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Análise de fraturas vertebrais numa coorte de doentes com fratura da anca
datacite.subject.fos | Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina | por |
dc.contributor.advisor | Ferreira, Joana Catarina Fonseca | |
dc.contributor.advisor | Santos, Filipe Martins Cunha | |
dc.contributor.author | Adriano, Francisco Gabriel Amaral | |
dc.date.accessioned | 2024-11-19T17:11:36Z | |
dc.date.available | 2024-11-19T17:11:36Z | |
dc.date.issued | 2024-06-20 | |
dc.date.submitted | 2024-03-12 | |
dc.description.abstract | Introdução: As fraturas vertebrais são as fraturas de fragilidade mais prevalentes. Apesar disso, são também as mais subdiagnosticadas, uma vez que, duas em cada três fraturas vertebrais são assintomáticas e, dado que, a grande maioria dos doentes com fraturas vertebrais sintomáticas não procuram aconselhamento e avaliação médica. Deste modo, apenas uma pequena percentagem das fraturas vertebrais é identificada e tratada. Estas fraturas estão associadas ao aparecimento de novas fraturas, à diminuição da qualidade de vida e ao aumento da morbilidade e da mortalidade. Assim, a identificação precoce destas fraturas é fundamental na prevenção secundária de novas fraturas e permite melhorar a qualidade de vida dos doentes. Objetivos: Caraterizar a população de doentes com fraturas vertebrais e a população de doentes sem fraturas vertebrais; Comparar a prevalência das diversas caraterísticas e descrever as diferenças observadas entre as duas populações mencionadas; Identificar as caraterísticas/fatores de risco que aumentam a probabilidade de existência e ocorrência de uma fratura vertebral; Determinar quais as vertebras mais frequentemente envolvidas numa fratura vertebral. Materiais e métodos: Em setembro de 2019, foi criada uma Fracture Liaison Service de fraturas da anca, na Unidade Local de Saúde da Guarda. Este programa foi denominado de Terapêutica Ocupacional e Multidisciplinar com Benefício na Osteoporose, TOMBO, que inclui no seu protocolo a realização de radiografias da coluna dorsal e lombar, para rastreio de fraturas vertebrais não diagnosticadas. De modo a efetuar este estudo, foram recolhidos os dados socio-demográficos, clínicos e analíticos da coorte prospetiva, constituída pelos doentes avaliados nesta Fracture Liaison Service, desde a sua criação até 31 de dezembro de 2022. Realizou-se um estudo caso-controle, tendo sido considerados como casos todos os doentes com fratura vertebral. Resultados: Os 102 doentes, observados neste período de tempo, apresentavam fraturas da anca. Destes, 77 doentes realizaram radiografias ou tomografias computorizadas da coluna vertebral, tendo sido identificadas fraturas vertebrais em 22 doentes (27,8%). A idade média dos doentes sem fratura vertebral era 76,04 ± 7,80 anos e a dos doentes com fratura vertebral era 80,32 ± 6,91 anos. Relativamente ao número de fraturas, 81,5% dos doentes sem fraturas vertebrais tinham apenas uma ou duas fraturas, apresentando os restantes 18,5% dos doentes três ou mais fraturas. Por outro lado, 40,9% dos doentes com fratura vertebral tinham apenas uma ou duas fraturas e 59,1% dos doentes apresentavam três ou mais fraturas. Nos 22 doentes, que apresentavam fratura vertebral, foram identificadas 39 fraturas dorsais e lombares, sendo seis em D12 e L1, cinco em D11 e L2, três em D6 e L5, duas em D9, D10 e L4, e uma fratura em D2, D3, D4, D7 e L3. Conclusão: As fraturas vertebrais continuam a ser um grave problema de saúde pública, sendo amplamente subdiagnosticadas e negligenciadas. Na população analisada neste estudo, mais de um quarto dos doentes apresentavam fraturas vertebrais, que não tinham sido identificadas previamente. A idade e o número de fraturas prévias estão intimamente relacionados com a ocorrência de fraturas vertebrais. Deste modo, quanto maior for a idade e o número de fraturas prévias, maior a probabilidade de apresentar ou realizar uma fratura vertebral. Assim, é fundamental incluir a realização de radiografias da coluna vertebral, na avaliação de doentes com elevado risco fraturário, devendo ser dado especial destaque à transição dorso-lombar, região onde ocorrem mais de metade das fraturas. | por |
dc.description.abstract | Introduction: Vertebral fractures are the most prevalent fragility fractures. Despite that, they are also the most underdiagnosed, since two out of three are asymptomatic and, also, the vast majority of patients with symptomatic vertebral fractures do not seek medical advice and evaluation. As a result, only a small percentage of vertebral fractures are identified and treated. These fractures are associated with the occurrence of new fractures, a reduction of the quality of life and an increased morbidity and mortality. Early identification of these fractures is therefore crucial in the secondary prevention of new fractures and allows the improvement of patients' quality of life. Objectives: Characterize the population of patients with vertebral fractures and the population of patients without vertebral fractures; Compare the prevalence of the multiple characteristics and describe the differences observed between the two populations; Identify the characteristics/risk factors that increase the likelihood of existence and occurrence of a vertebral fracture; Determine which vertebrae are most frequently involved in a vertebral fracture. Materials and methods: In September 2019, a Fracture Liaison Service for hip fractures was created at the Guarda Local Health Unit. This program was called Occupational and Multidisciplinary Therapy with Benefit in Osteoporosis, TOMBO, and its protocol includes taking radiographies of the dorsal and lumbar spine to screen for undiagnosed vertebral fractures. In order to conduct this study, socio-demographic, clinical and analytical data were collected from the prospective cohort of patients evaluated at this Fracture Liaison Service, from its creation until December 31, 2022. A case-control study was carried out, with all the patients with vertebral fractures being considered as cases. Results: The 102 patients observed in this period of time had hip fractures. Of these, 77 patients underwent radiographies or computed tomographies of the spine, which identified vertebral fractures in 22 patients (27.8%). The average age of patients without vertebral fractures was 76,04 ± 7,80 years and that of patients with vertebral fractures was 80,32 ± 6,91 years. Regarding the number of fractures, 81,5% of patients without vertebral fractures had only one or two fractures, while the remaining 18,5% had three or more fractures. On the other hand, 40,9% of patients with vertebral fractures had only one or two fractures and 59,1% had three or more fractures. In the 22 patients with vertebral fractures, 39 dorsal and lumbar fractures were identified, six at D12 and L1, five at D11 and L2, three at D6 and L5, two at D9, D10 and L4, and one fracture at D2, D3, D4, D7 and L3. Conclusion: Vertebral fractures continue to be a serious public health problem and are widely underdiagnosed and neglected. In the population analyzed in this study, more than a quarter of the patients had vertebral fractures that had not been previously identified. Age and the number of previous fractures are closely related to the occurrence of vertebral fractures. Thus, the greater the age and the number of previous fractures, the greater the likelihood of presenting or suffering a vertebral fracture. It is therefore essential to include radiographies of the spine in the assessment of patients at high risk of fracture, with special emphasis on the dorsolumbar transition, the region where more than half of fractures occur. | eng |
dc.identifier.tid | 203715365 | |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.6/14594 | |
dc.language.iso | por | por |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/ | |
dc.subject | Fatores de Risco | por |
dc.subject | Fratura Vertebral | por |
dc.subject | Idade | por |
dc.subject | Número de Fraturas | por |
dc.subject | Osteoporose | por |
dc.title | Análise de fraturas vertebrais numa coorte de doentes com fratura da anca | por |
dc.type | master thesis | |
dspace.entity.type | Publication | |
rcaap.rights | openAccess | por |
rcaap.type | masterThesis | por |
thesis.degree.name | Mestrado Integrado em Medicina | por |
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