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- O novo programa de português do 7º ano de escolaridade: desenvolvimento das cinco competências nuclearesPublication . Pereira, Helena Maria Monteiro Simão; Manso, José Henrique RodriguesNum postulado de progresso e evolução, na conjetura da reforma curricular, a disciplina de português adquire, em finais da década de 80, uma dimensão transdisciplinar, alargando as suas funções e responsabilidade na formação dos cidadãos1. Os programas de português2 do Ensino Básico de 1991 surgem como resposta às necessidades da escola, resultado das mudanças económicas, socias e políticas desencadeadas pela Revolução de 25 de abril de 1974. Por conseguinte, estes programas regeram, durante duas décadas, a lecionação da disciplina de português numa pedagogia por objetivos, havendo a definição de objetivos mínimos por escola, garantindo a educação para todos, numa escola de massas. O certo, é que nem sempre os programas foram fieis auxiliares do desenvolvimento do currículo e, neste contexto, têm surgido metodologias didáticas e pedagógicas variadas, tendo como finalidade o sucesso escolar. Neste contexto, o século XX foi abundante em pedagogos e com eles surgiram diferentes noções pedagógicas, bem como diferentes aceções de ―programa‖ e ―currículo‖. Desde Dewey, Bobbitt, a Zabalza, Vilar ou Roldão, vários foram os pedagogos que procuraram, com as suas teorias, criar uma escola moderna, sempre adequada à sociedade e ao seu tempo que permitisse a criação de oportunidades de aprendizagem promotoras do sucesso escolar. Nos limiares do século XXI, numa escola invadida pelas novas tecnologias de informação e comunicação (TIC), numa aproximação da escola à realidade europeia, surgem vários referenciais e textos reguladores do ensino do português3, em que a filosofia subjacente evidencia a sobreposição e emergência de uma pedagogia de desenvolvimento de competências, por ciclo de aprendizagem, numa aprendizagem em espiral. O professor ganha autonomia e torna-se ―agente‖ na gestão flexível dos conteúdos e na seleção de metodologias de aprendizagem, com a finalidade de desenvolver competências no aluno, enquanto cidadão português e europeu. A criação do Novo Programa de Português para o Ensino Básico de 2009 (NPPEB), que entrará em vigor no ano letivo 2011/20124, preceitua a familiarização e tomada de conhecimento de novos conteúdos, bem como o domínio de novas terminologias e conceitos pedagógicos. Este programa surge como um documento aglutinador baseado nos referenciais e textos reguladores em vigor há uma década, coexistindo com os programas de português de 1991. Numa perspetiva de preparar, esclarecer e desenvolver estratégias para a lecionação do mesmo, resolvemos iniciar um trabalho de pesquisa que esclareça conceitos e terminologias que surgem na Nova Organização Programática de Português do 3.º ciclo, incitando à prática de metodologias diversas e diversificadas, contribuindo para o trabalho de planificação da disciplina, bem como a utilização de ferramentas menos usuais. Assim, clarificamos as noções de competências essências, gerais e específicas, bem como um vasto leque de conceitos, de forma a garantir a aplicabilidade e sucesso do NPPEB. Procuraremos, nesta dissertação, analisar o NPPEB referente ao 7.º ano de escolaridade, comparando-o com o Programa de Português de 1991, explicitar o novo léxico e propor alguns instrumentos ou utensílios pedagógicos sedutores e reciclados, para o desenvolvimento das competências específicas de português, do 7.º ano de escolaridade. Não obstante, para suportar as nossas propostas, expomos neste trabalho um pequeno estudo, com base em resultados recolhidos pela técnica de inquérito por questionário, aplicado em duas turmas: uma turma de 7.º ano e outra de 8.º ano. Os resultados comparativos da amostra funcionaram como base de diagnóstico e suporte à anualização e planificação do NPPEB, para a turma do 7.º ano. Moderno e embebido de ferramentas e linguagens das TIC, sempre presentes na vida quotidiana, o NPPEB exige novas práticas e posturas, não só dos docentes, mas também de discentes e pais, como principais atores pedagógicos, lançando o repto de construir uma escola atualizada que vá ao encontro das necessidades dos cidadãos.
- O ensino da escrita, no 2º ano de escolaridade, e a interacção pedagógica entre professor cooperante e alunos estagiáriosPublication . Amaro, Maria da Conceição Coelho Oliveira; Sardinha, Maria da Graça Guilherme de Almeida; Picado, Joaquim José ManteigasNa actual sociedade de informação, o domínio da escrita considera-se uma questão de cidadania, por isso, a capacidade de produzir textos escritos é, hoje, uma exigência generalizada. A massividade do acesso à escola reforça, cada vez mais, a necessidade dos cidadãos demonstrarem capacidades de escrita num leque alargado de géneros. Neste âmbito, cabe à escola formar alunos capazes de criar documentos que lhes dêem acesso às múltiplas funções que a escrita desempenha na sociedade e ao professor do 1º Ciclo, apela a sociedade que assuma a responsabilidade de levar, a bom termo, a aquisição da língua escrita pela criança. O domínio da escrita tem na escola uma etapa fundamental no desenvolvimento das capacidades literárias das crianças. No entanto, esta, não pode limitar-se a ser transmissora de saberes neste domínio, devendo, pelo contrário, ser capaz de gerar verdadeiras situações de ensino e reflexão sobre os escritos. Assim, o trabalho com a escrita tem que ter sentido e ser orientado por pressupostos teóricos e metodológicos específicos. Neste trabalho, procura-se compreender e reflectir a formação de professores visando a aprendizagem e desenvolvimento da escrita, por alunos do 2º ano de escolaridade, realizadas em interacção da Prática Pedagógica Supervisionada das alunas do 2º Ciclo de Ensino Superior – Mestrado em Formação de Educadores de Infância e 1º Ciclo do Ensino Básico. Em suma, este estudo de caso assume como grande finalidade o facto de se poder constituir como um instrumento de reflexão sobre o trabalho docente com a língua escrita. Surge, assim, numa dinâmica reflexiva, em prol da formação de professores, numa abordagem da prática pedagógica, com vista à literacia escolar, nos primeiros anos do ensino básico.
- A importância da narrativa na planificação de uma unidade didáctica, ensino e aprendizagem no 3º ano de escolaridadePublication . Dias, Maria Manuela Anselmo CarameloA Língua e a sua transversalidade de forma interdisciplinar são a base para apresentação desta reflexão, como dimensões pedagógicas da acção docente. Como é referido na Lei de Bases do Sistema Educativo o ensino da língua é valorizado como origem e alicerce de várias e múltiplas aprendizagens. Partindo da premissa que o ensinar requer saber aprender e saber construir (juntamente com os nossos alunos) as aprendizagens que buscamos, desenvolvemos, de forma fundamentada e com o devido suporte legal, um trabalho susceptível de modificar práticas, através da planificação e aplicação da Unidade Didáctica “O crocodilo e o passarinho”, de Madalena Gomes. Concluímos, acreditando que o ensino e a aprendizagem, a partir de sequências didácticas planificadas, tendo em conta as vivências, os questionamentos e as contribuições dos alunos, possibilitam o desenvolvimento de competências literárias e literácitas conducentes a aprendizagens significativas, nos nossos alunos.
- Factores fisiológicos de avaliação de performance na modalidade de judoPublication . Moura, Júlio André Timóteo; Marinho, Daniel AlmeidaNeste trabalho temos como objectivo definir os pressupostos para a avaliação da performance na modalidade de judo. Tendo em conta o carácter complexo da performance desportiva neste trabalho optamos por realizar um trabalho essencialmente focado nos factores fisiológicos da performance (capacidade aeróbia, força, resistência, composição corporal e flexibilidade). Para que se entenda de forma clara quais as variáveis (a nível fisiológico) preponderantes para uma optimização da performance desportiva realizamos uma caracterização fisiológica da modalidade (judo). Após a identificação dessas variáveis realizamos uma revisão bibliográfica sobre quais os protocolos e testes utilizados pelos profissionais da Ciências do Desporto, para avaliação dos parâmetros que realmente importam para uma optimização da performance desportiva de judocas.
- A operação de depuração na produção do papelPublication . Abrantes, Luís Filipe; Costa, Ana Paula Nunes de Almeida Alves daA eliminação de sujidade é muito relevante na fabricação de qualquer tipo de papel, em especial nos papéis brancos para impressão e escrita, nomeadamente naqueles de elevada brancura, feitos a partir de fibra virgem. Numa época em que os custos de produção são controlados ao “cêntimo”, tudo o que melhorar a performance da máquina de papel, é muito importante. A depuração é uma das secções duma fábrica de papel, destinada a remover sujidades e é aquela em que se remove as impurezas mais pequenas. A depuração com hidrociclones é desde há muito utilizada na indústria e em particular, na Papeleira. Neste trabalho tenta-se dar uma visão do funcionamento de depuradores centrífugos (também chamados de hidrociclones), tipos existentes, sistemas de depuração, bem como uma parte prática de dimensionamento de uma instalação de depuração.
- Síndrome de Asperger: qualidade de vida e rendimento escolar na adolescênciaPublication . Cardoso, Ana Patrícia Simões; Correia, Paula Cristina Moreira AntunesObjectivos: Avaliar se existe diferença estatisticamente significativa entre Qualidade de Vida (QV) e Rendimento Escolar de adolescentes com Síndrome de Asperger (SA), comparativamente a adolescentes sem distúrbio neuro-psiquiátrico conhecido. Material e Métodos: Estudo observacional descritivo transversal entre 1) casos: adolescentes com Síndrome de Asperger, com idades entre 13 e 20 anos, inscritos na APPDA de Viseu ou na APSA; e 2) controlos: adolescentes da mesma faixa etária a frequentar os ensinos básico ou secundário da Escola Secundária Afonso de Albuquerque. Para facilitar a recolha dos dados, construiu-se um questionário intitulado “Questionário de Qualidade de Vida e Rendimento Escolar”, estruturado em 3 partes: Dados Sociodemográficos, Rendimento Escolar e Qualidade de Vida. Resultados: A idade média dos adolescentes com SA foi de 17,00±2,55 anos, sendo a maioria do género masculino (60%). Rendimento Escolar: o número de reprovações escolares foi superior, em média, no grupo dos casos (casos: 0,80±0,18; controlos: 0,28±0,57); a autopercepção como estudante foi inferior, em média, nos adolescentes com SA (casos: Suficiente, 3,20±0,45; controlos: Bom, 3,88±0,75). Qualidade de Vida: os adolescentes com SA, tal como os controlos, apresentaram uma Boa percepção global de QV (casos: 4,00±0,00; controlos: 4,02±0,62) e mostraram-se Satisfeitos face à sua percepção global de saúde (casos: 4,40±0,89; controlos: 4,14±0,90). Conclusão: Comparativamente aos jovens do grupo de controlos, os adolescentes com SA não demonstraram um prejuízo significativo na sua QV global. No entanto, apresentaram um número de reprovações escolares superior e classificaram-se, enquanto estudantes, numa categoria inferior.
- A brumaPublication . Maia, Eliseu Vieira; Diogo, Vasco Gabriel Bordalo Machado CrespoEste ano lectivo (2010/2011), para o Projecto Final de Mestrado, o tema escolhido foi; a Memoria no Cinema. A partir deste tema ou “ideia”, cada um de nós, alunos, temos de a interpretar e transformar em uma curta-metragem. A princípio, o tema pode suscitar pensamentos distintos; por um lado, é um tema bastante abrangente, que permite tanto espaço de liberdade criativa que pode levar, ao “melhor”, ou ao “ridículo”. Por outro lado, um desafio e um ponto de partida para a criação da narrativa. Depois de analisar os dois conceitos, e interpretá-los, o objectivo é concretizar. Desta forma, a curta-metragem é constituída por três partes essenciais; a pré-produção, a rodagem e a pósprodução. Neste relatório, irei abordar estes tópicos de forma individual, e ainda especificarei os aspectos técnicos do filme; as influências presentes e os objectivos propostos. Com o tema como base, a narrativa foi conciliada com um guião que já tinha pensado. A partir daí tratava-se de conciliar ambas as partes e compor as peças. A memoria está presente no filme, faz parte do filme; e a ideia definida que já tinha em mente conservou-se. O projecto foi pensado para ser filmado num estilo de cinema clássico, o que foi conseguido. É um dos meus estilos de eleição, mas não o que mais me satisfaz em termos de realização. A vontade de fazer um filme nesse registo era grande, e foi mais ou menos bem conseguida. Tendo a narrativa delineada, o mais complicado foi adaptar os dois. Tanto que o guião sofreu várias alterações, normais, e teve algumas versões. Os diálogos foram sempre uma das maiores preocupações e que mais alterações sofreu e que foi retocado bastantes vezes, e muitas vezes, encurtado, para melhor. A etapa mais importante, que é na preparação do filme, foi onde senti mais dificuldades, sendo que a pré-produção foi toda feita por mim, e não podia estar em dois sítios ao mesmo tempo. Esta fase serve para privilegiar a rodagem em si, que é quando tudo tem que correr em prazos milimétricos. Para este filme, a rodagem era essencial correr bem, para poder esclarecidamente, conseguir dar resposta ao acontecimento, estando em várias frentes ao mesmo tempo. É na rodagem que tudo é realizado para a derradeira etapa e na etapa mais importante de fazer um filme, é na pós-produção que se vê o que realmente o material que há para fazer um filme. É nesta fase, que há que conciliar os restantes elementos na composição dum filme, a edição e a montagem, o som e a banda sonora, a correcção de cor. Durante este relato, serão transmitidos os pormenores e as escolhas feitas ao longo deste processo de construção desta curta-metragem “A Bruma”, e ao longo destas três fases.
- O desenvolvimento da leitura e da escrita em crianças com dislexiaPublication . Oliveira, Alcina Maria Pires Freixinho; Pereira, Reina Marisol TrocaA leitura e a escrita são duas competências adquiridas que estão na base da aprendizagem e servem de ferramenta às restantes áreas e ao desenvolvimento da criança em todas as vertentes. O seu ensino poderá ser distinto, utilizando diferentes métodos, baseados em modelos dissemelhantes, consoante aquele que parecer mais adequado aos alunos em questão. No entanto, existem factores extrínsecos e intrínsecos que influenciam a aprendizagem destas competências. Quando o sujeito manifesta dificuldades nestas duas áreas poderá sentir embaraços que irão reflectir-se, não só na vida escolar, quando criança, mas também na vida social, pessoal e profissional, quando adulto. Contudo, as dificuldades na leitura e na escrita, quando dizem respeito à dislexia, apesar de não terem solução, podem ser atenuadas, minorando os seus efeitos ao longo da vida. A realização de um diagnóstico atempado, seguido da avaliação torna possível uma intervenção que possibilitará que as restrições e limitações sentidas se debilitem levando a criança a obter sucesso. A dislexia tem sido, ao longo dos tempos, um tema bastante debatido que não reúne consenso entre os estudiosos quer no que respeita à patologia em si, quer no que se refere às suas causas, aos seus tipos, às suas manifestações e às formas de intervir. No entanto, a hipótese de a dislexia estar associada a um défice fonológico originado por um desfasamento do funcionamento do cérebro parece ser a ideia mais apoiada. Assim sendo, a utilização de estratégias diversificadas que estimulem a consciência fonológica poderão ser uma mais-valia no processo de ensino/aprendizagem da leitura. Existem inúmeros autores que apresentam diferentes estratégias, métodos e técnicas de intervenção reeducativa. A utilização de uns ou de outros irá diferir consoante o tipo de dislexia apresentada pela criança.
- Etiquetas têxteis com a integração de símbolos para interpretação de cores em padrão pelos daltónicosPublication . Craveiro, Filipa Alexandra Delgado; Lucas, José MendesNeste trabalho pretende-se analisar se existe uma preocupação por parte dos deficientes visuais, nomeadamente os Daltónicos em relação à interpretação e identificação das cores e também nomeadamente à cor no vestuário, e se existe uma necessidade de criar uma etiqueta têxtil que possibilite uma rápida e fácil identificação das cores, mais concretamente cores em padrões, uma vez que é a tendência de Moda, quer feminina, quer masculina para a estação Primavera-Verão 2012. O Daltonismo é o nome comum que se atribui à alteração congénita, que impede a percepção de uma ou de todas as cores, em que as pessoas afectadas por esse distúrbio simplesmente não concordam com a maioria das pessoas em relação às cores. A maioria dos daltónicos não consegue distinguir entre tons de vermelho e verde quando há pouca luz, havendo outros que não distinguem o azul do amarelo. E como tal, os Daltónicos também sentem uma necessidade de autonomia e independência no que se refere às tendências da Moda e na escolha do vestuário. Deste modo, pretende-se com este trabalho fazer um estudo ao nível da percepção visual dos Daltónicos, das suas limitações e quais os principais problemas a resolver na escolha de determinadas peças de vestuário com diversos padrões. Assim, este projecto visa dar um contributo a todos os indivíduos Daltónicos que não conseguem distinguir determinadas cores e cuja principal dificuldade se encontra no vestuário, pois é uma actividade que requer autonomia e independência de modo a que possam ser autónomos na sua escolha, quer a nível de comprar, quer a nível de conjugar determinadas peças de vestuário principalmente com padrões, que poderá dificultar muito mais as escolhas de cada um. Para tal, cria-se uma etiqueta em tecido agregado à peça de vestuário, com a estampagem dos diversos padrões aos quais se atribuiu um símbolo referente a cada cor (vermelho e verde e/ou azul e amarelo) e segundo uma escala de cinzentos. Estes símbolos representam a intensidade numa escala de cinco tons referentes às cores existentes na etiqueta e posteriormente na peça de vestuário, sob a qual o Daltónico identificará as cores presentes podendo efectuar combinações muito mais assertivas. Para o desenvolvimento deste estudo foram percorridas várias etapas: A etapa inicial consistiu em elaborar um questionário dirigido a indivíduos Daltónicos para perceber que tipo de deficiência são portadores, ou seja, quais as cores que tinham dificuldade em identificar, e para isso recorreu-se aos testes de Daltonismo de Ishihara e de Jean Jouannic, de modo a modificar as etiquetas têxteis segundo os padrões e com a integração de símbolos em cinco intensidades de cinzentos das cores referentes às suas incapacidades. Uma segunda etapa teve como finalidade a análise dos dados resultantes das respostas ao questionário e à elaboração de gráficos para ajudar a apurar os resultados obtidos e chegar ao tipo de Daltonismo existente na amostra. A terceira etapa teve como objectivo a elaboração de algumas etiquetas têxteis, que integrassem os diversos padrões e aos quais será atribuído um símbolo referente a cada cor e segundo uma escala de intensidades de cinzentos como forma de identificar as cores presentes nas etiquetas, sendo estas agregadas às peças de vestuário e que sejam resistentes à água e ao uso diário. Na quarta e última etapa realizou-se a experimentação do protótipo da etiqueta integrado em dois coordenados confeccionados (um coordenado feminino e um coordenado masculino) de modo a poder verificar-se se a etiqueta é viável na identificação das cores, comparando a etiqueta modificada com o padrão da peça real, tendo sido testado aos mesmos inqueridos do questionário inicial. Verificou-se portanto que a etiqueta é um óptimo veículo para a identificação da cor, pois esta permite que qualquer Daltónico possa escolher as suas peças de vestuário e identificar as cores que não visualizam.
- Signo, desenho e desígnio: para uma semiótica do designPublication . Moura, Catarina Isabel Grácio de; Fidalgo, António CarretoO objectivo basilar deste trabalho é analisar e problematizar a premissa de que estaríamos a entrar na era do Design total, procurando perceber e explicitar o sentido global desta afirmação e, consequentemente, os seus contornos enquanto possibilidade e as suas implicações na experiência do mundo e na relação com esse mundo – pressupondo, aqui, um impacto simultaneamente estético, ético e político. Para alcançar estas respostas, propõe-se trabalhar o Design a partir da Semiótica. As ligações existentes entre Semiótica, Design e o mundo que, de diferentes modos, ambos assumem como objecto e material de trabalho, exigem-nos que tomemos estas duas disciplinas no seu sentido mais lato e abrangente. Sendo assim, o Design será entendido como vontade criadora para o mundo e a Semiótica como apropriação cognitiva do sentido desse mesmo mundo. Abordar o Design enquanto lugar de encontro entre o humano e o real e, simultaneamente, como triunfo do espírito sobre a matéria torna consequente tomá-lo como disciplina semiótica por excelência, pois há no Design uma invulgar e inegável eficácia simbólica, potenciada pela evolução tecnológica e consequentes alterações processuais. A consideração do problema que o Design nos coloca na actualidade implica assimilar que a sua natureza projectual almeja actuar não só sobre o objecto, mas antes de tudo sobre o próprio mundo. Consequentemente, compreendê-lo exige que entendamos de que modo a técnica o assume como instrumento e forma na contemporaneidade, ou seja, de que modo o aparentemente imparável progresso tecnológico, aliado ao carácter abrangente e tendencialmente totalitário do Design, vai consolidando a hipótese de estarmos a caminhar para um mundo integralmente concebido, desenhado, determinado pelo ser humano, do mais ínfimo detalhe ao mais amplo ambiente.