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Authors
Abstract(s)
The adoption of open innovation practices implies that external ideas can be integrated
into internal activities and thus expand operations, just as ideas arising internally, with
potential application in external contexts, can be effectively shared with business
partners or other organizations. Co-creation is a powerful mechanism that can be used
to generate innovation as it combines the knowledge of multiple employees and
facilitates the transfer of tacit knowledge. This is because co-creation initiatives
contribute to the bringing together of participants as well as their active involvement in
the innovation process by integrating them from the beginning into this process of
shared construction. Coopetition is the ability of companies to simultaneously pursue
cooperation and competition between organizations. Co-innovation is the process that
allows the participation of the company's different stakeholders from customers to
suppliers. Following this rationale, this study aims to empirically evaluate the
interaction patterns between co-creation and co-innovation, taking into consideration
the strategies of co-competitiveness, i.e. open innovation and coopetition.
A selected sample of 13700 firms included in the Community Innovation Survey 2018
of Portugal is used to estimate multinomial models with discrete choice variables,
namely multinomial probit and multinomial poisson, in order to assess the ways in
which co-creation interacts with co-innovation in the presence (or absence) of open
innovation and coopetition strategies.
Open innovation positively affects co-innovation, which is ratified in the estimation of
the three regression models in use. Thus, in all models, the variables: Licensing of
intellectual property to third parties; and Exchange of intellectual property; show
positive effects, although only the first is statistically significant. Furthermore, the
variable acquired or received through patent or intellectual property license denotes a
negative effect, although this is not significant for any of the estimated models.
Coopetition also shows a positive effect on co-innovation, to the extent that in the three
estimated models, the estimators are positive for two variables representative of
coopetition, namely the firm cooperated with other firms or organizations in R&D
activities, and the firm cooperated with other firms or organizations in other innovation
activities excluding R&D and partner innovation cooperation with a competitor in
Portugal. However, the latter variable for bioeconomy firms is only significant in the
multinomial approach applied to process innovation. Regarding co-creation, this is significant in all models and all coefficients are positive,
although the variables related to open innovation and co-opetition when combined
(moderated) with the former, always show negative coefficients, when associated
statistical significance is detected, either in the relationship between open innovation
and co-innovation, or in the relationship between co-opetition and co-innovation. This
results in two interesting findings, namely that co-creation, when considered alone as a
hypothetical influencing factor, interacts positively with co-innovation, however, when
considered as a moderating variable, co-creation slows down co-innovation.
The results obtained can be used to create new public policies focused on boosting the
bioeconomy, based on the relationships between: open innovation and co-innovation;
co-opetition and co-innovation; and also incorporating the positive or slowingdow
effects of co-creation.
A adoção de práticas de inovação aberta implica que as ideias externas possam ser integradas nas atividades internas e assim expandir as operações, da mesma forma que as ideias que surgem internamente, com potencial aplicação em contextos externos, possam ser efetivamente partilhadas com parceiros de negócio ou outras organizações. A co-criação é um mecanismo poderoso que pode ser usado para gerar inovação, na medida em que combina o conhecimento de múltiplos colaboradores e facilita a transferência de conhecimento tácito. Isto porque as iniciativas de co-criação contribuem para a reunião dos participantes, bem como para o seu envolvimento activo no processo de inovação, integrando-os desde o início neste processo de construção partilhada. A coopetição é a capacidade das empresas de perseguir simultaneamente a cooperação e a competição entre organizações. A co-inovação é o processo que permite a participação dos diferentes intervenientes da empresa desde os clientes até aos fornecedores. Seguindo este raciocínio, este estudo visa avaliar empiricamente os padrões de interacção entre co-criação e co-inovação, tendo em consideração as estratégias de co-competitividade, isto é, de inovação aberta e de coopetição. Uma amostra seleccionada de 13700 empresas incluídas no Community Innovation Survey 2018 de Portugal, é utilizada para estimar modelos multinomiais com variáveis de escolha discrete, nomeadamente o probit multinomial e o poisson multinomial, no sentido de avaliar as formas como a co-criação interage com a co-inovação na presença (ou ausência) de estratégias de inovação aberta e de coopetição. A inovação aberta afecta positivamente a co-inovação, o que é ratificado na estimação dos três modelos de regressão em uso. Assim, na totalidade dos modelos, as variáveis: Licenciamento de propriedade intelectual a terceiros e Troca de propriedade intellectual; evidenciam efeitos positivos, embora apenas o primeiro seja estatisticamente significativo. Para além disso, a variável adquirida ou recebida através de patente ou licença de propriedade intelectual denota um efeito negativo, não obstante este não ser significativo para qualquer dos modelos estimados. A coopetição também evidencia um efeito positive sobre a co-inovação, na medida em que nos três modelos estimados, os estimadores são positivos para duas variáveis representativas da coopetição, nomeadamente a empresa cooperou com outras empresas ou organizações em actividades de I&D, e a empresa cooperou com outras empresas ou organizações em outras actividades de inovação excluindo I&D e cooperação de inovação parceira com um concorrente em Portugal. Contudo, esta última variável para empresas de bioeconomia só se mostra significativa na abordagem multinomial aplicada à inovação de processo. Relativamente à co-criação, esta é significativa em todos os modelos e todos os coeficientes são positivos, embora as variáveis relacionadas com a inovação aberta e a coopetição quando combinadas (moderadas) com a primeira, apresentem sempre coeficientes negativos, quando se deteta significância estatística associada, quer seja na relação entre a inovação aberta e a co-inovação, quer seja na relação entre a coopetição e a co-inovação. Daqui resulta, duas descobertas interessantes, ou seja, que a cocriação, quando considerada de forma isolada como hipotético fator influenciador, interage positivamente com a co-inovação, no entanto, quando considerada como variável moderadora, a co-criação retarda a co-inovação. Os resultados obtidos podem ser utilizados para criar novas políticas públicas com foco na dinamização da bioeconomia, baseadas nas relações entre: inovação aberta e coinovação; coopetição e co-inovação; e ainda incorporando os efeitos positivos ou retardadores da co-criação.
A adoção de práticas de inovação aberta implica que as ideias externas possam ser integradas nas atividades internas e assim expandir as operações, da mesma forma que as ideias que surgem internamente, com potencial aplicação em contextos externos, possam ser efetivamente partilhadas com parceiros de negócio ou outras organizações. A co-criação é um mecanismo poderoso que pode ser usado para gerar inovação, na medida em que combina o conhecimento de múltiplos colaboradores e facilita a transferência de conhecimento tácito. Isto porque as iniciativas de co-criação contribuem para a reunião dos participantes, bem como para o seu envolvimento activo no processo de inovação, integrando-os desde o início neste processo de construção partilhada. A coopetição é a capacidade das empresas de perseguir simultaneamente a cooperação e a competição entre organizações. A co-inovação é o processo que permite a participação dos diferentes intervenientes da empresa desde os clientes até aos fornecedores. Seguindo este raciocínio, este estudo visa avaliar empiricamente os padrões de interacção entre co-criação e co-inovação, tendo em consideração as estratégias de co-competitividade, isto é, de inovação aberta e de coopetição. Uma amostra seleccionada de 13700 empresas incluídas no Community Innovation Survey 2018 de Portugal, é utilizada para estimar modelos multinomiais com variáveis de escolha discrete, nomeadamente o probit multinomial e o poisson multinomial, no sentido de avaliar as formas como a co-criação interage com a co-inovação na presença (ou ausência) de estratégias de inovação aberta e de coopetição. A inovação aberta afecta positivamente a co-inovação, o que é ratificado na estimação dos três modelos de regressão em uso. Assim, na totalidade dos modelos, as variáveis: Licenciamento de propriedade intelectual a terceiros e Troca de propriedade intellectual; evidenciam efeitos positivos, embora apenas o primeiro seja estatisticamente significativo. Para além disso, a variável adquirida ou recebida através de patente ou licença de propriedade intelectual denota um efeito negativo, não obstante este não ser significativo para qualquer dos modelos estimados. A coopetição também evidencia um efeito positive sobre a co-inovação, na medida em que nos três modelos estimados, os estimadores são positivos para duas variáveis representativas da coopetição, nomeadamente a empresa cooperou com outras empresas ou organizações em actividades de I&D, e a empresa cooperou com outras empresas ou organizações em outras actividades de inovação excluindo I&D e cooperação de inovação parceira com um concorrente em Portugal. Contudo, esta última variável para empresas de bioeconomia só se mostra significativa na abordagem multinomial aplicada à inovação de processo. Relativamente à co-criação, esta é significativa em todos os modelos e todos os coeficientes são positivos, embora as variáveis relacionadas com a inovação aberta e a coopetição quando combinadas (moderadas) com a primeira, apresentem sempre coeficientes negativos, quando se deteta significância estatística associada, quer seja na relação entre a inovação aberta e a co-inovação, quer seja na relação entre a coopetição e a co-inovação. Daqui resulta, duas descobertas interessantes, ou seja, que a cocriação, quando considerada de forma isolada como hipotético fator influenciador, interage positivamente com a co-inovação, no entanto, quando considerada como variável moderadora, a co-criação retarda a co-inovação. Os resultados obtidos podem ser utilizados para criar novas políticas públicas com foco na dinamização da bioeconomia, baseadas nas relações entre: inovação aberta e coinovação; coopetição e co-inovação; e ainda incorporando os efeitos positivos ou retardadores da co-criação.
Description
Keywords
Co-Inovação Cocreação Coopetição Inovação Aberta Inovação de Processos Inovação de Produtos