PVP e o 2C-P que apresentaram instabilidade ao 7ºdia e o dragonFLY e a metilona que foram consideradas instáveis a partir do 20º e 28º dia, respetivamente. Além disso, foram realizados estudos para a eficiência de extração onde foram obtidas recuperações entre 70 e 116%. É importante salientar que esta é a primeira metodologia descrita sobre a utilização do sangue como matriz biológica para a deteção e quantificação deste grupo de compostos estudados utilizando um procedimento de extração em fase sólida simples associado ao processo de derivatização rápida dos compostos com o reagente N-metilbis(trifluoroacetamida) por micro-ondas.
O termo “novas” para as novas substâncias psicoativas remete não só para a síntese de novos compostos como também para a utilização pela primeira vez de forma inapropriada de alguns produtos já existentes. Geralmente, a síntese e produção destas novas substâncias tende a mimetizar os efeitos de algumas substâncias clássicas, como são os casos da cocaína e anfetaminas, que já se encontram controladas pela legislação e estão listadas como drogas controladas pelo United Nations Office on Drugs and Crime e pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência. Dentro das novas substâncias psicoativas fazem parte as catinonas sintéticas e as feniletilaminas que juntas são consideradas um dos maiores grupos monitorizados pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência. Em 2015, as catinonas foram as substâncias mais apreendidas e atualmente foram já detetadas 118 substâncias deste grupo, sendo que 14 apareceram pela primeira vez no ano de 2016. De forma a permitir um maior controlo no aparecimento destas substâncias, o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, juntamente com a Europol, criaram um sistema de alerta rápido em que consiste numa partilha de informação entre todos os 28 estados membros da União Europeia, Turquia e Noruega de forma estabelecer um procedimento de risco, permitindo à União Europeia responder rapidamente a possíveis ameaças. No entanto, estão constantemente a surgir novos compostos, derivados dos que foram previamente sintetizados, o que torna o controlo e o planeamento de mecanismos de ação e resposta rápida algo complicado. Desta forma, a criação por parte dos laboratórios de toxicologia forense de metodologias para a deteção e quantificação deste tipo de compostos em amostras biológicas possui grande importância e é de grande interesse público e científico, principalmente em amostras de sangue. Apesar do método instrumental utilizado possuir grande importância para a obtenção de uma maior sensibilidade na deteção de compostos, também a preparação da amostra tem um enorme papel no que diz respeito a esse aspeto. A extração em fase sólida apresenta algumas vantagens relativamente a outras técnicas de extração, nomeadamente à diminuição de formação de emulsões (quando comparado com a extração líquido-líquido), maior eficiência no processo de extração e na possibilidade de extrair várias amostras ao mesmo tempo. Quanto ao processo de derivatização, atualmente, alguns investigadores já adotaram o método de derivatização rápida utilizando um micro-ondas, permitindo ao toxicologista economizar tempo neste passo de preparação da amostra. O objetivo desta dissertação foi desenvolver e validar uma metodologia analítica para a deteção e quantificação de oito catinonas sintéticas (catinona, flefedrone, bufedrona, a-PVP, metilona, etilona, pentilona e MDPV) e de três feniletilaminas (4-MTA, 2C-P e dragonFLY), usando a extração em fase sólida e um método de derivatização rápida por micro-ondas paraposterior análise das substâncias por cromatografia de gases acoplada à espetrometria de massa. Foi usado o método cromatográfico já implementado na rotina do Serviço de Química e Toxicologia Forenses da Delegação do Centro para análise de anfetaminas, metanfetaminas e de um grupo de catinonas e fenetilaminas. Pretendeu-se com este trabalho acrescentar estas novas substâncias ao método já implementado na rotina do Laboratório de Química e Toxicologia Forenses da Delegação do Centro do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses. Os padrões internos utilizados foram anfetamina-d6, metanfetamina-d9, MBDBD-d5, MDMA-d5 e MDEA-d5 e foi utilizado o sangue como matriz biológica. O método desenvolvido foi validado de acordo com as normas do Scientific Working Group for Forensic Toxicology e foram avaliados os seguintes parâmetros: seletividade, linearidade, limites de deteção e quantificação, precisão, exatidão, estibilidade, fator de diluição e recuperação. O método mostrou ser linear entre 5-500 ng/mL para a catinona, bufedrona, 4-MTA, metilona, 2C-P e dragonFLY, 10-500 ng/mL para a flefedrona, etilona, pentilona e MDPV e 40-500 ng/mL para o a-PVP, com coeficientes de determinação superiores a 0,99. Os limites de deteção e quantificação foram de 5 ng/mL (catinona, bufedrona, 4-MTA, metilona, 2C-P e dragonFLY), 10 ng/mL (flefedrona, etilona, pentilona e MDPV) e 40 ng/mL (?-PVP). A precisão intradia revelou valores de coeficiente de variação inferiores a 8,1% e, relativamente à precisão intermedia, obtiveram-se valores de coeficiente de variação, ao longo de 5 dias, inferiores a 8.6%. Quanto à estabilidade, esta foi estudada em amostras processadas no carrossel do equipamento cromatográfico, à temperatura ambiente durante 24 horas (estabilidade de bancada) e após 3 ciclos de congelamento/descongelamento. Todas as substâncias mostraram ser estáveis no carrossel até 72 horas e até 24 horas deixadas na bancada de trabalho à temperatura ambiente. Relativamente aos ciclos de congelamento/descongelamento foi avaliada a estabilidade ao fim de 7, 20 e 28 dias, onde todas as substâncias demonstraram ser estáveis até ao 28º dia excetuando o a-PVP e o 2C-P que apresentaram instabilidade ao 7ºdia e o dragonFLY e a metilona que foram consideradas instáveis a partir do 20º e 28º dia, respetivamente. Além disso, foram realizados estudos para a eficiência de extração onde foram obtidas recuperações entre 70 e 116%. É importante salientar que esta é a primeira metodologia descrita sobre a utilização do sangue como matriz biológica para a deteção e quantificação deste grupo de compostos estudados utilizando um procedimento de extração em fase sólida simples associado ao processo de derivatização rápida dos compostos com o reagente N-metilbis(trifluoroacetamida) por micro-ondas.
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Keywords
Catinonas Sintéticas Cromatografia de Gases Acoplada à Espetrometria de Massa Derivatização Rápida Por Micro-Ondas Feniletilaminas Novas Substâncias Psicoativas