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- Desenvolvimento de uma formulação para administração intranasal de perampanel de ação prolongadaPublication . Lopes, Sara Margarida Lourenço; Santos, Adriana Oliveira dos; Alves, Gilberto Lourenço; Meirinho, Sara AlexandraO presente trabalho encontra-se dividido em três capítulos. O primeiro capítulo é referente ao trabalho da vertente de investigação em Ciências Farmacêuticas, desenvolvido no Centro de Investigação em Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (CICS-UBI). O segundo capítulo relata a minha experiência em farmácia hospitalar na Unidade Local de Saúde da Guarda. Para finalizar, o terceiro capítulo descreve a minha experiência em farmácia comunitária na farmácia São João na Covilhã. A epilepsia é uma doença que afeta uma grande percentagem da população mundial. O seu tratamento pode ser crónico ou agudo, sendo que o crónico é normalmente caracterizado por antiepiléticos administrados por via oral, que o doente toma diariamente, e o agudo por um tratamento por via intravenosa administrado em caso de uma crise epilética. No entanto, ambas as formas de tratamento têm desvantagens relativamente à sua via de administração. Para tentar ultrapassar essas desvantagens já se encontram descritos na literatura tratamentos por via nasal. O perampanel é um fármaco antiepilético muito potente, já comercializado para administração oral. O facto de ser muito potente faz com que uma menor dose seja necessária para que o efeito terapêutico seja atingido, o que o faz um ótimo candidato a administração intranasal. Porém tem o problema de ter baixa solubilidade aquosa o que o torna num desafio à formulação para administração por esta via. A equipa de investigação já desenvolveu uma formulação para administrar este fármaco por via intranasal com resultados promissores. Esta formulação usa a tecnologia SMEDD (sistema automicroemulsivo, do Inglês self-microemulsifying drug delivery) que aumenta a biodisponibilidade de fármacos, especialmente os que tem baixa solubilidade aquosa. Considerou-se então otimizar esta formulação com o objetivo de conseguir que a concentração do perampanel se mantivesse dentro do intervalo terapêutico por mais tempo. Como estratégia de promoção do direcionamento para o cérebro por via direta foi testada a incorporação de quitosano ou albumina na fase aquosa. Os resultados obtidos foram promissores, obtendo-se valores de tamanhos de gotículas nanométricos, sendo porém relativamente heterogéneos. A osmolalidade das formulações também foi alta para administração nasal, mas a viscosidade das formulações foi adequada para este sistema de entrega. Estas formulações tiveram bons resultados em ensaios in vitro de libertação e de biodisponibilidade in vivo, prolongado o tempo em que o perampanel permaneceu no cérebro em concentrações terapêuticas. Assim, estes resultados podem ser ponto de partida para outros trabalhos de investigação. No segundo capítulo é relatado o estágio no Hospital Sousa Martins, parte da unidade Local de Saúde da Guarda que decorreu entre os dias 14 de fevereiro e 01 de abril de 2022 sob a orientação do Dr. Jorge Aperta. Apresenta o que foi apreendido ao longo das 7 semanas de estágio acerca da gestão de uma farmácia hospitalar e todo o trabalho desenvolvido pelo farmacêutico hospitalar. Este estágio permitiu ter um primeiro contacto com a farmácia hospitalar e ter um contacto com uma equipa multidisciplinar que trabalha sempre em prol do doente. O terceiro capítulo resume a experiência em farmácia comunitária na farmácia São João na Covilhã entre os dias 04 de abril e 24 de junho de 2022 sob a orientação da Dra. Dina Esteves. Relata o dia a dia de um farmacêutico comunitário e alguns dos desafios que esta área apresenta como, por exemplo, a gestão de uma farmácia e a dispensa de medicamentos e todas as responsabilidades que isso acarreta. É um estágio muito importante para a minha formação e é uma linha condutora no mundo do trabalho.
- Triptaminas: Consumo Recreativo, Potencial Terapêutico e Repercussões na Saúde PúblicaPublication . Cabral, Emanuel Grilo; Alba, Maria Eugénia Gallardo; Antunes, Mónica Sofia Soares; Barroso, Mário Jorge DinisO relatório apresentado neste documento, descreve o culminar dos cinco anos de aprendizagem no curso do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas. Incorporado na unidade curricular de “Estágio”, unidade que se encontra seccionada em dois capítulos, um primeiro, correspondente à componente de investigação e um segundo referente à experiência profissionalizante em farmácia comunitária. No primeiro capítulo é feita uma abordagem ao potencial terapêutico, consumo recreativo e respetivas repercussões na saúde pública em virtude do consumo das triptaminas, um grupo de substâncias alucinogénias que integram as novas substâncias psicoativas. Nos dias de hoje, apesar do ritmo crescente de estudos realizados com base nestas substâncias, este não equipara o ritmo de surgimento de novas substâncias sintéticas. Diversas triptaminas sintéticas têm surgido nos mercados de drogas mundiais, substâncias sobre as quais se possui muito pouca informação, representando assim enormes riscos para a saúde pública, com consequências físicas e psicopatológicas. É assim necessário, reunir toda a informação disponível relativamente a estes compostos, de modo a auxiliar as entidades de saúde e as instituições legislativas a implementar medidas de saúde pública e controlo. O segundo capítulo diz respeito ao estágio curricular em farmácia comunitária, realizado na Farmácia da Sé, na cidade da Guarda. Decorrido entre os dias 7 de fevereiro e 17 de junho de 2022. Neste componente, descrevo de forma detalhada as funções, responsabilidades, competências e a realidade profissional de um farmacêutico no campo da farmácia comunitária, bem como todas as atividades e funções por mim desempenhadas durante este período de tempo, constituindo uma parte fundamental no meu futuro profissional.
- Avaliação dos Efeitos do Confinamento na Saúde Mental e o Recurso a Ansiolíticos e Antidepressivos nos estudantes da Universidade da Beira InteriorPublication . Martins, Ana Rita Carvalho; Alba, Maria Eugénia Gallardo; Rosado, Tiago Alexandre PiresO presente relatório surge no âmbito da unidade curricular Estágio com vista à obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas e encontra-se dividido em 2 capítulos: o Capítulo I referente à vertente de investigação e o Capítulo II relativo à experiência profissionalizante na vertente de Farmácia Comunitária. O primeiro capítulo diz respeito ao projeto de investigação intitulado de “Avaliação dos Efeitos do Confinamento na Saúde Mental e o Recurso a Ansiolíticos e Antidepressivos nos estudantes da Universidade da Beira Interior”. O vírus SARS-CoV-2 foi identificado pela primeira vez no final de 2019, na cidade de Wuhan, China. Trata-se de um agente patogénico que causa principalmente infeções respiratórias, mas também pode apresentar manifestações cardiovasculares, renais, endócrinas, neurológicas, entre outras. A doença provocada por este vírus, designa-se COVID-19. A sua propagação rapidamente atingiu uma escala mundial, devido à rápida velocidade de contágio, causando uma acentuada subida no número de casos de infeção. Para conter a propagação do vírus, Portugal e vários países da Europa e de outras regiões do mundo, decretaram o estado de emergência, sendo implementadas várias medidas de contenção, tais como: confinamento obrigatório e encerramento de espaços públicos, incluindo Instituições de Ensino Superior. Assim, durante o período crítico desta doença, os estudantes universitários viram-se obrigados a abandonar a chamada “vida académica” (reuniões sociais, estudos em grupo e aulas presenciais) para regressar a casa a meio do semestre. Todas estas mudanças abruptas nas suas rotinas e atividades diárias, associadas ao medo da infeção ou medo da transmissão a outros, a diminuição dos contactos sociais e a preocupação com um futuro incerto, desencadearam instabilidade emocional e sofrimento psicológico, potenciando o consumo de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos. Desta forma, realizou-se um estudo observacional e transversal através da aplicação de um inquérito online anónimo e confidencial, respondido por 370 estudantes da população dos 8573 alunos inscritos na Universidade da Beira Interior (UBI) no ano letivo 2021/2022. Este teve por objetivo avaliar, não só, os efeitos do confinamento na saúde mental, como também perceber a sua relação com o recurso a medicamentos ansiolíticos e antidepressivos na população descrita em epígrafe. Adicionalmente, tentou-se compreender quais foram os principais efeitos do confinamento na saúde mental, sentidos pelos estudantes, e quais os motivos que contribuíram para tal, assim como os motivos que originaram o consumo dos medicamentos referidos anteriormente possíveis efeitos adversos resultantes do consumo dos mesmos e, por último, avaliar o conhecimento e atitudes dos estudantes em relação aos medicamentos. Este inquérito online e inscrito na plataforma Google Forms, obteve aprovação por parte da Comissão de Ética (CE) da UBI no mês de fevereiro de 2022. Dos resultados obtidos fez parte a amostra dos 370 participantes, com uma maior percentagem de alunos do sexo feminino (78,4%), da faixa etária dos 18 aos 21 anos (53,8%) e da área das ciências da saúde (56,5%). O ciclo de estudos mais predominante foi o mestrado integrado (44,1%), sendo que o ano de curso mais prevalente foi o primeiro (25,1%). O confinamento foi capaz de afetar a saúde mental da maior parte dos estudantes (56,8%), sendo que os mais afetados foram os participantes do sexo feminino (58,3%), da faixa etária dos 26 aos 29 anos (80,0%), da área das ciências (83,3%), do 5.º ano (80,5%) e os alunos de doutoramento (76,9%). No que diz respeito à forma como o confinamento afetou a saúde mental, “Desmotivação” (32,4%), “Ansiedade” (24,3%) e “Stress” (21,0%), foram os efeitos negativos mais relatados pelos inquiridos, sendo a “Vida social reduzida” (27,1%), a “Falta de rotina” (24,3%), a “Preocupação com o sucesso académico” (21,9%) e a “Adaptação a uma vida diferente” (20,5%) os motivos maioritariamente apontados que contribuíram para esses efeitos. De entre as duas classes terapêuticas abordadas neste estudo, a mais consumida foi a dos ansiolíticos com 14,6% face aos antidepressivos (7,6%). De um modo geral, como resultados da associação entre o consumo destes medicamentos e as características sociodemográficas da amostra estudada, conclui-se que os que apresentaram uma maior percentagem de consumo foram o sexo masculino (com 20,0% e 8,8% para ansiolíticos e antidepressivos, respetivamente), da faixa etária dos 30 ou mais (36,8%) e pertencente à área das engenharias (34,8%) no caso dos ansiolíticos, e da faixa etária dos 26 a 29 anos (40,0%) e da área das ciências (16,7%) no caso dos antidepressivos. Correlacionando os efeitos do confinamento com o recurso a medicamentos ansiolíticos e antidepressivos, conclui-se que dentro da amostra de estudantes que foram afetados negativamente pelo confinamento (56,8%), 22,4% são consumidores de ansiolíticos e 9,5% de antidepressivos. Dos 22,4%, 53,2% já eram consumidores de ansiolíticos antes do confinamento, sendo que desses, 28,0% ajustou a dose, enquanto quase metade (46,8%) não consumiam antes do confinamento, sendo que em 72,7% desses, o consumo foi devido à pandemia. Já dos 9,5% que consomem antidepressivos, a maioria (65,0%) já tomava estes medicamentos antes do confinamento, sendo que 23,1% ajustou a dose, enquanto 35,0% não consumia antes do confinamento, sendo que em 42,9% desses, o consumo foi devido à pandemia. Por fim, no que concerne aos conhecimentos e atitudes por parte dos estudantes relativamente aos medicamentos abordados, quase na totalidade estão cientes e bem conscientizados em relação às temáticas destas substâncias. No segundo capítulo encontram-se descritas as atividades desenvolvidas, competências e conhecimentos adquiridos no decorrer do estágio em Farmácia Comunitária. O respetivo relatório realizou-se durante o período compreendido entre 8 de fevereiro e 23 de junho de 2022, na Farmácia Azevedo Carvalho, em Cabeceiras de Basto, no distrito de Braga, sob orientação do Dr. José Pedro Neves Couto.
- O desenho infantil enquanto ferramenta de avaliação em projetos sociais: estudo de caso do projeto "menin@s - igualdade e não violência"Publication . Saraiva, Daniela Filipa Silva; Monteiro, Alcides AlmeidaTem-se observado uma ortodoxia no que concerne aos processos avaliativos de projetos sociais, que muito se consubstancia pela construção de normas que estruturam os procedimentos avaliativos. Não obstante, os processos avaliativos de projetos sociais devem procurar adaptarse a novos desafios, nomeadamente quando se trabalha com públicos específicos. Perante este panorama, urge a necessidade de fomentar o reconhecimento da importância de uma aferição sensível e efetiva das mudanças nos beneficiários de projetos sociais. Pensando nisto à luz de ter como público-alvo crianças, enfrentamos desafios específicos a este público. Com base nesta premissa, a presente investigação pretendeu, numa abordagem exploratória, avaliar o recurso a uma metodologia não ortodoxa – o desenho infantil – enquanto instrumento de avaliação dos conhecimentos adquiridos pelas crianças no âmbito da intervenção socioeducativa de um projeto social. Tendo como principal objetivo analisar a aplicabilidade do uso do desenho infantil enquanto ferramenta de avaliação no âmbito de projetos sociais, a presente investigação teve por base um estudo de caso no âmbito do projeto “menin@s - igualdade e não violência”. A análise baseou-se nos conteúdos contidos nos desenhos realizados pelas crianças em dois momentos, num momento prévio à realização da intervenção socioeducativa e num momento subsequente à referida intervenção. Por fim, recorrendo à análise de conteúdo e à análise estatística constatamos que alguns dos indicadores revelaram significância estatística nas alterações no mundo simbólico das crianças nas questões de género. Os resultados obtidos através de uma pesquisa exploratória aferiram que a proporção de estereótipos de género na amostragem pré-intervenção é maior à proporção de estereótipos de género na amostragem pós intervenção. Demonstrando assim, que o desenho infantil pode representar uma ferramenta de projetos sociais, nomeadamente, quando o público-alvo são crianças. Apesar deste ser um instrumento que ainda carece de maior robustez por parte de investigações científicas, esta revelou-se uma técnica expressiva, envolvente, versátil, flexível, acessível, fácil e económica. A aplicação do desenho infantil no processo de avaliação de projetos poderá habilitar a realização de uma avaliação participante e participativa, conferindo uma voz ativa às crianças beneficiárias dos projetos.
- Incluir e Inovar na Terceira Idade: fatores de sucesso e obstáculos à implementação de Projetos Sociais destinados a IdososPublication . Fernandes, Maria Martins; Monteiro, Alcides AlmeidaUma população cada vez mais envelhecida, bem como a crescente falta de respostas direcionadas a esta faixa etária, têm vindo a ser alvo de preocupação nos tempos atuais. Se há uns anos atrás a esperança média de vida rondava os sessenta e cinco anos, hoje em dia esta encontra-se acima dos oitenta, pelo que temos cada vez mais idosos e cada vez menos soluções disponíveis para que estes obtenham uma qualidade de vida digna nesta fase das suas vidas. Embora o terceiro setor possa oferecer um vasto leque de resposta a estes indivíduos, considera-se ainda que as mesmas não têm em atenção o tipo de necessidades de cada idoso enquanto ser individual, pelo que apresentam soluções padronizadas e pouco atentas aos problemas de cada um deles. Foi neste sentido que procurei investigar aquilo que tem vindo a ser feito de forma responder de forma diferente e inovadora aos principais problemas desta faixa etária, bem como o seu impacto e eficácia na resolução, ou amenização dos mesmos. Para tal, inquiri os responsáveis dos projetos “Rugas de Sorrisos”, “QuintAAL”, “Social +”, “100 Solidão” e “Estima-Te” e elaborei uma posterior análise documental de um relatório de informações do projeto “Rugas de Sorrisos”, do Programa de Parcerias para o Impacto do projeto “QuintAAL” e de um relatório de apresentação de resultados do projeto “Estima-Te”. Os resultados obtidos indicaram essencialmente que a inovação social deve ser o princípio basilar de qualquer projeto social para este possa ter impactos consideráveis para o seu público-alvo e se possa tornar sustentável ao longo do tempo. Para além disso, é fundamental o apoio de entidades parceiras na sua implementação, uma vez que a falta de financiamento pode constituir um dos principais entraves à sua taxa de sucesso.