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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Background. Radical prostatectomy is a first-line treatment for localised prostate
cancer. Despite refinements in the operative techniques, sexual dysfunction, namely
erectile dysfunction, remains an important possible complication. Penile rehabilitation
aims to maximally improve the speed and extent of sexual function recovery and is now
considered an integral part of patient management after radical prostatectomy with
continued use in clinical practice. Yet, clear recommendations remain to be presented.
Methods. A comprehensive literature search was conducted to identify publications
relevant to penile rehabilitation following radical prostatectomy using PubMed and
other databases. Both free text and MeSH terms were employed in a search restricted to
English-language studies published until February of 2021. Only full-text articles were
included in the final analysis. Additional relevant sources encompassed books of
interest and articles found in reference lists.
Results. Patients undergoing radical prostatectomy should be informed about the risk
of sexual dysfunction, and not only erectile dysfunction. Early penile rehabilitation may
elevate the potential of both erectile function recovery and dysfunction treatment, yet
this trend remains controversial, and some patients may incur in significant financial
expenditure without experiencing clear benefits. No recommendation for the use of any
specific regimen is possible. First-line treatments include oral PDE5 inhibitors,
alprostadil-based therapies, and vacuum devices. Penile prosthesis implantation is
reserved for failure of conservative measures. Li-ESWT, and stem cell, gene and PRPbased therapies are promising novel modalities still under investigation. Both
psychological and sexual counselling are advisable. Better quality research
transcending the usual heteronormative standards is needed, including questions on
libido and sexual bother or satisfaction. Clinicians should promote the involvement of
both partners and encourage sexual adaptation as a goal of rehabilitation besides
erectile recovery.
Conclusion. Current evidence does not explicitly support any penile rehabilitation
program. Oral PDE5 inhibitors remain the first-line choice, but treatment selection
should ultimately reflect patient preference. Future directions should explore the
potential of regenerative medicine and adopt sexual adaptation as the main goal of
rehabilitation.
Introdução. A prostatectomia radical é um tratamento de primeira linha para o cancro da próstata localizado. Porém, apesar de aperfeiçoamentos técnicos, tanto a disfunção sexual como a disfunção erétil permanecem importantes complicações pós-cirúrgicas, pelo que a reabilitação peniana visa otimizar a velocidade e extensão de recuperação da função sexual no pós-operatório. Contudo, ainda que hoje considerada parte integrante da gestão do doente e habitualmente utilizada na prática clínica, a reabilitação peniana carece de claras recomendações médicas. Métodos. Uma pesquisa bibliográfica abrangente foi realizada para identificar publicações relevantes para a reabilitação peniana pós-prostatectomia radical através da PubMed e demais bases de dados. Tanto termos livres como MeSH foram utilizados, tendo a pesquisa sido restrita a artigos em inglês, publicados até fevereiro de 2021. Apenas artigos completos foram incluídos na análise final, juntamente com livros de interesse e publicações encontradas nas listas de referências dos artigos selecionados. Resultados. Doentes com indicação para prostatectomia radical devem ser informados sobre o risco de disfunção sexual, e não apenas de disfunção erétil. De forma controversa, a reabilitação peniana precoce pode aumentar o potencial de recuperação da função erétil e do tratamento da disfunção, mas alguns doentes podem incorrer em gastos económicos significativos sem obter benefício, daí que não seja possível emitir recomendações para a aplicação de um regime terapêutico específico. Tratamentos de primeira linha incluem inibidores orais da PDE5, alprostadil e dispositivos de vácuo, reservando-se as próteses penianas para situações de fracasso das medidas conservadoras. Li-ESWT e terapias baseadas em células estaminais, plaquetas e genes constituem novas modalidades promissoras em investigação, sugerindo-se ainda aconselhamento psicológico e sexual. Todavia, é necessária investigação de melhor qualidade que transcenda os padrões heteronormativos habituais, incluindo questões sobre líbido e satisfação sexual. Na prática clínica, deve promover-se o envolvimento de ambos os parceiros e a adaptação sexual como meta de reabilitação para além da recuperação da função erétil. Conclusão. Não há evidência que suporte qualquer protocolo específico de reabilitação. Ainda que inibidores orais da PDE5 permaneçam como escolhas de primeira linha, a seleção do tratamento deve sempre refletir a preferência do doente. No futuro, deve ser explorado o potencial da medicina regenerativa e adotada a adaptação sexual como objetivo principal da reabilitação.
Introdução. A prostatectomia radical é um tratamento de primeira linha para o cancro da próstata localizado. Porém, apesar de aperfeiçoamentos técnicos, tanto a disfunção sexual como a disfunção erétil permanecem importantes complicações pós-cirúrgicas, pelo que a reabilitação peniana visa otimizar a velocidade e extensão de recuperação da função sexual no pós-operatório. Contudo, ainda que hoje considerada parte integrante da gestão do doente e habitualmente utilizada na prática clínica, a reabilitação peniana carece de claras recomendações médicas. Métodos. Uma pesquisa bibliográfica abrangente foi realizada para identificar publicações relevantes para a reabilitação peniana pós-prostatectomia radical através da PubMed e demais bases de dados. Tanto termos livres como MeSH foram utilizados, tendo a pesquisa sido restrita a artigos em inglês, publicados até fevereiro de 2021. Apenas artigos completos foram incluídos na análise final, juntamente com livros de interesse e publicações encontradas nas listas de referências dos artigos selecionados. Resultados. Doentes com indicação para prostatectomia radical devem ser informados sobre o risco de disfunção sexual, e não apenas de disfunção erétil. De forma controversa, a reabilitação peniana precoce pode aumentar o potencial de recuperação da função erétil e do tratamento da disfunção, mas alguns doentes podem incorrer em gastos económicos significativos sem obter benefício, daí que não seja possível emitir recomendações para a aplicação de um regime terapêutico específico. Tratamentos de primeira linha incluem inibidores orais da PDE5, alprostadil e dispositivos de vácuo, reservando-se as próteses penianas para situações de fracasso das medidas conservadoras. Li-ESWT e terapias baseadas em células estaminais, plaquetas e genes constituem novas modalidades promissoras em investigação, sugerindo-se ainda aconselhamento psicológico e sexual. Todavia, é necessária investigação de melhor qualidade que transcenda os padrões heteronormativos habituais, incluindo questões sobre líbido e satisfação sexual. Na prática clínica, deve promover-se o envolvimento de ambos os parceiros e a adaptação sexual como meta de reabilitação para além da recuperação da função erétil. Conclusão. Não há evidência que suporte qualquer protocolo específico de reabilitação. Ainda que inibidores orais da PDE5 permaneçam como escolhas de primeira linha, a seleção do tratamento deve sempre refletir a preferência do doente. No futuro, deve ser explorado o potencial da medicina regenerativa e adotada a adaptação sexual como objetivo principal da reabilitação.
Description
Keywords
Cancro da Próstata Disfunção Erétil Prostatectomia Radical Reabilitação Peniana