Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
316.66 KB | Adobe PDF |
Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
A aceitarmos a tese de Hegel segundo a qual, e sendo que “a verdade é o todo”, toda a afirmação contém a sua própria negação, podemos ser tentados a ver a obra de Rousseau como a negação da afirmação iluminista e enciclopedista, ao denunciar a “corrupção dos costumes” como o resultado necessário a que conduz “o restabelecimento das ciências e das artes” – mais correcto seria dizer a difusão generalizada da informação sobre elas - e ao exigir o regresso ao “conhece-te a ti mesmo” e à essencialidade das verdades éticas em detrimento do saber científico e da informação em geral. O interesse da posição de Rousseau, que ultrapassa em muito o próprio Rousseau – de facto, ela prenuncia e inspira subterraneamente a posição de muitos dos que, como Heidegger, Adorno e Horkheimer, Baudrillard e Postman, para só referirmos alguns, têm feito a crítica da cultura contemporânea -, reside primariamente no facto de ela corporizar, ainda hoje, a crítica mais radical a uma certa forma de entender a informação - Baudrillard fala, a propósito, em “mito” - que se prolonga na actualidade. [...]
Description
Keywords
Democracia Informação Rosseau
Citation
Serra, P. (2002). Informação e democracia: o sentido da crítica rousseauniana da informação. In J. C. Correia (Org.), Comunicação e Poder (pp. 173-220). Covilhã: Universidade da Beira Interior, série Estudos em Comunicação.