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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Introduction: Schizophrenia is the paradigm of severe mental illness, being its
treatment a great challenge since its recognition. About ? to ½ of patients do not
respond or only show a partial response to antipsychotic treatment, for whom clozapine
is recommended, which is effective in 30-50% of patients with treatment-resistant
schizophrenia but requires regular monitoring due to agranulocytosis risk and several
other common adverse effects. In addition, a significant minority of these patients
maintain important symptoms, despite treatment with clozapine. For those, there are
no approved interventions, with studies hypothesizing benefits with drug combinations
and electroconvulsive therapy. Amisulpride, as an adjunctive to clozapine, has been
considered a potential therapeutic alternative for its complementary pharmacological
profile and the possibility of counteracting adverse effects induced by clozapine.
Methods: A literature search was performed in PubMed (MEDLINE), Scopus and
Cochrane Library, with “clozapine”, “amisulpride” and “schizophrenia” or “psychosis”,
yielding 856 articles. Thirteen were suitable for this comprehensive systematic review,
of which 7 were interventional studies (randomized controlled trials and pre-post), 1
observational study (retrospective) and 5 descriptive studies (case series and case
reports). Only two studies were suitable for meta-analysis.
Results: Amisulpride as an adjunctive to clozapine appeared to be effective in
descriptive and observational studies and in a few interventional studies. However, it
did not show superiority in some interventional and higher quality studies. A reduction
in some of clozapine’s side effects (sialorrhea mostly) was reported in some studies.
Discussion: Amisulpride when added to clozapine therapy apparently revealed a slight
clinical improvement in patients with treatment-resistant schizophrenia, compared to
placebo. However, the scarcity of studies exploring the efficacy of amisulpride as an
add-on, with studies quality ranging from moderate to very low, preclude definite
conclusions. Further research is needed so this add-on therapy can be included in
standard treatment algorithms. Due to the possibility of a wide range of benefits to be observed with amisulpride, it is advised that some concomitant disturbances, such as
substance use, violence, and clozapine’s side effects, should be also assessed.
Introdução: A esquizofrenia é o paradigma da doença mental grave e o seu tratamento tem sido um verdadeiro desafio desde a sua descoberta. Cerca de ? a ½ dos doentes não responde ou apresenta apenas uma melhoria parcial com os antipsicóticos, sendo recomendada a utilização de clozapina, eficaz em 30-50% dos doentes com esquizofrenia resistente e carecendo de monitorização regular devido ao risco de agranulocitose, entre outros. Assim, uma minoria significativa destes doentes mantém sintomas importantes mesmo apesar do tratamento. Para estes, não existem intervenções eficazes, tendo sido publicados estudos com várias combinações de fármacos e terapia electroconvulsiva. A amissulprida, como adjuvante à clozapina, tem sido equacionada como potencial alternativa terapêutica, tendo em conta o seu perfil farmacológico complementar e a mitigação dos efeitos adversos induzidos pela clozapina. Métodos: Uma pesquisa de literatura foi realizada no PubMed (MEDLINE), SCOPUS e Cochrane Library, com as palavras “clozapina”, “amissulprida” e “esquizofrenia” ou “psicose”, tendo resultado em 856 artigos. Após averiguação, 13 estudos foram adequados para a revisão sistemática, dos quais 7 são do tipo de intervenção (tais como ensaios clínicos e pré-pós), 1 estudo é observacional (retrospectivo) e 5 estudos são casos clínicos descritivos. Apenas 2 estudos foram pertinentes para a meta-análise. Resultados: A utilização da amissulprida como adjuvante da clozapina aparentou ser eficaz nos estudos descritivos e observacionais e também em alguns estudos de intervenção. Contudo, não mostrou superioridade em alguns estudos de intervenção e de melhor qualidade. A aparente redução de alguns efeitos secundários associados à clozapina (principalmente a sialorreia) foi observada em alguns destes estudos. Discussão: A amissulprida como adjuvante da clozapina revelou aparentemente uma ligeira melhoria clínica em doentes com esquizofrenia resistente, comparativamente ao placebo. Contudo, a escassez de estudos que explorem a eficácia da adjuvância de amissulprida, com a qualidade dos estudos variando entre moderada a muito baixa, impede conclusões definitivas. Futura investigação é necessária para que esta terapia possa ser incluída nos algoritmos de tratamentos padrão. Devido à possibilidade de um largo espectro de benefícios observados, é aconselhado que alguns distúrbios concomitantes, como a dependência alcoólica ou a violência, sejam também avaliados.
Introdução: A esquizofrenia é o paradigma da doença mental grave e o seu tratamento tem sido um verdadeiro desafio desde a sua descoberta. Cerca de ? a ½ dos doentes não responde ou apresenta apenas uma melhoria parcial com os antipsicóticos, sendo recomendada a utilização de clozapina, eficaz em 30-50% dos doentes com esquizofrenia resistente e carecendo de monitorização regular devido ao risco de agranulocitose, entre outros. Assim, uma minoria significativa destes doentes mantém sintomas importantes mesmo apesar do tratamento. Para estes, não existem intervenções eficazes, tendo sido publicados estudos com várias combinações de fármacos e terapia electroconvulsiva. A amissulprida, como adjuvante à clozapina, tem sido equacionada como potencial alternativa terapêutica, tendo em conta o seu perfil farmacológico complementar e a mitigação dos efeitos adversos induzidos pela clozapina. Métodos: Uma pesquisa de literatura foi realizada no PubMed (MEDLINE), SCOPUS e Cochrane Library, com as palavras “clozapina”, “amissulprida” e “esquizofrenia” ou “psicose”, tendo resultado em 856 artigos. Após averiguação, 13 estudos foram adequados para a revisão sistemática, dos quais 7 são do tipo de intervenção (tais como ensaios clínicos e pré-pós), 1 estudo é observacional (retrospectivo) e 5 estudos são casos clínicos descritivos. Apenas 2 estudos foram pertinentes para a meta-análise. Resultados: A utilização da amissulprida como adjuvante da clozapina aparentou ser eficaz nos estudos descritivos e observacionais e também em alguns estudos de intervenção. Contudo, não mostrou superioridade em alguns estudos de intervenção e de melhor qualidade. A aparente redução de alguns efeitos secundários associados à clozapina (principalmente a sialorreia) foi observada em alguns destes estudos. Discussão: A amissulprida como adjuvante da clozapina revelou aparentemente uma ligeira melhoria clínica em doentes com esquizofrenia resistente, comparativamente ao placebo. Contudo, a escassez de estudos que explorem a eficácia da adjuvância de amissulprida, com a qualidade dos estudos variando entre moderada a muito baixa, impede conclusões definitivas. Futura investigação é necessária para que esta terapia possa ser incluída nos algoritmos de tratamentos padrão. Devido à possibilidade de um largo espectro de benefícios observados, é aconselhado que alguns distúrbios concomitantes, como a dependência alcoólica ou a violência, sejam também avaliados.
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Keywords
Amissulprida Clozapina Esquizofrenia Psicose