Publication
A janela da minha mãe
dc.contributor.advisor | Penafria, Manuela Maria Fernandes | |
dc.contributor.author | Soares, Tiago Daniel Borges | |
dc.date.accessioned | 2013-09-17T09:48:15Z | |
dc.date.available | 2013-09-17T09:48:15Z | |
dc.date.issued | 2011 | |
dc.description.abstract | O tema escolhido para este último ano lectivo de Mestrado foi “Cinema e Memória”. Ao ter de me debruçar sobre o tema decidi prontamente preparar o meu filme através do seguinte ponto: A negação do presente. É possível, no meu ponto de vista, após uma experiência traumática, crer genuinamente viver dentro de uma memória. Por outras palavras, ser condicionado pelo passado em omitir os factos e viver o mesmo dia repetidamente. Imaginar onze anos reduzidos e adulterados no mesmo e constante sábado. Esta clausura mnemónica torna-se possível quando existe um elemento vinculador capaz de prender uma pessoa ao passado. Este elemento é a Saudade, sentimento tipicamente português. A Janela da Minha Mãe é um misto de fantasia e repulsa. Eis que nasce Margarida, personagem principal do filme. Margarida crê inocentemente no regresso dos seus familiares e encontra-se incapaz de admitir o seu abandono. Antes de Margarida aparecer perante os olhos do espectador, ela é inexistente, o seu aparecimento coincide com a sua nascença. Quando “viva” aos nossos olhos, o seu vulto, os seus gestos e as suas acções, colocam margarida numa posição de “Fantasma”, ou de ser “não-vivo”. “Fantasma” ou “Não Viva”, por ter decidido negar a sua própria existência em detrimento da esperança. Margarida levanta-se todos dias pensando que é sábado. A presença evidente do seu abandono é velada pela da fantasia. Margarida foi inspirada em Miss LonelyHeart do filme Rear Window, de Hitchcock, que tal como ela, é inspirada no irreal. Ambas procuram existir sob o pretexto de esperar por alguém. Mas ao contrário de Miss LonelyHeart, Margarida está completamente embrenhada da realidade, afastada do resto da civilização, o seu único conforto é a casa e as tarefas domésticas. Ela defende-se da ausência através do quotidiano, os pratos, os talheres, os copos e os lençóis servem de referência para fazer viver a ilusão. Estes objectos, mudos e sem vida, ganham uma preponderância tal para ela, que acabam por permitir Margarida de sonhar. Refugiada no quotidiano, ela espera e desespera pela Família. A esperança, simbolizada por uma janela, é um elemento crucial do filme. Inspirada no filme Quatro noites com Anne, a janela irrompe nesta história enquanto elemento de transição, a sua existência é essencial para conseguir separar a fantasia de Margarida, do mundo real e cruel de Luís e Leandro, personagens principal do filme A Janela da minha. | |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.6/1332 | |
dc.language.iso | por | por |
dc.peerreviewed | yes | por |
dc.publisher | Universidade da Beira Interior | por |
dc.subject | Cinema - Relatório de estágio | por |
dc.subject | Cinema - Memória - Curta-metragem | por |
dc.subject | Cinema - Curta-metragem | por |
dc.title | A janela da minha mãe | por |
dc.type | master thesis | |
dspace.entity.type | Publication | |
oaire.citation.conferencePlace | Covilhã | por |
rcaap.rights | openAccess | por |
rcaap.type | masterThesis | por |