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Avaliação dos Efeitos do Confinamento na Saúde Mental e o Recurso a Ansiolíticos e Antidepressivos nos estudantes da Universidade da Beira Interior

datacite.subject.fosCiências Médicas::Ciências da Saúde::Ciências Farmacêuticaspor
dc.contributor.advisorAlba, Maria Eugénia Gallardo
dc.contributor.advisorRosado, Tiago Alexandre Pires
dc.contributor.authorMartins, Ana Rita Carvalho
dc.date.accessioned2023-05-12T11:23:24Z
dc.date.available2023-05-12T11:23:24Z
dc.date.issued2023-01-16
dc.date.submitted2022-11-21
dc.description.abstractO presente relatório surge no âmbito da unidade curricular Estágio com vista à obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas e encontra-se dividido em 2 capítulos: o Capítulo I referente à vertente de investigação e o Capítulo II relativo à experiência profissionalizante na vertente de Farmácia Comunitária. O primeiro capítulo diz respeito ao projeto de investigação intitulado de “Avaliação dos Efeitos do Confinamento na Saúde Mental e o Recurso a Ansiolíticos e Antidepressivos nos estudantes da Universidade da Beira Interior”. O vírus SARS-CoV-2 foi identificado pela primeira vez no final de 2019, na cidade de Wuhan, China. Trata-se de um agente patogénico que causa principalmente infeções respiratórias, mas também pode apresentar manifestações cardiovasculares, renais, endócrinas, neurológicas, entre outras. A doença provocada por este vírus, designa-se COVID-19. A sua propagação rapidamente atingiu uma escala mundial, devido à rápida velocidade de contágio, causando uma acentuada subida no número de casos de infeção. Para conter a propagação do vírus, Portugal e vários países da Europa e de outras regiões do mundo, decretaram o estado de emergência, sendo implementadas várias medidas de contenção, tais como: confinamento obrigatório e encerramento de espaços públicos, incluindo Instituições de Ensino Superior. Assim, durante o período crítico desta doença, os estudantes universitários viram-se obrigados a abandonar a chamada “vida académica” (reuniões sociais, estudos em grupo e aulas presenciais) para regressar a casa a meio do semestre. Todas estas mudanças abruptas nas suas rotinas e atividades diárias, associadas ao medo da infeção ou medo da transmissão a outros, a diminuição dos contactos sociais e a preocupação com um futuro incerto, desencadearam instabilidade emocional e sofrimento psicológico, potenciando o consumo de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos. Desta forma, realizou-se um estudo observacional e transversal através da aplicação de um inquérito online anónimo e confidencial, respondido por 370 estudantes da população dos 8573 alunos inscritos na Universidade da Beira Interior (UBI) no ano letivo 2021/2022. Este teve por objetivo avaliar, não só, os efeitos do confinamento na saúde mental, como também perceber a sua relação com o recurso a medicamentos ansiolíticos e antidepressivos na população descrita em epígrafe. Adicionalmente, tentou-se compreender quais foram os principais efeitos do confinamento na saúde mental, sentidos pelos estudantes, e quais os motivos que contribuíram para tal, assim como os motivos que originaram o consumo dos medicamentos referidos anteriormente possíveis efeitos adversos resultantes do consumo dos mesmos e, por último, avaliar o conhecimento e atitudes dos estudantes em relação aos medicamentos. Este inquérito online e inscrito na plataforma Google Forms, obteve aprovação por parte da Comissão de Ética (CE) da UBI no mês de fevereiro de 2022. Dos resultados obtidos fez parte a amostra dos 370 participantes, com uma maior percentagem de alunos do sexo feminino (78,4%), da faixa etária dos 18 aos 21 anos (53,8%) e da área das ciências da saúde (56,5%). O ciclo de estudos mais predominante foi o mestrado integrado (44,1%), sendo que o ano de curso mais prevalente foi o primeiro (25,1%). O confinamento foi capaz de afetar a saúde mental da maior parte dos estudantes (56,8%), sendo que os mais afetados foram os participantes do sexo feminino (58,3%), da faixa etária dos 26 aos 29 anos (80,0%), da área das ciências (83,3%), do 5.º ano (80,5%) e os alunos de doutoramento (76,9%). No que diz respeito à forma como o confinamento afetou a saúde mental, “Desmotivação” (32,4%), “Ansiedade” (24,3%) e “Stress” (21,0%), foram os efeitos negativos mais relatados pelos inquiridos, sendo a “Vida social reduzida” (27,1%), a “Falta de rotina” (24,3%), a “Preocupação com o sucesso académico” (21,9%) e a “Adaptação a uma vida diferente” (20,5%) os motivos maioritariamente apontados que contribuíram para esses efeitos. De entre as duas classes terapêuticas abordadas neste estudo, a mais consumida foi a dos ansiolíticos com 14,6% face aos antidepressivos (7,6%). De um modo geral, como resultados da associação entre o consumo destes medicamentos e as características sociodemográficas da amostra estudada, conclui-se que os que apresentaram uma maior percentagem de consumo foram o sexo masculino (com 20,0% e 8,8% para ansiolíticos e antidepressivos, respetivamente), da faixa etária dos 30 ou mais (36,8%) e pertencente à área das engenharias (34,8%) no caso dos ansiolíticos, e da faixa etária dos 26 a 29 anos (40,0%) e da área das ciências (16,7%) no caso dos antidepressivos. Correlacionando os efeitos do confinamento com o recurso a medicamentos ansiolíticos e antidepressivos, conclui-se que dentro da amostra de estudantes que foram afetados negativamente pelo confinamento (56,8%), 22,4% são consumidores de ansiolíticos e 9,5% de antidepressivos. Dos 22,4%, 53,2% já eram consumidores de ansiolíticos antes do confinamento, sendo que desses, 28,0% ajustou a dose, enquanto quase metade (46,8%) não consumiam antes do confinamento, sendo que em 72,7% desses, o consumo foi devido à pandemia. Já dos 9,5% que consomem antidepressivos, a maioria (65,0%) já tomava estes medicamentos antes do confinamento, sendo que 23,1% ajustou a dose, enquanto 35,0% não consumia antes do confinamento, sendo que em 42,9% desses, o consumo foi devido à pandemia. Por fim, no que concerne aos conhecimentos e atitudes por parte dos estudantes relativamente aos medicamentos abordados, quase na totalidade estão cientes e bem conscientizados em relação às temáticas destas substâncias. No segundo capítulo encontram-se descritas as atividades desenvolvidas, competências e conhecimentos adquiridos no decorrer do estágio em Farmácia Comunitária. O respetivo relatório realizou-se durante o período compreendido entre 8 de fevereiro e 23 de junho de 2022, na Farmácia Azevedo Carvalho, em Cabeceiras de Basto, no distrito de Braga, sob orientação do Dr. José Pedro Neves Couto.por
dc.description.abstractThis document is part of the process of the curricular unit “Estágio” in order to obtain a Master's degree in Pharmaceutical Sciences and is divided into two chapters: Chapter I refers to the research aspect and Chapter II refers to the professional experience in Community Pharmacy. The first chapter concerns the research project entitled "Evaluation of the Effects of Lockdown on Mental Health and the Use of Anxiolytics and Antidepressants in Students at the University of Beira Interior". The SARS-CoV-2 virus was first identified in late 2019 in Wuhan, China. It is a pathogen that causes mainly respiratory infections, but can also have cardiovascular, renal, endocrine, and neurological manifestations, among others. The disease caused by this virus is called COVID-19. It has spread quickly and reached a global scale, due to the rapid speed of contagion, causing a sharp rise in the number of cases of infection. To contain the spread of the virus, Portugal and several countries in Europe and other regions of the world declared a state of emergency, and several containment measures were implemented, such as mandatory lockdown and closure of public spaces, including Higher Education Institutions. Thus, during the critical period of this disease, university students were forced to abandon their so-called "academic life" (social gatherings, group studies, and face-to-face classes) and return home in the middle of the semester. All these abrupt changes in their daily routines and activities, associated with the fear of infection or the fear of transmission to others, the decrease in social contacts and the concern with an uncertain future, triggered emotional instability and psychological suffering, increasing the use of anxiolytic and antidepressant medications. Thus, a cross-sectional observational study was conducted through the application of an anonymous and confidential online survey, answered by 370 students from the population of 8573 students enrolled at Universidade da Beira Interior (UBI) in the academic year 2021/2022. This aimed to assess not only the effects of lockdown on mental health, but also to understand its relationship with the use of anxiolytic and antidepressant medications in the population described above. Additionally, we tried to understand what were the main effects of lockdown on mental health felt by the students and what were the reasons that contributed to this, as well as the reasons that led to the use of the above-mentioned medications, possible adverse effects resulting from their use and, finally, to assess the students' knowledge and attitudes towards medication. This online survey, registered in the Google Forms platform, was approved by the Ethics Committee (EC) of UBI in February 2022. The results obtained included a sample of 370 participants, with a higher percentage of female students (78.4%), aged between 18 and 21 years (53.8%) and from the health sciences area (56.5%). The most prevalent study cycle was the integrated master's degree (44.1%), and the most prevalent course year was the first (25.1%). Lockdown affected the mental health of most students (56.8%), and the most affected were female participants (58.3%), 26-29 year old (80.0%), from the sciences fields (83.3%), 5th year students (80.5%), and PhD students (76.9%). With regard to how lockdown affected mental health, "Demotivation" (32.4%), "Anxiety" (24.3%) and "Stress" (21.0%), were the negative effects most reported by respondents, with "Reduced social life" (27,1%), "Lack of routine" (24.3%), "Concern with academic success" (21.9%) and "Adapting to a different life" (20.5%) were the most frequently mentioned reasons that contributed to these effects. Among the two therapeutic classes addressed in this study, the most consumed was anxiolytics with 14.6% compared to antidepressants (7.6%). In general, as a result of the association between the consumption of these drugs and the sociodemographic characteristics of the sample studied, it was concluded that those with a higher percentage of consumption were males (with 20.0% and 8.8% for anxiolytics and antidepressants, respectively), 30 years old or older (36.8%) and from the engineering field (34.8%) in the case of anxiolytics, and 26 to 29 years old (40.0%) and from the science field (16.7%) in the case of antidepressants. Correlating the effects of lockdown with the use of anxiolytic and antidepressant medications, we conclude that within the sample of students who were negatively affected by lockdown (56.8%), 22.4% are anxiolytic users and 9.5% are antidepressant users. Of the 22.4%, 53.2% were anxiolytic users before lockdown, and of these, 28.0% adjusted their dose, while almost half (46.8%) did not use them before lockdown, and in 72.7% of these, the use was due to the pandemic. Of the 9.5% that use antidepressants, most (65.0%) were already taking these medications before lockdown, and 23.1% adjusted their dose, while 35.0% did not use them before, and 42.9% of these, consumption was due to the pandemic. Finally, with regard to the students' knowledge and attitudes about the drugs discussed, almost all of them are aware and well aware of the issues surrounding these substances. The second chapter describes the activities developed, skills and knowledge acquired during the internship in Community Pharmacy. The respective report took place between February 8th and June 23rd, 2022, in Farmácia Azevedo Carvalho, in Cabeceiras de Basto, Braga district, under the supervision of Dr. José Pedro Neves Couto.eng
dc.identifier.tid203287975
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.6/13310
dc.language.isoporpor
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/
dc.subjectAnsiolíticospor
dc.subjectAntidepressivospor
dc.subjectConfinamentopor
dc.subjectEstudantes Universitáriospor
dc.subjectSars-Cov-2por
dc.subjectSaúde Mentalpor
dc.titleAvaliação dos Efeitos do Confinamento na Saúde Mental e o Recurso a Ansiolíticos e Antidepressivos nos estudantes da Universidade da Beira Interiorpor
dc.title.alternativeExperiência Profissionalizante na Vertente de Investigação e Farmácia Comunitáriapor
dc.typemaster thesis
dspace.entity.typePublication
rcaap.rightsopenAccesspor
rcaap.typemasterThesispor
thesis.degree.nameMestrado Integrado em Ciências Farmacêuticaspor

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