Repository logo
 
No Thumbnail Available
Publication

Automedicação nos utentes do Centro Hospitalar Cova da Beira

Use this identifier to reference this record.
Name:Description:Size:Format: 
6169_13189.pdf2.37 MBAdobe PDF Download

Abstract(s)

Introdução: A automedicação Ć© definida pela OMS como uma prĆ”tica que envolve o uso de substĆ¢ncias medicinais pelo consumidor, para tratar doenƧas ou sintomas reconhecidos pelo próprio, sendo um dos elementos do autocuidado. JĆ” segundo o despacho nĀŗ. 17690/2007, publicado em DiĆ”rio da RepĆŗblica, a automedicação Ć© a utilização de medicamentos nĆ£o sujeitos a receita mĆ©dica de forma responsĆ”vel, sempre que se destine ao alĆ­vio e tratamento de queixas de saĆŗde passageiras e sem gravidade, com a assistĆŖncia ou aconselhamento opcional de um profissional de saĆŗde. Estudos recentes, realizados entre 2008 e 2014 em zonas dispersas do território nacional, revelaram valores bastante dĆ­spares no que diz respeito Ć  prevalĆŖncia da prĆ”tica de automedicação, variando entre os 21,5% e cerca de 90% da população estudada. Objetivos: Identificar a prevalĆŖncia da automedicação nos utentes da Consulta Externa do Centro Hospitalar Cova da Beira; identificar variĆ”veis associadas Ć  prĆ”tica da automedicação; recolher a opiniĆ£o dos utentes em relação Ć  prĆ”tica da automedicação; cruzar os dados obtidos com os dados revelados por estudos anteriores. Materiais e mĆ©todos: Estudo de carĆ”cter observacional e transversal, no qual se distribuiu um questionĆ”rio a 89 utentes presentes na Consulta Externa do Centro Hospitalar Cova da Beira. Resultados: Numa população caracterizada pela predominĆ¢ncia do sexo feminino, pela idade compreendida entre os 35 e os 44 anos e por uma maioria de participantes a realizar terapĆŖutica de base, chegou-se a uma prevalĆŖncia de automedicação de 78,05%. Esta prĆ”tica incluĆ­a mais frequentemente o uso de analgĆ©sicos e anti-inflamatórios (41,11% e 33,33%, respetivamente), aconselhados por um farmacĆŖutico, enfermeiro ou outro pessoal ligado Ć  saĆŗde (57,81%), adquiridos na farmĆ”cia (82,81%) e que, na grande maioria das situaƧƵes, nĆ£o se revelaram prejudiciais para a situação clĆ­nica dos participantes (98,44%). 68,29% da população concordava com a prĆ”tica de automedicação, mas apenas para algumas situaƧƵes, 75,61% considerava-a potencialmente perigosa e 39,02% apontava problemas no Sistema Nacional de SaĆŗde como a principal motivação para a automedicação. Encontrou-se uma dependĆŖncia entre a prĆ”tica da automedicação e a idade e habilitaƧƵes literĆ”rias dos inquiridos. DiscussĆ£o e conclusĆ£o: Os resultados obtidos devem apelar a um maior estudo da automedicação e das suas variĆ”veis e reforƧam a crescente autonomia dos doentes. Ɖ imperativo que mĆ©dicos, farmacĆŖuticos e outro pessoal ligado Ć  saĆŗde estejam cientes deste fenómeno e que sejam uma via fidedigna e sempre disponĆ­vel de informação. Ɖ tambĆ©m importante que se levem a cabo campanhas de sensibilização que tenham como pĆŗblico-alvo aqueles que este estudo identificou como os que tĆŖm maior tendĆŖncia a se automedicarem.
Introduction: Self-medication is defined by WHO as a practice that involves the use of medicinal substances by the consumer to treat diseases or symptoms recognized by themselves, being one of the elements of self-care. According to the dispatch nº. 17690/2007, published in DiÔrio da República, self-medication is the use of non-prescription medicines in a responsible manner, whenever it is intended for the relief and treatment of transient and non-serious health complaints, with the optional advice or assistance of a health professional. Recent studies carried out between 2008 and 2014 in dispersed areas of the national territory revealed quite different values regarding the prevalence of the practice of self-medication, ranging from 21.5% to 90% of the studied population. Objectives: To identify the prevalence of self-medication among users of the Consulta Externa of Centro Hospitalar Cova da Beira; to identify variables associated with the practice of self-medication; to collect users' views on the practice of self-medication; to cross the data obtained from surveys with the data revealed by previous studies. Materials and methods: A cross-sectional observational study, in which a questionnaire was distributed to 89 users present at the Consulta Externa of Centro Hospitalar Cova da Beira. Results: The sample is characterized by female predominance, aged between 35-44 years old and undergoing chronic therapy. The prevalence of self-medication was 78.05%. This practice most frequently included the use of analgesics and anti-inflammatories (41.11% and 33.33%, respectively) recommended by a pharmacist, nurse or other health-related staff (57.81%) and purchased from the pharmacy (82.81%). In the great majority of cases they were not detrimental to the clinical situation of the participants (98.44%). 68.29% of the population agreed with the practice of self-medication, but only in some cases, 75.61% considered it potentially dangerous and 39.02% indicated problems in the National Health System as the main motivation for self-medication. There was a dependence between the practice of self-medication and the age and educational qualifications of the respondents. Discussion and conclusion: The results obtained should appeal to a greater study of self-medication and its variables and reinforce patients' growing autonomy. It is imperative that physicians, pharmacists and other health-related staff are aware of this phenomenon and that they are a reliable and always available way of information. It is also important to carry out awareness campaigns targeting those this study identified as having the highest tendency to self-medicate.

Description

Keywords

Autocuidado Automedicação Autonomia Autoperceção

Citation

Research Projects

Organizational Units

Journal Issue