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COVID-19, Anxiety Symptoms and Psychosocial Risks throught the Lens of Sexual Orientation

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Abstract(s)

This dissertation is presented in a scientific article format and encompasses two investigations, as well as a general discussion. The first investigation aims to explore the impact of COVID-19 on anxiety symptoms by analyzing discrepancies due to sexual orientation in a Portuguesespeaking sample. 1590 inviduals participated in the study, 63% women and 88% selfidentified as heterosexual. The results obtained reveal that anxiety symptoms were higher than expected, and several significant differences were found: women and bisexual participants presented higher anxiety symptoms than men and heterosexual and gay or lesbian participants. It was also visible that anxiety symptoms were negatively correlated with age and positively with the aggravated responses of COVID19, the Fear of COVID-19 and the Negative Impact of COVID-19. Finally, hierarchical linear regression analysis showed that age, gender and sexual orientation explained 9% of the anxiety variation symptoms, moving to 28% when added the Fear and Negative Impact of COVID-19. In conclusion this study provides an important contribution to the understanding of factors arising from the pandemic that may affect the mental health of sexual minorities. The second investigation aims to understand the psychosocial impact of the COVID-19 pandemic on the experiences and perception of Portuguese and Brazilian LGB people. The study included 65 participants self-identified as LGB who answered the open-ended question: "As a sexual minority person, please elaborate on how the COVID-19 pandemic has impacted on your life”. A thematic analysis of the participants' responses was carried out, which revealed nine recurrent themes, including mental health, isolation, relationships, work-related problems, financial problems, educationrelated problems, LGBTQI issues, coping and changes, encompassing these themes 18 subcategories. In conclusion, the results give voice to the Portuguese and Brazilian LGB during the COVID-19 pandemic, revealing specific challenges intensified by stigma and sexual discrimination, expanded by preexisting social inequalities. In the general discussion, some implications relating to the two investigations presented are discussed and some suggestions are provided according to the results obtained.
A presente dissertação pretende avaliar, através do primeiro artigo científico, o impacto da COVID-19 nos sintomas de ansiedade, analisando eventuais discrepâncias em função da orientação sexual, e, por meio do segundo, compreender o impacto psicossocial nas experiências e perceção de pessoas LGB durante a pandemia COVID19. Neste sentido, espera-se contribuir para a compreensão e o esclarecimento de fatores consequentes da pandemia em curso na saúde mental das minorias sexuais. Relativamente ao estudo exposto no capítulo 1, os dados foram recolhidos através de um site online criado com essa finalidade, no qual foram expostos os objetivos do estudo, as instruções de preenchimento e esclarecidas as questões éticas. Os critérios de inclusão compreendiam ter idade igual ou superior a 18 anos e ser falante nativo de Português (de Portugal ou do Brasil). Colaboraram no estudo 1590 participantes, sendo 63% mulheres e 88% autoidentificados como heterossexual, 6.1% como bissexual e 5.9% como gay ou lésbica. Os participantes responderam à escala de Sintomas de Ansiedade do BSI-18, de modo a identificar problemas ou sintomas vivenciados na semana anterior; à escala de Medo da COVID-19, com o intuito de avaliar a presença de medo resultante da pandemia; e à escala de Impacto Negativo da COVID-19, por forma a medir a perceção dos participantes quanto ao impacto negativo da pandemia nas suas vidas. A consistência interna revelou-se adequada para todas as medidas, em concreto .94 pontos na escala de Sintomas de Ansiedade do BSI-18 e .86 pontos nas escalas Medo e Impacto Negativo da COVID-19, traduzindo uma excelente confiabilidade. Foi realizado um Teste-t de amostras independentes que revelou que as mulheres da amostra apresentaram níveis mais elevados de sintomas de ansiedade (M=1.14) comparativamente com os homens (M=.86). A ANOVA de uma via demonstrou que os participantes autoidentificados como bissexuais apresentaram níveis mais elevados de sintomas de ansiedade (M=1.45), seguidos dos gays ou lésbicas (M=1.30) e heterossexuais (M=.99). O teste de correlação de Pearson permitiu constatar que os sintomas de ansiedade se correlacionam forte e negativamente com a idade (r=-.203), e se correlacionam forte e positivamente com o Medo da COVID-19 (r=.363), com o Impacto Negativo da COVID-19 (r=.426) e com as respostas agravadas da COVID-19 (r=.505). A análise de regressão linear hierárquica explicou inicialmente 9% da variância dos sintomas de ansiedade quando inseridas as variáveis idade, género a orientação sexual, aumentando para 28% quando inseridos o medo e o impacto negativo da COVID-19, traduzindo que todas as variáveis em análise eram preditoras de sintomas de ansiedade. O estudo em análise procurou explorar a relação existente entre os sintomas de ansiedade, o género, a orientação sexual e os fatores inerentes à COVID-19, tais como o medo, o seu impacto e a perceção das respostas agravadas pela mesma. As principais conclusões evidenciaram o impacto desigual da COVID-19 na saúde mental da população mundial, em específico em quem se encontrava em situações de vulnerabilidade, salientando, desta forma, a necessidade de se promover a criação e desenvolvimento de estratégias de intervenção psicológica que deem resposta às dificuldades sentidas por esta população. No que tange à investigação exibida no capítulo 2, os dados foram recolhidos por meio do site utilizado no primeiro artigo, contando igualmente com a explanação dos objetivos, das instruções de preenchimento e do asseguramento das questões éticas. Os critérios de inclusão incluíam ter idade igual ou superior a 18 anos e ser falante nativo de Português (de Portugal ou do Brasil). Contou-se com respostas de 65 participantes autoidentificados como LGB, dos quais 47.7% gay ou lésbica e 44.6% bissexual, sendo 52% homens. Os participantes responderam à pergunta aberta “Enquanto uma pessoa pertencente a uma minoria sexual, descreva de que forma a pandemia da COVID-19 impactou a sua vida?”. Foi realizada uma análise temática das respostas dos participantes que evidenciou a presença de nove temas, compreendendo 18 categorias, nomeadamente saúde mental (depressão, ansiedade, medo, raiva e solidão), isolamento (distanciamento social e impedimentos de lazer), relacionamentos (família e amigos), problemas relacionados ao trabalho, problemas financeiros, problemas relacionados à educação, questões LGBTQI (barreiras em saúde, voltar para o armário, eventos de comemoração do orgulho e namoro virtual), coping (procura de apoio, acesso a informações e atividades físicas) e mudanças (mudanças comportamentais e oportunidade de crescimento). O presente estudo pretendeu explorar a relação existente entre a pandemia, o seu impacto psicossocial e a orientação sexual. Como principais conclusões do estudo retém-se o maior risco e sofrimento percecionados pelas pessoas LGB durante a pandemia COVID-19 comparativamente a pessoas heterossexuais, demonstrando a importância de se ter em conta esta população para o desenvolvimento de estratégias para lidar com a pandemia em curso, bem como o ajuste por parte dos serviços de saúde física, mental, específicos e educacionais e a criação de redes de apoio social no decorrer da pandemia.

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Anxiety Symptoms Brazil Fear of Covid-19 Lgb People Negative Impact of Covid-19 Portugal Psychosocial Impacts Sexual Orientation

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