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Serra, Joaquim Mateus Paulo

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Now showing 1 - 10 of 26
  • Informação e sentido. Uma abordagem problemática do conceito de informação
    Publication . Serra, Paulo
    Grande parte dos teorizadores da "sociedade da informação" - que partilha, com os iluministas, da crença optimista de que o conhecimento tem um carácter auto-formador e emancipatório -, tende a pensar que mais informação leva, necessariamente, a um acréscimo de conhecimento. No entanto, e a acreditarmos em autores como Postman e Baudrillard - que podemos considerar, neste aspecto, como paradigmáticos -, o acréscimo de informação não só não acarreta um acréscimo de conhecimento como conduz, mesmo, ao seu decréscimo; assim, e para citarmos a conhecida fórmula de Baudrillard, "estamos num universo em que existe cada vez mais informação e cada vez menos sentido", em que "à "inflação da informação"corresponde uma "deflação do sentido". [...]
  • Retórica e argumentação
    Publication . Serra, Paulo
    É um lugar comum, hoje em dia, dizer-se que o século XX é o "século da linguagem". Factores como o desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação (mediante as quais toda a experiência humana tende a tornar-se linguagem e comunicação), a consolidação dos regimes democráticos (em que a palavra, e não a violência ou a força, se assume como instrumento da actividade política), a "crise de fundamentos"que sacudiu as Matemáticas nos princípios do século, o desenvolvimento científico e técnico em geral, vêm trazer para primeiro plano a necessidade de estudar os fenómenos da comunicação e da linguagem. Como resultado desta necessidade, a problemática da linguagem "invadiu as ciências humanas e a filosofia."(Meyer, 1992: 5). […]
  • A transmissão da informação e os novos mediadores
    Publication . Serra, Paulo
    Se o mestre e o enciclopedista aparecem como as figuras típicas, que não exclusivas, da mediação da informação entre os Antigos e os Modernos, o jornalista aparece como a figura típica, mais uma vez não exclusiva, dessa mesma mediação na sociedade contemporânea. A nossa tese, a este respeito é a de que, numa sociedade em que a informação se tornou cada vez mais complexa e especializada, confinando os cidadãos a “círculos informativos” cada vez mais restritos, colocando a sociedade perante o risco da fragmentação absoluta e, no limite, da sua própria destruição - lembremos, a este respeito, a posição de Tocqueville acerca da importância dos jornais na democracia americana –, coube ao jornalista assumir o papel que o enciclopedista traçara para si próprio nos alvores da Modernidade mas que o desenvolvimento das ciências e das tecnologias tornaria, a breve trecho, totalmente impossível: o da selecção, organização e transmissão de uma informação mais ou menos geral, acessível a todos e a todos dirigida. O problema é, no entanto, e para recorremos a categorias postas em circulação pelos autores da Encyclopédie, o de saber se é possível tornar acessível, a todos, uma informação destinada a “conservar o memorável” e a “instruir” e, simultaneamente, a contribuir para o cumprimento das exigências de transparência da coisa pública e de participação política que são as exigências básicas da democracia e do político. […]
  • O design na era da informação
    Publication . Serra, Paulo
    Talvez a maneira mais geral de definir o design seja dizer que ele é a actividade que consiste em projectar uma “forma”, para a corporizar numa determinada “matéria”, em vista de uma certa “função”, mediante a “técnica” adequada. Mas uma tal definição dá como evidentes significados que estão em questão pelo menos desde os gregos: “forma”, “matéria”, “função”, “técnica”. Dos autores contemporâneos que procuraram interrogar uma tal evidência, Heidegger ocupa, sem dúvida, um lugar especial. Por isso mesmo, a nossa interrogação sobre o que é design começa por uma análise da reflexão heideggeriana sobre a técnica – indissociável, ela própria, de uma reflexão sobre a natureza.2 Essa análise acaba por nos conduzir à cibernética como apogeu da técnica, como o momento em que a técnica se torna manipulação da informação e, reciprocamente, o “real” se transforma em informação manipulável. O que acontece, em tal situação, aos significados acima referidos, e por extensão, ao próprio conceito de design? Porque se torna um tal conceito tão decisivo precisamente em tal situação? […]
  • Informação e Sentido. O estatuto epistemológico da informação
    Publication . Serra, Paulo
    Para de algum modo justificarmos a escolha do tema da informação gostaríamos de, à semelhança do prefácio de As Palavras e as Coisas!, começar esta introdução dizendo que o presente trabalho se inspira num texto de Jorge Luís Borges - mais concretamente, numa das suas "novas inquirições" - em que o escritor argentino refere a história do imperador chinês Shih Huang Ti que, tendo vivido no século III a.C. e tendo-se auto-cognominado "O Primeiro", ordenou, por um lado, a edificação da Muralha da China e, por outro lado, que se queimassem todos os livros que mencionassem os imperadores que o tinham antecedido. Na dupla ordem do imperador vê Borges a tentativa de controlar, simultaneamente, o espaço e o tempo, reduzindo a realidade a um aqui e agora imune à corrupção das coisas e à mortalidade dos homens - numa palavra, a toda e qualquer mudança; reconstituir-se-ia, assim, de certa forma, o mundo como era, como deveria ter sido, no seu início. [...]
  • Lévinas e o repensar do estatuto da sensibilidade
    Publication . Serra, Paulo
    Na tradição filosófica e científica ocidental, que também aqui segue a doxa mais elementar, a visão tem funcionado não só como metonímia dos sentidos - percepcionar é ver - mas também como metáfora do conhecimento - conhecer é ver - e, por isso mesmo, em ultima análise como fundamento do próprio ser - esse est percipi, segundo o conhecido dito de Berkeley. Não faltam exemplos ilustrativos deste predomínio epistemológico e ontológico da visão, deste verdadeiro “oculocentrismo”.
  • The research project "New media and politics: citizen’s participation on the websites of Portuguese political parties" - Main results
    Publication . Serra, Joaquim Paulo; Gonçalves, Gisela
    The “New media and politics: citizen participation in the websites of Portuguese political parties” is a project funded by the Portuguese Foundation for Science and Technology. It was carried out by a re-search group of the Online Communication Lab (LabCom) research centre at the University of Beira Interior (Portugal) between March 01, 2012 and February 28, 2015. The main objective of this chapter is to highlight the core components of the aforementioned project.
  • Internet e interactividade
    Publication . Serra, Paulo
    Apesar do downsizing que, neste momento, afecta a generalidade das dot-coms, o número de utilizadores da Internet não tem deixado de aumentar de forma gradual e sustentada, criando uma audiência potencial cada vez mais significativa, em que se destaca, claramente, população mais jovem. Ao mesmo tempo, a qualidade dos conteúdos presentes na Internet – texto, imagem fixa ou em movimento, grafismo, som – não tem parado de crescer, tanto no que se refere à sua matéria como à sua forma. Não admira, assim, que a Internet tenha vindo a tornar-se um meio de comunicação cada vez mais importante, a anos-luz da velha Arpanet dos anos 70, limitada a meia dúzia de investigadores e ao texto escrito. […]
  • Informação e democracia: o sentido da crítica rousseauniana da informação
    Publication . Serra, Paulo
    A aceitarmos a tese de Hegel segundo a qual, e sendo que “a verdade é o todo”, toda a afirmação contém a sua própria negação, podemos ser tentados a ver a obra de Rousseau como a negação da afirmação iluminista e enciclopedista, ao denunciar a “corrupção dos costumes” como o resultado necessário a que conduz “o restabelecimento das ciências e das artes” – mais correcto seria dizer a difusão generalizada da informação sobre elas - e ao exigir o regresso ao “conhece-te a ti mesmo” e à essencialidade das verdades éticas em detrimento do saber científico e da informação em geral. O interesse da posição de Rousseau, que ultrapassa em muito o próprio Rousseau – de facto, ela prenuncia e inspira subterraneamente a posição de muitos dos que, como Heidegger, Adorno e Horkheimer, Baudrillard e Postman, para só referirmos alguns, têm feito a crítica da cultura contemporânea -, reside primariamente no facto de ela corporizar, ainda hoje, a crítica mais radical a uma certa forma de entender a informação - Baudrillard fala, a propósito, em “mito” - que se prolonga na actualidade. [...]
  • A informação como utopia
    Publication . Serra, Paulo
    O problema da informação - a informação como problema - não é de hoje. Tal problema remonta, pelo menos, a Platão que, no Fedro, citando um velho mito egípcio, alerta para o perigo de, com a escrita, a mera informação (considerada, pelo filósofo, como “uma aparência de sabedoria”) ir, progressivamente, substituindo a educação (sem a qual não pode existir “a sabedoria em si mesma”). [...]