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Authors
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Abstract(s)
Introdução: Actualmente, cerca de 80% das pessoas com mais de 65 anos sofrem, pelo menos,
de uma doença crónica. Seja de natureza física, mental ou de ambas, a doença crónica é uma
das maiores causas de incapacidade, significando a perda de independência e muitas vezes da
própria autonomia. O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de
morbilidade e mortalidade em todo o mundo, tendo sido apontado pela Direcção Geral de
Saúde como a principal causa de incapacidade para idosos em Portugal. A (in)capacidade
funcional é um dos outcomes mais importantes após um AVC, sendo a sua avaliação das mais
complexas, pois envolve a conjugação de vários factores. A fisioterapia tem um papel
fundamental no processo de reabilitação, sendo que grande parte da recuperação funcional
pode ser atribuída à prática efectiva da fisioterapia. A intervenção domiciliária deve dar uma
resposta útil perante o aumento significativo de solicitações por parte dos utentes, o aumento
da esperança média de vida, o aumento de utentes com patologias crónicas e a necessidade
de diminuição dos dias de internamento hospitalar. Contudo, em Portugal não existe uma
uniformização nos serviços públicos de saúde sobre os cuidados específicos de fisioterapia
domiciliária, à excepção da carteira de serviços dos fisioterapeutas englobados nos Cuidados
de Saúde Primários. Objectivos: O objectivo geral desta investigação correspondeu à
avaliação da capacidade funcional, durante um período de dois meses, dos utentes com
sequelas de AVC submetidos a um programa de fisioterapia domiciliária através da sua
integração em Equipas de Cuidados Continuados Integrados. Materiais e Métodos: A amostra
foi constituída por 46 idosos com sequelas de AVC, que se encontravam integrados nas ECCIs
do Distrito da Guarda. Cada utente foi submetido a dois momentos de avaliação, com
intervalo de dois meses e correspondente a um total de 20 sessões de fisioterapia
domiciliária, com periodicidade de 2 sessões por semana. Em cada momento de avaliação foi
avaliada a capacidade funcional dos utentes através da aplicação do Índice de Barthel (IB) e
da Motor Assessment Scale (MAS), sendo que na primeira avaliação foi ainda aplicado um
questionário de caracterização. Resultados: Dos 46 utentes incluídos no estudo 28 eram do
sexo masculino e 18 do feminino, e 41,3% apresentavam idades entre 75-84anos. O tipo de
AVC mais frequente foi o Isquémico (60,9%), sendo a lesão do hemisfério esquerdo a
predominante (56,5%). Na maioria dos casos o cuidador é o cônjuge (60,9%) com idade média
de 62,98. Relativamente à avaliação da capacidade funcional, os resultados apontam para um
aumento de 10,17 pontos na média da MAS (média em t0 = 15,24 e em t1 = 25,41) e de 21,41
pontos na média do IB (média em t0 = 40,11 e em t1=61,52), sugerindo uma melhoria na
funcionalidade, que se evidenciou significativa após a realização de 20 sessões de fisioterapia
domiciliária (p=0,001 para a MAS e p=0,001 para a IB). Conclusão: A realização de um
programa de 20 sessões de fisioterapia domiciliária evidenciou uma melhoria significativa na capacidade funcional em idosos vítimas de AVC, quando medida pelo Índice de Barthel
(p=0,001) e pela Motor Assessment Scale (p=0,001).
Description
Keywords
Idosos - Acidente Vascular Cerebral Idosos - Acidente Vascular Cerebral - Fisioterapia domiciliária Idosos - Acidente Vascular Cerebral - Fisioterapia - Avaliação Cuidados de saúde primários - Fisioterapia
Citation
Publisher
Universidade da Beira Interior