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Authors
Abstract(s)
Através de diversas comparações e analogias, este trabalho tem por
objectivo estabelecer o paralelo entre a arquitectura e a música, apesar de
plenamente consciente da dificuldade em abranger todo o tema.
Optou-se no primeiro andamento, por se estudar as influências e relações
mútuas entre a arquitectura e a música durante alguns dos períodos históricos e
artísticos mais representativos da cultura ocidental.
Para um melhor entendimento destas duas disciplinas, tornou-se
essencial esta abordagem histórica, para termos uma melhor percepção de até
que ponto elas estariam próximas ou afastadas ao longo da sua história.
Apesar da música já ter conquistado uma consciência histórica
semelhante à das outras artes, temos consciência de que é problemático
estabelecermos ligações de natureza histórico-cultural entre o desenvolvimento Assim, numa segunda parte (Segundo Andamento) são apresentados
alguns exemplos práticos onde assistimos a uma grande interdisciplinaridade
entre a arquitectura e a música. Todos os projectos em análise distinguem-se
pelo seu carácter experimental, não somente no âmbito arquitectónico, mas
como também no musical.
No Mosteiro Sainte Marie de La Tourette, Iannis Xenakis, arquitecto,
engenheiro e músico, assume um papel fundamental, ao projectar uma fachada
de vidro que usaria os mesmos princípios que já havia aplicado na música de sua
autoria.
A arca do Prometeo da autoria de Renzo Piano, é uma obra emblemática
onde a relação entre o arquitecto e o compositor se entende como de extrema
importância. Para a construção desta enorme “caixa harmónica”, o arquitecto
teve a necessidade de entender profundamente os conceitos fundamentais
sobre a obra musical que iria ter lugar no interior desta intervenção, como se
tratasse de um gigante instrumento musical.
Por sua vez, no Pavilhão IBM pôde realizar-se uma grande confrontação
do tratamento da imagem projectada e da publicidade, através da própria
arquitectura – a peculiar forma ovóide na sala de projecções.
Já o pavilhão Suiço de Peter Zumthor poderá ser chamado de corpo
sonoro, dado que o ambiente vivido no ser interior altera-se através das
diferentes músicas, tanto humanas (pelos músicos) como divinas (através da
chuva e do vento).
da música e da arquitectura, podendo por vezes criar-se paralelismos muitas
vezes artificiosos e fictícios.
Assim, o tema desta primeira parte, é uma pequena pesquisa pela
história da Música, analisando os aspectos da sua relação com a arquitectura, em
como estas duas artes evoluíram juntas, bem como todos os aspectos sociais,
culturais e ideológicos que determinam cada uma destas duas artes.
Esta análise torna-se importante para um melhor entendimento dos
casos de estudo seguidamente abordados, sendo unicamente obras do séc. XX e
XXI.
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Keywords
Relação entre arquitectura e a música Analogias estruturais
