Repository logo
 
No Thumbnail Available
Publication

Doença crónica, qualidade de vida e comprometimento organizacional

Use this identifier to reference this record.
Name:Description:Size:Format: 
4416_8469.pdf2.44 MBAdobe PDF Download
4416_9138.pdf784.09 KBAdobe PDF Download

Abstract(s)

O presente trabalho tem como objetivo principal apurar se existem diferenças significativas na perceção do comprometimento organizacional entre sujeitos com e sem doença crónica de natureza reumática. Além deste objetivo, pretende avaliar a qualidade de vida relacionada com a saúde em sujeitos com doença crónica, de modo a medir a perceção que estes têm acerca da sua saúde. Propõe-se ainda estudar a relação entre a qualidade de vida, comprometimento organizacional e variáveis sociodemográficas, laborais e clínicas na amostra de sujeitos com doença crónica reumática. Para tal, foi desenvolvido um estudo não experimental, com dois questionários autoadministrados, um para cada amostra de sujeitos. Os instrumentos administrados foram os seguintes: MOS SF-36 (Ferreira, 2000), uma Escala de Comprometimento Organizacional e um questionário sociodemográfico. A amostra de sujeitos com doença crónica é composta por 27 participantes, maiores de 18 anos, com pelo menos uma doença crónica do foro reumático e com trabalho há 3 meses ou mais. A amostra de sujeitos sem doença é composta por 42 participantes, maiores de 18 anos, sem diagnóstico de doenças crónicas e com trabalho há mais de 3 meses. Em relação aos resultados, apenas foram encontradas diferenças significativas no comprometimento normativo dos sujeitos com e sem doença crónica, não se verificando o mesmo para as restantes dimensões e para o total do comprometimento. Dado que a pontuação do questionário SF-36 varia de 0 a 100, estipulou-se um valor de corte de 50 de modo a determinar os sujeitos que estão melhor ou pior. Os sujeitos que pontuaram menos que 50 consideram-se como tendo uma pior qualidade de vida, aqueles que pontuaram acima de 50 percecionam a sua qualidade de vida como boa. No presente trabalho, a pontuação do grupo de sujeitos com doença crónica foi acima de 50, o que significa que estes indicaram uma boa qualidade de vida. Ainda na amostra de sujeitos com doença reumática, observou-se que o número de faltas ao trabalho estava relacionado negativamente com quatro domínios da qualidade de vida (função física, desempenho físico, desempenho emocional e dor) e positivamente com a função social. Quanto à antiguidade na organização, observou-se uma relação positiva com o desempenho físico. Na mesma amostra, constatou-se que a dimensão afetiva do comprometimento organizacional está positivamente correlacionada com a idade e a antiguidade na organização. Porém, estas variáveis não predizem o comprometimento afetivo de forma significativa. Na amostra de sujeitos sem doença crónica, encontraram-se correlações entre o comprometimento calculativo e a idade, e o comprometimento normativo e a idade, ambas positivas. Se por um lado a idade é preditor do comprometimento calculativo, por outro lado a mesma variável não prediz o comprometimento normativo. Após a discussão dos resultados obtidos, o presente trabalho termina com os contributos e limitações da investigação e com sugestões para futuras investigações.
The main aim of this work is whether there are significant differences in organizational commitment of individuals with chronic disease and subjects without disease, relying on the help of the quality of life related to health that will measure their levels in order to understand what are the perceptions that the subject with chronic disease makes about his state of health and quality of life. In addition, it is proposed to relate the two key concepts of this study (quality of life and organizational commitment) with sociodemographic variables, labor and clinics. To this end, we developed a non-experimental study, with two self-administered questionnaires, one for each sample of subjects. The questionnaire administered was composed by the MOS SF-36 (Ferreira, 2000), the scale of organizational commitment (Bruno, 2007) and a demographic questionnaire. The sample of subjects with chronic disease was composed by 27 participants, collected at Centro Hospitalar Cova da Beira and Centro Hospitalar Tondela-Viseu. The sample of subjects without disease is composed by 42 participants. In general, the results showed that the quality of life related to health is perceived, by subjects with chronic disease, as good, in spite of health that has been perceived as bad. There were correlations between the variable fouls and five domains of quality of life (physical function, physical performance, emotional performance, pain and social function) and correlation between the age and the physical performance. In relation to organizational commitment, it was verified that this, the affective dimension, in subjects with disease, is correlated with age and seniority, but these variables did not predict the affective organizational commitment. In the sample of subjects without chronic disease, there are correlations between the continuance commitment and age, and the normative organizational commitment and age. If on the one hand the age is a predictor of continuance commitment, on the other hand the same variable does not predict normative organizational commitment. Finally, significant differences were found only in normative organizational commitment of the two samples, and there is not the same for the other dimensions and for the total commitment. After the discussion of the obtained results, this present work ends with the contributions and limitations of research and suggestions for future research.

Description

Keywords

Comprometimento Organizacional Doença Crónica Reumática Qualidade de Vida

Citation

Research Projects

Organizational Units

Journal Issue