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Abstract(s)
Se o mestre e o enciclopedista aparecem como as figuras típicas, que não exclusivas, da mediação da informação entre os Antigos e os Modernos, o jornalista aparece como a figura típica, mais uma vez não exclusiva, dessa mesma mediação na sociedade contemporânea. A nossa tese, a este respeito é a de que, numa sociedade em que a informação se tornou cada vez mais complexa e especializada, confinando os cidadãos a “círculos informativos” cada vez mais restritos, colocando a sociedade perante o risco da fragmentação absoluta e, no limite, da sua própria destruição - lembremos, a este respeito, a posição de Tocqueville acerca da importância dos jornais na democracia americana –, coube ao jornalista assumir o papel que o enciclopedista traçara para si próprio nos alvores da Modernidade mas que o desenvolvimento das ciências e das tecnologias tornaria, a breve trecho, totalmente impossível: o da selecção, organização e transmissão de uma informação mais ou menos geral, acessível a todos e a todos dirigida. O problema é, no entanto, e para recorremos a categorias postas em circulação pelos autores da Encyclopédie, o de saber se é possível tornar acessível, a todos, uma informação destinada a “conservar o memorável” e a “instruir” e, simultaneamente, a contribuir para o cumprimento das exigências de transparência da coisa pública e de participação política que são as exigências básicas da democracia e do político. […]
Description
Keywords
Jornalismo - Internet - Informação Novos mediadores
Citation
Serra, J. P. (2003). A transmissão da informação e os novos mediadores. In A. Fidalgo e J. P. Serra (Org.), Informação e Comunicação Online, Volume I – Jornalismo Online (pp. 13-48). Covilhã: Universidade da Beira Interior.