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Authors
Abstract(s)
Objectives: Loneliness has been increasingly recognized as a major health concern, that
parallels established health risk factors and perceived social support (PSS) emerges as a
crucial protective factor against it. The challenges of old age frequently demand for
relocation of older adults to long-term care facilities which can associate with external
isolation and decreased interactions. The study aims to better understand the prevalence
of loneliness among institutionalized older adults and the role of perceived social support
to mitigate these feelings.
Methods: This is a descriptive cross-sectional study conducted in long-term care
facilities in Sabugal (n=21), with a sample size of 119 participants. The sample was
inquired about sociodemographic data, the institutionalization process, their health,
functional and social status and geriatric assessment scales were applied.
Results: Prevalence of loneliness was 37.0%, n=44. Low PSS from significant others
(p<0.001) and friends (p<0.001) associated with significantly higher odds of
experiencing loneliness and medium PSS from family was also associated (p=0.018).
Perceiving the process of institutionalization as difficult associated with loneliness
(p=0.001). Receiving visits and establishing phone contacts were positively associated
with PSS. Establishing phone contacts frequently was associated with higher levels of
PSS and with decreased risk of loneliness.
Conclusion: A significant portion of older adults in long-term care facilities in Sabugal
experience loneliness. The study corroborates the positive associations between
perceived social support, especially from friends, and loneliness, and highlights the
contribution of a difficult institutionalization process to loneliness. Fostering friendships
in older age and supporting the transition from home to care facilities could benefit wellbeing and reduce loneliness in this population.
Introdução O fenómeno do envelhecimento, visível mundialmente, é notório em Portugal, trazendo novos desafios para as políticas de saúde e para a prestação de cuidados geriátricos (1,2). Esses desafios são atribuíveis à velhice ser uma etapa desafiante, com mudanças na dimensão física, psicológica e social do indivíduo. São proeminentes as patologias crônicas, a fragilidade e dependência acrescidas, as limitações na mobilidade e, com o reconhecimento da complexidade desta fase, as famílias recorrem, crescentemente, a ajuda na prestação de cuidados (3). Deste modo, muitos idosos optam pela transição do domicílio para Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPIs) tendo o número de idosos residentes nestas instituições vindo a aumentar. Entende-se esta transição como um processo complexo, o idoso deve adaptar-se a um novo e estranho ambiente onde, por um lado, recebe apoio, podendo aliviar a carga de responsabilidades pessoais, financeiras, domésticas, onde pode formar novas conexões com outros residentes, cuidadores formais e técnicos da ERPI. Por outro lado, esta transição acompanha-se de afastamento da sua comunidade e família, de perda de independência e autonomia, podendo trazer sentimentos negativos, como a inutilidade, o abandono ou a solidão (3,4). A solidão é uma experiência universal, que se entende por insatisfação com a discrepância entre as relações sociais desejadas e as obtidas, ou seja, deriva da experiência subjetiva da conexão humana (5–7). Embora seja um sentimento comum e em crescimento no mundo (8), quem a experiencia cronicamente sujeita-se a efeitos danosos para a saúde, estando a solidão associada ao aumento das taxas de morbilidade e mortalidade, à manifestação de sintomas depressivos, ao declínio cognitivo e ao risco de demência (9,10). Os efeitos negativos associados à solidão são, de um certo modo, expectáveis dada a natureza humana e a sua inerente necessidade de conexão. As relações estabelecidas por um indivíduo formam uma rede que, em conjunto com o seu papel na vida de um indivíduo, são a base do suporte social. O suporte social dividese em duas componentes, o suporte social recebido e o suporte social percebido (11), sendo este último um fator protetor de solidão: indivíduos com melhor suporte social percebido tem menos probabilidade de manifestarem sintomas negativos de solidão (6,12,13). Uma vez que estudos demonstram níveis mais elevados de solidão e inferior suporte social percebido entre idosos residentes em ERPIs, comparativamente com aqueles que residem na comunidade, é crucial focarmo-nos nesta população (14,15). Objetivos O presente trabalho propõe-se a avaliar residentes em ERPIs do Sabugal, o município português com o 7º maior índice de envelhecimento e um total de 968 vagas em estruturas residenciais para idosos (2,16). O estudo avalia e analisa a prevalência de solidão, o suporte social percebido, e as suas relações com o processo de adaptação à instituição, com a auto perceção de saúde, com as suas interações sociais e dados demográficos. Materiais e métodos Este estudo é do tipo observacional, descritivo e correlacional, integrado no projeto “O Perfil do Idoso Institucionalizado em Portugal” conduzido em ERPIs no município do Sabugal (n=21), com uma amostra randomizada de 350 adultos idosos. A investigação foi realizada por uma equipa de estudantes do MIM sob supervisão académica. Neste estudo, participaram apenas 119 idosos devido à necessidade dos idosos serem cognitivamente íntegros. Deste modo, todos os participantes tinham idade igual ou superior a 65 anos, residiam há mais de 3 meses na instituição, assinaram o formulário de consentimento e não tinham indícios de défice cognitivo, segundo os resultados do Mini Exame do Estado Mental de Folstein. Os participantes foram inquiridos sobre os seus dados demográficos, sobre o processo de institucionalização, sobre o seu status em saúde, o seu status funcional e social e foram aplicadas escalas de avaliação geriátrica, nomeadamente a Escala Multidimensional de Suporte Social Percebido (EMSSP) e a Escala de Solidão da UCLA. A análise estatística fez-se com recurso ao software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), a modelos de regressões logísticas para explicar sentimentos de solidão baseados nos níveis de suporte social, ajustados para o género e estado marital, aos teste de qui-quadrado e teste exato de Fisher para análise de associações estatisticamente significativas entre duas variáveis categóricas foram utilizados, a correlações de Spearman para medir associações estatisticamente significativas entre variáveis ordinais ou dicotômicas e valor de p < 0,05 como critério de significância estatística. Resultados A população em estudo, com uma média de idades de 87.0 anos, constituía-se, na sua maioria, por indivíduos do sexo feminino e viúvos. A decisão de institucionalização foi, maioritariamente, realizada pelo próprio ou por familiares. 63.0% reportou o processo de institucionalização como fácil. Desde o início do ano, a maioria recebeu visitas e estabeleceu contactos telefónicos, frequentemente. A auto perceção de saúde dos participantes distribuiu-se entre as três categorias: boa, razoável e má auto perceção de saúde. Uma porção significativa dos idosos obteve resultados indicativos de sentimentos negativos de solidão (37.0%, n=44). A maioria apresentou alto suporte social percebido da família (FamPSS), do outro significativo (SoPSS), alto suporte social total (tPSS) e suporte social médio dos amigos (FriPSS). Ter suporte social percebido baixo ou médio, nas diferentes subescalas, associou-se a probabilidades significativas de experienciar solidão (SoPSS, p<0.001, p=0.002; FriPSS, p<0.001, p=0.016; tPSS, p=0.004, p<0.001), excetuando na subescala da família, em que apenas suporte social percebido médio se associou à solidão (p=0.018). O processo de adaptação associou-se à perceção de solidão (p<0.001): 50% dos indivíduos com sentimentos negativos de solidão reportaram difícil adaptação à ERPI. O suporte social percebido associou-se positivamente a receber visitas (FamPSS, p=0.002; tPSS, p=0.006), a estabelecer contactos telefónicos (SoPSS, p=0.015; FamPSS, p=0.024, tPSS, p=0.006) e à sua frequência (SoPSS, p=0.028; FamPSS, p<0.001; FriPSS, p=0.038; tPSS, p=0.002). A solidão apenas se associou com a frequência dos contactos telefónicos (p=0.007). Discussão O estudo pretende avaliar idosos residentes em ERPIs quanto às suas características demográficas, solidão e suporte social percebido. A população, com idade média de 87.0 anos, predominantemente do sexo feminino, composta por viúvos e indivíduos com baixa literacia, assemelha-se às descritas em estudos análogos (15,17). A maioria dos participantes tinha filhos e netos, recebendo visitas e estabelecendo contactos telefónicos, frequentemente. Tendencialmente, os participantes referiram uma boa relação familiar previamente à institucionalização. A adaptação à ERPI foi globalmente descrita como fácil. A literatura sugere que a decisão partilhada quanto ao processo de institucionalização e o suporte social adequados, são fatores cruciais para uma adaptação bem-sucedida ao lar (18,19). Uma parte significativa dos participantes decidiu por si quanto à transição para a ERPI, estando inerentemente envolvido no processo. Adicionado à equação o elevado suporte social percebido dos idosos, compreende-se que a adaptação ao lar tenha sigo, globalmente, percebida como fácil. Quanto à perceção de solidão, a sua prevalência de 37.0% mostrou ser inferior comparativamente a outros estudos conduzidos tanto em Portugal. como na Europa (17,20). Contudo, a exata prevalência de solidão, particularmente entre os idosos residentes em ERPIs, permanece desconhecida. Gardiner et al. (2020) observaram uma variação significativa na prevalência de solidão nesta população, por todo o mundo, com uma variação de 31% a 100% para a solidão moderada e de 9% a 81% para solidão severa (21). Os resultados obtidos pela escala Multidimensional de Suporte Social Percebido evidenciam bom suporte social percebido pelos idosos, especialmente o suporte prestado pela família. Concordantemente com evidência anterior (3,22) e corroborando a hipótese de estudo, encontraram-se associações positivas entre suporte social percebido e solidão. O suporte social dos amigos e de outros significativos demonstraram acrescida significância, comparativamente com o suporte familiar. Esta descoberta assemelha-se aos resultados da meta-análise realizada por Zhang et al. (2012) (12). O valor atribuído aos diferentes tipos de relações pessoais, familiares, amistosas, amorosas, depende de fatores intrínsecos e extrínsecos. A idade e fase de vida em que um indivíduo se encontra parecem influenciar esta perceção. Sugere-se acrescida importância das amizades, e de outras relações que não as familiares, na velhice, uma vez que são relações com potencial de trazer mais satisfação e bem-estar emocional (23), por serem relações voluntárias, por os amigos tendencialmente partilharem mais interesses e experiências e especialmente pelo desejo dos idosos de manter a sua independência e autonomia, não querendo ser sentidos como um fardo para os seus familiares (24). Não se encontraram correlações entre solidão, gênero e estado marital, apesar da evidência apontar para o sexo masculino e viuvez como fatores de risco para a solidão (25). Um estudo conduzido em Espanha (2011), com idosos residentes na comunidade e idosos residentes em ERPIs, mostrou que as mulheres eram 56% menos prováveis de se sentirem sozinhas, e não ter um parceiro duplicava o risco de solidão, no entanto, estes resultados apenas se verificaram para os idosos na comunidade e não para os residentes de ERPIs (26). É plausível que pelo pequeno tamanho e homogeneidade da amostra, e pelo ambiente institucional, estas associações, no presente estudo, não se tenham verificado. À semelhança dos resultados de Prieto-Flores et al.(2011), esperava-se que uma boa auto perceção de saúde se associasse a sentimentos diminuídos de solidão, no entanto, essa associação não foi encontrada neste estudo. A literatura propõe que indivíduos com má, muito má, ou mesmo com razoável auto perceção de saúde, tenham mais probabilidades de referir solidão (26–28). Por exemplo, Sol et al. (2023) observou que indivíduos com pior auto perceção em saúde reportaram níveis mais elevados de solidão em observações posteriores. Por sua vez, o estudo longitudinal de Nummela et al. (2011) encontrou evidência de que estas variáveis se influenciam mutuamente, em ambas as direções, isto é, tal como má auto perceção em saúde leva a sentimentos negativos de solidão, sentirse só condiciona um indivíduo a interpretar o seu estado de saúde como pior. Reforçase, assim, a necessidade de, para além de investigar as correlações entre estas duas variáveis, a necessidade de entender as direções destas associações. Neste estudo estabeleceu-se uma associação entre a solidão e o processo de adaptação à instituição; indivíduos que referiram difícil adaptação mostraram-se mais propensos a experienciar solidão. De facto, 50% dos participantes com sentimentos negativos de solidão reportaram uma adaptação difícil à ERPI. O estudo de Sarah A. Wilson (1997), que descreve o processo de adaptação em três fases; fase de sobrecarga, fase de ajuste e fase de aceitação, concluiu que durante a fase inicial (de sobrecarga) os idosos referiram, comumente, sentimentos de solidão. Adicionalmente, uma transição não planeada para o lar resultava em períodos mais longos para alcançar a fase de aceitação (18). Da mesma forma, outros estudos propõem que a participação no processo de decisão, conjuntamente com personalidade resiliente, satisfação com a instituição e melhor suporte social percebido são fatores contribuintes para uma fácil adaptação (19,29). Portanto, é crucial compreender os facilitadores e agravantes da transição para uma ERPI para mitigar os sentimentos de solidão. A hipótese de que visitas aumentam o apoio social percebido confirmou-se; receber visitas desde o início do ano mostrou-se positivamente associado à perceção de apoio social familiar, enquanto a ausência de visitas associou-se a baixo apoio social percebido familiar. As normas e expectativas da sociedade, frequentemente, dão prioridade às relações familiares no contexto da velhice, resultando em visitas regulares de membros da família que cumprem com as suas obrigações sociais e prestam apoio aos seus entes queridos. Embora não conste dos dados de estudo, os participantes foram inquiridos sobre de quem recebiam visitas, tendo a maioria indicado receber visitas de familiares ou, em alguns casos, de familiares e de outras pessoas. A natureza das visitas poderá explicar a relação desta variável somente com o suporte social percebido familiar e não com as outras dimensões. Por outro lado, a frequência das visitas não mostrou qualquer associação com os níveis de suporte social, reforçando a ideia de que qualidade das visitas se sobrepõe à sua quantidade. Tanto a realização de contactos telefónicos como a sua frequência se correlacionaram positivamente com o apoio social percebido, alinhandose com dois estudos de intervenção realizados por Tsai et al. (2010, 2011), em que o suporte social percebido de idosos residentes em ERPIs melhorou após um programa de implementação de videoconferências com familiares (30,31). No presente estudo, a ausência de contactos telefónicos associou-se a baixo suporte social percebido familiar e do outro significativo, bem como a uma menor perceção global de apoio social. Enquanto visitar um conhecido a uma instituição é de difícil gestão devido a questões logísticas, como a deslocação e a coordenação de horários, os contactos telefónicos podem ser feitos a partir de qualquer lugar e a qualquer momento. Esta comodidade permite que amigos e pessoas próximas, sem a oportunidade de visitar, mantenham os seus laços. Deste modo, surge uma explicação para o facto dos contactos telefónicos se correlacionarem com o apoio social percebido do outro significativo e as visitas não. Infelizmente, os estudos encontrados integrados no tema, apenas fazem referência a contactos por videoconferência, não explorando outras formas de contacto telefónico, como as chamadas convencionais ou o envio de mensagens. A correlação entre solidão e visitas aos idosos não se verificou, embora o isolamento social se associe a maior prevalência de solidão (26,32). Num estudo realizado por Prieto-Flores et al. (2011), os idosos que apenas se reuniam uma a duas vezes por mês com a família, amigos ou vizinhos, apresentaram significativamente maiores probabilidades de sentir solidão. Drageset et al. (2004) também reportaram associações entre o contacto com amigos e a solidão social. Complementarmente, estudos conduzidos durante a pandemia COVID-19, período marcado por uma diminuição acentuada das interações sociais, a prevalência de solidão aumentou tanto na população geral, como nos idosos residentes em ERPIs (33,34). Apenas a frequência dos contactos telefónicos mostrou associação com a solidão, isto é, entre os idosos que estabelecem contactos telefónicos, aqueles que o fazem menos frequentemente, têm risco aumentado de experienciar solidão. Por outro lado, não estabelecer contactos telefónicos não mostrou a associação com a perceção de solidão. Estudos que analisam e investigam estas duas variáveis são escassos, no entanto, a associação positiva entre contactos telefónicos e diminuição de solidão já foi demonstrada, como por exemplo, no estudo de Drageset et al. (2004). Adicionalmente, os estudos de intervenção com programas de videoconferência, previamente mencionados, também demonstraram que este tipo de interações melhoram os sentimentos de solidão ao longo do tempo (30,31). Quanto às potencialidades do estudo, este beneficiou da sua localização em meio rural e do facto de todas as instituições do concelho terem sido integradas no estudo, no entanto, algumas limitações foram identificadas; o pequeno tamanho da amostra; a sua tipologia observacional, que não permite investigar a direção das correlações; e a extensão dos inquéritos aplicados, que acabaram por ser cansativos para os participantes. O decorrer da investigação durante o Verão também poderá ter influenciado alguns dos resultados obtidos. Nesta época em que é comum tirar férias, os familiares dos idosos residentes das ERPIs poderão estar mais presentes conduzindo a perceções mais favoráveis dos níveis de solidão e do suporte social. Conclusão Os resultados revelam que, embora os idosos em ERPIs no Sabugal geralmente apresentem elevado suporte social percebido, especialmente por parte dos seus familiares, e mantenham os seus laços sociais através de visitas e contactos telefónicos frequentes, uma porção notável apresenta sentimentos negativos de solidão. Reforça-se, assim, a noção de que a solidão é prevalente nesta população, contribuindo o estudo para a compreensão da prevalência de solidão nos idosos em ERPIs do Sabugal. Sublinha-se a necessidade de investigação adicional para determinar a prevalência aproximada de solidão entre os idosos residentes em ERPIs a nível nacional. Da mesma forma, dada a etiologia multifatorial da solidão, é crucial continuar a investigar e identificar os fatores de risco associados à solidão, uma vez que este estudo não estabelece nenhuma causalidade. Reconhecendo os efeitos prejudiciais da solidão na saúde dos idosos, esta deverá ser tratada como um fator de risco modificável para a saúde. Neste contexto, o papel e a importância dos profissionais de saúde, especialmente dos médicos, tornam-se críticos. Reconhecendo a importância da saúde mental, da solidão e das interações humanas para melhores resultados em saúde, a profissão médica dá um passo vital em direção a um novo paradigma. Embora a gestão de múltiplas patologias e da polifarmácia sejam inerentemente difíceis e demoradas, os médicos distinguem-se por tratarem as pessoas de forma holística e devem procurar tempo para o fazer. No contexto das ERPIs, os médicos desempenham um papel fundamental na promoção de um ambiente em que se prioriza a saúde mental. Na prática, podem avaliar e monitorizar, identificando sinais precoces de solidão, envolver as famílias e promover interações sociais. Pelo impacto da palavra e do conselho médico, podem colaborar com os trabalhadores das ERPIs, incentivado a que estes reconheçam a importância do apoio social e da solidão na saúde do idoso e, por último, podem advogar por políticas e práticas que integrem o apoio social como uma parte essencial dos cuidados geriátricos. Para além disto, o estudo reforça a importância das amizades e de outros laços socias que não os familiares para o bem-estar na velhice, e evidencia a associação entre o processo de adaptação à instituição e a solidão. Devem ser envidados esforços para promover este tipo de relações, sendo o uso do telefone/telemóvel uma medida prática e facilmente aplicável para atenuar a solidão, bem como o desenvolvimento de intervenções que simplifiquem e facilitem a transição ao lar. Finalmente, a expansão desta investigação a outros municípios, é essencial para uma compreensão abrangente das necessidades e desafios enfrentados pelos idosos residentes em ERPIs, em Portugal. Assim, facilitar-se-á o desenvolvimento de estratégias adequadas para a promoção do bem-estar desta população, ajudando a criar um ambiente harmonioso e menos solitário para os nossos idosos institucionalizados.
Introdução O fenómeno do envelhecimento, visível mundialmente, é notório em Portugal, trazendo novos desafios para as políticas de saúde e para a prestação de cuidados geriátricos (1,2). Esses desafios são atribuíveis à velhice ser uma etapa desafiante, com mudanças na dimensão física, psicológica e social do indivíduo. São proeminentes as patologias crônicas, a fragilidade e dependência acrescidas, as limitações na mobilidade e, com o reconhecimento da complexidade desta fase, as famílias recorrem, crescentemente, a ajuda na prestação de cuidados (3). Deste modo, muitos idosos optam pela transição do domicílio para Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPIs) tendo o número de idosos residentes nestas instituições vindo a aumentar. Entende-se esta transição como um processo complexo, o idoso deve adaptar-se a um novo e estranho ambiente onde, por um lado, recebe apoio, podendo aliviar a carga de responsabilidades pessoais, financeiras, domésticas, onde pode formar novas conexões com outros residentes, cuidadores formais e técnicos da ERPI. Por outro lado, esta transição acompanha-se de afastamento da sua comunidade e família, de perda de independência e autonomia, podendo trazer sentimentos negativos, como a inutilidade, o abandono ou a solidão (3,4). A solidão é uma experiência universal, que se entende por insatisfação com a discrepância entre as relações sociais desejadas e as obtidas, ou seja, deriva da experiência subjetiva da conexão humana (5–7). Embora seja um sentimento comum e em crescimento no mundo (8), quem a experiencia cronicamente sujeita-se a efeitos danosos para a saúde, estando a solidão associada ao aumento das taxas de morbilidade e mortalidade, à manifestação de sintomas depressivos, ao declínio cognitivo e ao risco de demência (9,10). Os efeitos negativos associados à solidão são, de um certo modo, expectáveis dada a natureza humana e a sua inerente necessidade de conexão. As relações estabelecidas por um indivíduo formam uma rede que, em conjunto com o seu papel na vida de um indivíduo, são a base do suporte social. O suporte social dividese em duas componentes, o suporte social recebido e o suporte social percebido (11), sendo este último um fator protetor de solidão: indivíduos com melhor suporte social percebido tem menos probabilidade de manifestarem sintomas negativos de solidão (6,12,13). Uma vez que estudos demonstram níveis mais elevados de solidão e inferior suporte social percebido entre idosos residentes em ERPIs, comparativamente com aqueles que residem na comunidade, é crucial focarmo-nos nesta população (14,15). Objetivos O presente trabalho propõe-se a avaliar residentes em ERPIs do Sabugal, o município português com o 7º maior índice de envelhecimento e um total de 968 vagas em estruturas residenciais para idosos (2,16). O estudo avalia e analisa a prevalência de solidão, o suporte social percebido, e as suas relações com o processo de adaptação à instituição, com a auto perceção de saúde, com as suas interações sociais e dados demográficos. Materiais e métodos Este estudo é do tipo observacional, descritivo e correlacional, integrado no projeto “O Perfil do Idoso Institucionalizado em Portugal” conduzido em ERPIs no município do Sabugal (n=21), com uma amostra randomizada de 350 adultos idosos. A investigação foi realizada por uma equipa de estudantes do MIM sob supervisão académica. Neste estudo, participaram apenas 119 idosos devido à necessidade dos idosos serem cognitivamente íntegros. Deste modo, todos os participantes tinham idade igual ou superior a 65 anos, residiam há mais de 3 meses na instituição, assinaram o formulário de consentimento e não tinham indícios de défice cognitivo, segundo os resultados do Mini Exame do Estado Mental de Folstein. Os participantes foram inquiridos sobre os seus dados demográficos, sobre o processo de institucionalização, sobre o seu status em saúde, o seu status funcional e social e foram aplicadas escalas de avaliação geriátrica, nomeadamente a Escala Multidimensional de Suporte Social Percebido (EMSSP) e a Escala de Solidão da UCLA. A análise estatística fez-se com recurso ao software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), a modelos de regressões logísticas para explicar sentimentos de solidão baseados nos níveis de suporte social, ajustados para o género e estado marital, aos teste de qui-quadrado e teste exato de Fisher para análise de associações estatisticamente significativas entre duas variáveis categóricas foram utilizados, a correlações de Spearman para medir associações estatisticamente significativas entre variáveis ordinais ou dicotômicas e valor de p < 0,05 como critério de significância estatística. Resultados A população em estudo, com uma média de idades de 87.0 anos, constituía-se, na sua maioria, por indivíduos do sexo feminino e viúvos. A decisão de institucionalização foi, maioritariamente, realizada pelo próprio ou por familiares. 63.0% reportou o processo de institucionalização como fácil. Desde o início do ano, a maioria recebeu visitas e estabeleceu contactos telefónicos, frequentemente. A auto perceção de saúde dos participantes distribuiu-se entre as três categorias: boa, razoável e má auto perceção de saúde. Uma porção significativa dos idosos obteve resultados indicativos de sentimentos negativos de solidão (37.0%, n=44). A maioria apresentou alto suporte social percebido da família (FamPSS), do outro significativo (SoPSS), alto suporte social total (tPSS) e suporte social médio dos amigos (FriPSS). Ter suporte social percebido baixo ou médio, nas diferentes subescalas, associou-se a probabilidades significativas de experienciar solidão (SoPSS, p<0.001, p=0.002; FriPSS, p<0.001, p=0.016; tPSS, p=0.004, p<0.001), excetuando na subescala da família, em que apenas suporte social percebido médio se associou à solidão (p=0.018). O processo de adaptação associou-se à perceção de solidão (p<0.001): 50% dos indivíduos com sentimentos negativos de solidão reportaram difícil adaptação à ERPI. O suporte social percebido associou-se positivamente a receber visitas (FamPSS, p=0.002; tPSS, p=0.006), a estabelecer contactos telefónicos (SoPSS, p=0.015; FamPSS, p=0.024, tPSS, p=0.006) e à sua frequência (SoPSS, p=0.028; FamPSS, p<0.001; FriPSS, p=0.038; tPSS, p=0.002). A solidão apenas se associou com a frequência dos contactos telefónicos (p=0.007). Discussão O estudo pretende avaliar idosos residentes em ERPIs quanto às suas características demográficas, solidão e suporte social percebido. A população, com idade média de 87.0 anos, predominantemente do sexo feminino, composta por viúvos e indivíduos com baixa literacia, assemelha-se às descritas em estudos análogos (15,17). A maioria dos participantes tinha filhos e netos, recebendo visitas e estabelecendo contactos telefónicos, frequentemente. Tendencialmente, os participantes referiram uma boa relação familiar previamente à institucionalização. A adaptação à ERPI foi globalmente descrita como fácil. A literatura sugere que a decisão partilhada quanto ao processo de institucionalização e o suporte social adequados, são fatores cruciais para uma adaptação bem-sucedida ao lar (18,19). Uma parte significativa dos participantes decidiu por si quanto à transição para a ERPI, estando inerentemente envolvido no processo. Adicionado à equação o elevado suporte social percebido dos idosos, compreende-se que a adaptação ao lar tenha sigo, globalmente, percebida como fácil. Quanto à perceção de solidão, a sua prevalência de 37.0% mostrou ser inferior comparativamente a outros estudos conduzidos tanto em Portugal. como na Europa (17,20). Contudo, a exata prevalência de solidão, particularmente entre os idosos residentes em ERPIs, permanece desconhecida. Gardiner et al. (2020) observaram uma variação significativa na prevalência de solidão nesta população, por todo o mundo, com uma variação de 31% a 100% para a solidão moderada e de 9% a 81% para solidão severa (21). Os resultados obtidos pela escala Multidimensional de Suporte Social Percebido evidenciam bom suporte social percebido pelos idosos, especialmente o suporte prestado pela família. Concordantemente com evidência anterior (3,22) e corroborando a hipótese de estudo, encontraram-se associações positivas entre suporte social percebido e solidão. O suporte social dos amigos e de outros significativos demonstraram acrescida significância, comparativamente com o suporte familiar. Esta descoberta assemelha-se aos resultados da meta-análise realizada por Zhang et al. (2012) (12). O valor atribuído aos diferentes tipos de relações pessoais, familiares, amistosas, amorosas, depende de fatores intrínsecos e extrínsecos. A idade e fase de vida em que um indivíduo se encontra parecem influenciar esta perceção. Sugere-se acrescida importância das amizades, e de outras relações que não as familiares, na velhice, uma vez que são relações com potencial de trazer mais satisfação e bem-estar emocional (23), por serem relações voluntárias, por os amigos tendencialmente partilharem mais interesses e experiências e especialmente pelo desejo dos idosos de manter a sua independência e autonomia, não querendo ser sentidos como um fardo para os seus familiares (24). Não se encontraram correlações entre solidão, gênero e estado marital, apesar da evidência apontar para o sexo masculino e viuvez como fatores de risco para a solidão (25). Um estudo conduzido em Espanha (2011), com idosos residentes na comunidade e idosos residentes em ERPIs, mostrou que as mulheres eram 56% menos prováveis de se sentirem sozinhas, e não ter um parceiro duplicava o risco de solidão, no entanto, estes resultados apenas se verificaram para os idosos na comunidade e não para os residentes de ERPIs (26). É plausível que pelo pequeno tamanho e homogeneidade da amostra, e pelo ambiente institucional, estas associações, no presente estudo, não se tenham verificado. À semelhança dos resultados de Prieto-Flores et al.(2011), esperava-se que uma boa auto perceção de saúde se associasse a sentimentos diminuídos de solidão, no entanto, essa associação não foi encontrada neste estudo. A literatura propõe que indivíduos com má, muito má, ou mesmo com razoável auto perceção de saúde, tenham mais probabilidades de referir solidão (26–28). Por exemplo, Sol et al. (2023) observou que indivíduos com pior auto perceção em saúde reportaram níveis mais elevados de solidão em observações posteriores. Por sua vez, o estudo longitudinal de Nummela et al. (2011) encontrou evidência de que estas variáveis se influenciam mutuamente, em ambas as direções, isto é, tal como má auto perceção em saúde leva a sentimentos negativos de solidão, sentirse só condiciona um indivíduo a interpretar o seu estado de saúde como pior. Reforçase, assim, a necessidade de, para além de investigar as correlações entre estas duas variáveis, a necessidade de entender as direções destas associações. Neste estudo estabeleceu-se uma associação entre a solidão e o processo de adaptação à instituição; indivíduos que referiram difícil adaptação mostraram-se mais propensos a experienciar solidão. De facto, 50% dos participantes com sentimentos negativos de solidão reportaram uma adaptação difícil à ERPI. O estudo de Sarah A. Wilson (1997), que descreve o processo de adaptação em três fases; fase de sobrecarga, fase de ajuste e fase de aceitação, concluiu que durante a fase inicial (de sobrecarga) os idosos referiram, comumente, sentimentos de solidão. Adicionalmente, uma transição não planeada para o lar resultava em períodos mais longos para alcançar a fase de aceitação (18). Da mesma forma, outros estudos propõem que a participação no processo de decisão, conjuntamente com personalidade resiliente, satisfação com a instituição e melhor suporte social percebido são fatores contribuintes para uma fácil adaptação (19,29). Portanto, é crucial compreender os facilitadores e agravantes da transição para uma ERPI para mitigar os sentimentos de solidão. A hipótese de que visitas aumentam o apoio social percebido confirmou-se; receber visitas desde o início do ano mostrou-se positivamente associado à perceção de apoio social familiar, enquanto a ausência de visitas associou-se a baixo apoio social percebido familiar. As normas e expectativas da sociedade, frequentemente, dão prioridade às relações familiares no contexto da velhice, resultando em visitas regulares de membros da família que cumprem com as suas obrigações sociais e prestam apoio aos seus entes queridos. Embora não conste dos dados de estudo, os participantes foram inquiridos sobre de quem recebiam visitas, tendo a maioria indicado receber visitas de familiares ou, em alguns casos, de familiares e de outras pessoas. A natureza das visitas poderá explicar a relação desta variável somente com o suporte social percebido familiar e não com as outras dimensões. Por outro lado, a frequência das visitas não mostrou qualquer associação com os níveis de suporte social, reforçando a ideia de que qualidade das visitas se sobrepõe à sua quantidade. Tanto a realização de contactos telefónicos como a sua frequência se correlacionaram positivamente com o apoio social percebido, alinhandose com dois estudos de intervenção realizados por Tsai et al. (2010, 2011), em que o suporte social percebido de idosos residentes em ERPIs melhorou após um programa de implementação de videoconferências com familiares (30,31). No presente estudo, a ausência de contactos telefónicos associou-se a baixo suporte social percebido familiar e do outro significativo, bem como a uma menor perceção global de apoio social. Enquanto visitar um conhecido a uma instituição é de difícil gestão devido a questões logísticas, como a deslocação e a coordenação de horários, os contactos telefónicos podem ser feitos a partir de qualquer lugar e a qualquer momento. Esta comodidade permite que amigos e pessoas próximas, sem a oportunidade de visitar, mantenham os seus laços. Deste modo, surge uma explicação para o facto dos contactos telefónicos se correlacionarem com o apoio social percebido do outro significativo e as visitas não. Infelizmente, os estudos encontrados integrados no tema, apenas fazem referência a contactos por videoconferência, não explorando outras formas de contacto telefónico, como as chamadas convencionais ou o envio de mensagens. A correlação entre solidão e visitas aos idosos não se verificou, embora o isolamento social se associe a maior prevalência de solidão (26,32). Num estudo realizado por Prieto-Flores et al. (2011), os idosos que apenas se reuniam uma a duas vezes por mês com a família, amigos ou vizinhos, apresentaram significativamente maiores probabilidades de sentir solidão. Drageset et al. (2004) também reportaram associações entre o contacto com amigos e a solidão social. Complementarmente, estudos conduzidos durante a pandemia COVID-19, período marcado por uma diminuição acentuada das interações sociais, a prevalência de solidão aumentou tanto na população geral, como nos idosos residentes em ERPIs (33,34). Apenas a frequência dos contactos telefónicos mostrou associação com a solidão, isto é, entre os idosos que estabelecem contactos telefónicos, aqueles que o fazem menos frequentemente, têm risco aumentado de experienciar solidão. Por outro lado, não estabelecer contactos telefónicos não mostrou a associação com a perceção de solidão. Estudos que analisam e investigam estas duas variáveis são escassos, no entanto, a associação positiva entre contactos telefónicos e diminuição de solidão já foi demonstrada, como por exemplo, no estudo de Drageset et al. (2004). Adicionalmente, os estudos de intervenção com programas de videoconferência, previamente mencionados, também demonstraram que este tipo de interações melhoram os sentimentos de solidão ao longo do tempo (30,31). Quanto às potencialidades do estudo, este beneficiou da sua localização em meio rural e do facto de todas as instituições do concelho terem sido integradas no estudo, no entanto, algumas limitações foram identificadas; o pequeno tamanho da amostra; a sua tipologia observacional, que não permite investigar a direção das correlações; e a extensão dos inquéritos aplicados, que acabaram por ser cansativos para os participantes. O decorrer da investigação durante o Verão também poderá ter influenciado alguns dos resultados obtidos. Nesta época em que é comum tirar férias, os familiares dos idosos residentes das ERPIs poderão estar mais presentes conduzindo a perceções mais favoráveis dos níveis de solidão e do suporte social. Conclusão Os resultados revelam que, embora os idosos em ERPIs no Sabugal geralmente apresentem elevado suporte social percebido, especialmente por parte dos seus familiares, e mantenham os seus laços sociais através de visitas e contactos telefónicos frequentes, uma porção notável apresenta sentimentos negativos de solidão. Reforça-se, assim, a noção de que a solidão é prevalente nesta população, contribuindo o estudo para a compreensão da prevalência de solidão nos idosos em ERPIs do Sabugal. Sublinha-se a necessidade de investigação adicional para determinar a prevalência aproximada de solidão entre os idosos residentes em ERPIs a nível nacional. Da mesma forma, dada a etiologia multifatorial da solidão, é crucial continuar a investigar e identificar os fatores de risco associados à solidão, uma vez que este estudo não estabelece nenhuma causalidade. Reconhecendo os efeitos prejudiciais da solidão na saúde dos idosos, esta deverá ser tratada como um fator de risco modificável para a saúde. Neste contexto, o papel e a importância dos profissionais de saúde, especialmente dos médicos, tornam-se críticos. Reconhecendo a importância da saúde mental, da solidão e das interações humanas para melhores resultados em saúde, a profissão médica dá um passo vital em direção a um novo paradigma. Embora a gestão de múltiplas patologias e da polifarmácia sejam inerentemente difíceis e demoradas, os médicos distinguem-se por tratarem as pessoas de forma holística e devem procurar tempo para o fazer. No contexto das ERPIs, os médicos desempenham um papel fundamental na promoção de um ambiente em que se prioriza a saúde mental. Na prática, podem avaliar e monitorizar, identificando sinais precoces de solidão, envolver as famílias e promover interações sociais. Pelo impacto da palavra e do conselho médico, podem colaborar com os trabalhadores das ERPIs, incentivado a que estes reconheçam a importância do apoio social e da solidão na saúde do idoso e, por último, podem advogar por políticas e práticas que integrem o apoio social como uma parte essencial dos cuidados geriátricos. Para além disto, o estudo reforça a importância das amizades e de outros laços socias que não os familiares para o bem-estar na velhice, e evidencia a associação entre o processo de adaptação à instituição e a solidão. Devem ser envidados esforços para promover este tipo de relações, sendo o uso do telefone/telemóvel uma medida prática e facilmente aplicável para atenuar a solidão, bem como o desenvolvimento de intervenções que simplifiquem e facilitem a transição ao lar. Finalmente, a expansão desta investigação a outros municípios, é essencial para uma compreensão abrangente das necessidades e desafios enfrentados pelos idosos residentes em ERPIs, em Portugal. Assim, facilitar-se-á o desenvolvimento de estratégias adequadas para a promoção do bem-estar desta população, ajudando a criar um ambiente harmonioso e menos solitário para os nossos idosos institucionalizados.
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