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Authors
Abstract(s)
Introduction: Drugs used for anesthesia in electroconvulsive therapy (ECT) have
anticonvulsant properties that can affect seizure quality and duration. The anesthetic-toelectric stimulus time interval has been recently researched due its possible influence on
treatment efficacy since it indirectly determines the brain concentration of anesthetic at
the time of electric stimulation. In this study, we assessed the impact of the anesthetic-toelectric stimulus (ATES) time interval on EEG parameters and motor seizure duration, in
patients undergoing ECT.
Methods: This is an observational retrospective study, in which seizure quality parameters
on EEG (duration, stereotypy, regularity, postictal suppression, and global quality) and
seizure motor duration were previously recorded and then analyzed by a psychiatrist.
Statistical analysis was performed with Linear Mixed Effects Models to assess the
relationship between anesthetic-to-electric stimulus time interval on outcome variables,
adjusting for potential confounding factors.
Results: Forty-two patients and 490 ECT sessions were included in this study. A positive
impact of a longer anesthetic-to-electric stimulus time interval was found in all EEG
parameters (increased stereotypy, regularity, postictal suppression, and global seizure
quality) and in motor seizure duration.
Limitations: Besides possible data and operator bias inherent to the retrospective design,
variables such as pretreatment ventilation and the effects of patient medication were not
controlled.
Conclusion: We demonstrated that longer anesthetic-to-electric stimulus time interval had
a positive impact on ECT quality. Therefore, we defend a personalized procedure for
determination of time intervals between anesthetic induction and muscle relaxant or
electric stimulus for each patient.
Introdução: Os fármacos utilizados na anestesia em eletroconvulsivoterapia (ECT) possuem efeito anticonvulsivo que pode reduzir a qualidade e a duração da convulsão. O intervalo de tempo entre a indução anestésica e o estímulo elétrico tem sido investigado, recentemente, devido à possível influência sobre o tratamento, uma vez que determina indiretamente a concentração cerebral de anestésico no momento da estimulação elétrica. Neste estudo, avaliou-se o impacto do intervalo decorrido entre a indução anestésica e o estímulo elétrico sobre os parâmetros no eletroencefalograma (EEG) e a duração motora das convulsões, em pacientes submetidos a eletroconvulsivoterapia. Métodos: Este é um estudo observacional retrospetivo, em que os indicadores de qualidade da convulsão no EEG (duração, estereotipia, regularidade, supressão pós-ictal e qualidade global) e a duração de convulsão motora observável foram previamente registados e, posteriormente, avaliados por um psiquiatra. A análise estatística foi realizada com Modelos Lineares de Efeitos Mistos, avaliando a relação do intervalo de tempo anestésico-a-estímulo elétrico com variáveis de resultado, ajustada para potenciais fatores confundidores. Resultados: Incluíram-se 42 pacientes e um total de 490 sessões de eletroconvulsivoterapia. Mostrou-se um impacto positivo de um maior intervalo de tempo anestésico-a-estímulo elétrico em todos os parâmetros do EEG (melhor estereotipia, regularidade, supressão pós-ictal e qualidade global da convulsão) e na duração de convulsão motora. Limitações: Além dos possíveis vieses de dados e de operador pela natureza retrospetiva do estudo, não foram controladas variáveis como o efeito da ventilação nem das medicações habituais dos doentes. Conclusão: Demonstrou-se que um maior intervalo de tempo entre a indução anestésica e o estímulo elétrico tem um impacto positivo na qualidade da ECT. Desta forma, propõe-se a definição e difusão de um procedimento personalizado de determinação dos intervalos de tempo entre indução anestésica e o relaxante muscular ou o estímulo elétrico para cada doente.
Introdução: Os fármacos utilizados na anestesia em eletroconvulsivoterapia (ECT) possuem efeito anticonvulsivo que pode reduzir a qualidade e a duração da convulsão. O intervalo de tempo entre a indução anestésica e o estímulo elétrico tem sido investigado, recentemente, devido à possível influência sobre o tratamento, uma vez que determina indiretamente a concentração cerebral de anestésico no momento da estimulação elétrica. Neste estudo, avaliou-se o impacto do intervalo decorrido entre a indução anestésica e o estímulo elétrico sobre os parâmetros no eletroencefalograma (EEG) e a duração motora das convulsões, em pacientes submetidos a eletroconvulsivoterapia. Métodos: Este é um estudo observacional retrospetivo, em que os indicadores de qualidade da convulsão no EEG (duração, estereotipia, regularidade, supressão pós-ictal e qualidade global) e a duração de convulsão motora observável foram previamente registados e, posteriormente, avaliados por um psiquiatra. A análise estatística foi realizada com Modelos Lineares de Efeitos Mistos, avaliando a relação do intervalo de tempo anestésico-a-estímulo elétrico com variáveis de resultado, ajustada para potenciais fatores confundidores. Resultados: Incluíram-se 42 pacientes e um total de 490 sessões de eletroconvulsivoterapia. Mostrou-se um impacto positivo de um maior intervalo de tempo anestésico-a-estímulo elétrico em todos os parâmetros do EEG (melhor estereotipia, regularidade, supressão pós-ictal e qualidade global da convulsão) e na duração de convulsão motora. Limitações: Além dos possíveis vieses de dados e de operador pela natureza retrospetiva do estudo, não foram controladas variáveis como o efeito da ventilação nem das medicações habituais dos doentes. Conclusão: Demonstrou-se que um maior intervalo de tempo entre a indução anestésica e o estímulo elétrico tem um impacto positivo na qualidade da ECT. Desta forma, propõe-se a definição e difusão de um procedimento personalizado de determinação dos intervalos de tempo entre indução anestésica e o relaxante muscular ou o estímulo elétrico para cada doente.
Description
Keywords
Estímulo Elétrico Indução Anestésica Qualidade da Convulsão Reorientação Terapia Electroconvulsiva