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Esclerose mĂșltipla e qualidade de vida : o efeito do apoio social
dc.contributor.author | Costa, David de Castro Alves da | |
dc.date.accessioned | 2014-06-30T10:48:56Z | |
dc.date.available | 2014-06-30T10:48:56Z | |
dc.date.issued | 2011-10 | |
dc.description.abstract | AtĂ© aos anos 60 do sĂ©culo passado, o estado de saĂșde de uma população estimava-se, quase exclusivamente, em termos de mortalidade e morbilidade. Contudo, o aumento das doenças crĂłnicas influenciou a mudança de uma visĂŁo de tradição clĂnica da saĂșde para uma visĂŁo de saĂșde pĂșblica, permitindo a afirmação de um paradigma epidemiolĂłgico complementar ao paradigma biomĂ©dico. Este caminho reflete o interesse dos investigadores em medir os resultados e benefĂcios em saĂșde das pessoas e populaçÔes, assim como o seu impacto na vida dos doentes e suas famĂlias. Esta mudança de atitude dos investigadores tem por base o princĂpio de que uma boa saĂșde Ă© um indicador universal de qualidade de vida, porque uma vida com qualidade, em geral, pode tornar as pessoas mais saudĂĄveis. Neste sentido, a avaliação da qualidade de vida relacionada com a saĂșde Ă© um meio importante para estudar parte dos efeitos das doenças crĂłnicas sobre as pessoas. A qualidade de vida relacionada com a saĂșde Ă© uma variĂĄvel de resultado importante nos estudos sobre as doenças crĂłnicas. O primeiro estudo sobre esclerose mĂșltipla e qualidade de vida foi publicado em 1992, revelando que este tipo de pesquisa Ă© ainda relativamente recente. A esclerose mĂșltipla afeta o doente ao nĂvel comportamental, ao nĂvel do seu desempenho social, sobrecarregando a sua famĂlia com a necessidade de cuidados, com a perda de rendimento, com a necessidade de alteração das tarefas domĂ©sticas, com modificaçÔes nos papĂ©is sociais e nos relacionamentos familiares, com a necessidade de reforçar o apoio social ao doente e com a necessidade de engendrar estratĂ©gias de reação Ă s dificuldades diĂĄrias. Tendo em consideração a amplitude dos fatores que podem influenciar a qualidade de vida dos doentes com esclerose mĂșltipla, a investigação tem dedicado, nos Ășltimos 20 anos, alguma atenção Ă função do apoio social na sua qualidade de vida. Os trabalhos sobre o efeito buffer do apoio social contra as condiçÔes psicossociais adversas da esclerose mĂșltipla demostraram que ele melhora a qualidade de vida e diminui os sintomas depressivos dos doentes. O objetivo central deste trabalho Ă© analisar o efeito buffer do apoio social na qualidade de vida e nos sintomas depressivos dos doentes, descrever as suas caracterĂsticas sociodemogrĂĄficas e incapacidades fĂsicas e relacionĂĄ-las com a qualidade de vida ligada Ă saĂșde. Para isso, avaliĂĄmos as caraterĂsticas sociodemogrĂĄficas de 150 doentes com esclerose mĂșltipla, as suas incapacidades fĂsicas, a sua qualidade de vida, os sintomas depressivos e o apoio social recebido ou percecionado como disponĂvel. UsĂĄmos a regressĂŁo mĂșltipla para determinar o efeito das variĂĄveis sociodemogrĂĄficas, caraterĂsticas da doença e do apoio social na qualidade de vida dos doentes e nos sintomas depressivos. EncontrĂĄmos diferenças estatisticamente significativas entre a idade dos doentes, o nĂvel de escolaridade, a situação profissional, as incapacidades fĂsicas e a sua qualidade de vida. A idade, o nĂvel de escolaridade e o apoio psicolĂłgico determinam as variaçÔes estatisticamente mais significativas em todas as dimensĂ”es da qualidade de vida dos doentes com esclerose mĂșltipla. A idade, o nĂvel de escolaridade, o apoio psicolĂłgico, o tempo de evolução da doença e as formas progressivas da esclerose mĂșltipla determinam as variaçÔes estatisticamente mais significativas nos sintomas depressivos dos doentes. O apoio psicolĂłgico Ă© o fator com maior efeito sobre a qualidade de vida e sintomas depressivos dos doentes comparativamente com as caraterĂsticas sociodemogrĂĄficas, incapacidades fĂsicas e parĂąmetros da esclerose mĂșltipla. ConcluĂmos que os doentes mais jovens com melhores nĂveis de escolaridade, empregados, com menor tempo de evolução da esclerose mĂșltipla e menores incapacidades fĂsicas tĂȘm melhor qualidade de vida do que os outros doentes. No modelo testado, o apoio social Ă© o determinante mais importante da qualidade de vida e o fator com maior peso explicativo dos sintomas depressivos dos doentes com esclerose mĂșltipla. | por |
dc.identifier.tid | 101245696 | |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.6/1944 | |
dc.language.iso | por | por |
dc.peerreviewed | yes | por |
dc.publisher | Universidade da Beira Interior | por |
dc.subject | Esclerose mĂșltipla - Incapacidade | por |
dc.subject | Esclerose mĂșltipla - Aspectos sociodemogrĂĄficos | por |
dc.subject | Esclerose mĂșltipla - Apoio social | por |
dc.subject | Esclerose mĂșltipla - Qualidade de vida | por |
dc.subject | Esclerose mĂșltipla - Sintomas depressivos | por |
dc.title | Esclerose mĂșltipla e qualidade de vida : o efeito do apoio social | por |
dc.type | doctoral thesis | |
dspace.entity.type | Publication | |
oaire.citation.conferencePlace | CovilhĂŁ | por |
rcaap.rights | openAccess | por |
rcaap.type | doctoralThesis | por |