Repository logo
 
No Thumbnail Available
Publication

A vivência da sexualidade na população estudantil da Universidade da Beira Interior

Use this identifier to reference this record.
Name:Description:Size:Format: 
10279_23333.pdf865.08 KBAdobe PDF Download

Abstract(s)

Introdução: Os jovens adultos são um grupo de risco no que toca à expressão da sexualidade, o que pode comprometer a sua saúde. A vivência de uma sexualidade saudável e gratificante tem sido associada a uma melhoria da perceção da qualidade de vida, bem como a uma melhor integração social e desempenho escolar mais positivo. Apesar de já se verificar algum progresso na promoção da educação sexual entre os jovens, a maioria dos programas de intervenção não consideram a satisfação sexual como um domínio crucial da sexualidade. Objetivos e Metodologia: Esta investigação tem como objetivo perceber como é que os alunos do 1º e 2º ciclos de estudos da Universidade da Beira Interior (UBI) vivenciam a sua sexualidade, as fontes de conhecimento sobre a mesma e se a criação de uma consulta gratuita de sexualidade clínica na UBI seria pertinente. Para isso, foi aplicado um inquérito digital e anónimo, enviado por e-mail aos alunos de 1º e 2º ciclos de estudo da UBI, com idades iguais ou superiores a 18 anos, tendo sido previamente testado e aprovado pela Comissão de Ética da UBI. Resultados: No total, obteve-se 356 respostas válidas. Os estudantes tinham idades compreendidas entre os 18 e 54 anos e a maioria pertenciam à Faculdade de Ciências da Saúde (FCS), afirmavam-se do sexo biológico feminino, cisgénero, heterossexuais e já tinham iniciado a sua atividade sexual (79.2%). Os resultados deste estudo demonstraram que 80.1% dos participantes classificaram a sua satisfação sexual como positiva e 83.0% classificaram positivamente o seu relacionamento com o parceiro sexual. Os inquiridos revelaram que a melhoria da satisfação sexual se relacionou, de forma estatisticamente significativa, com a prática do sexo vaginal, com a existência de um único parceiro sexual, com a maior frequência das relações sexuais e com o bom relacionamento com o seu parceiro sexual. As principais fontes de informação sobre sexualidade foi a Internet (n=288; 80,9%) e os amigos e família (n=139; 39,2%), mas uma percentagem considerável de alunos revelou não sentir necessidade de procura de informação sobre a sexualidade (n=40; 11.2%). Por fim, verificou-se que 27.8% dos alunos não frequentariam a consulta gratuita de sexualidade clínica e dos que frequentariam, apenas 12.6% o fariam para aprofundar os seus conhecimentos. Conclusão: O presente estudo sugere que, no geral, os alunos da UBI têm uma perceção positiva da sua sexualidade, pelo que a implementação de uma consulta gratuita de sexualidade clínica na UBI teria um impacto reduzido. Uma vez que a maioria dos alunos utiliza a Internet como fonte de informação a implementação de sites fidedignos sobre a sexualidade, especialmente promovidos pelas sociedades científicas médicas, afigura-se uma intervenção de interesse na promoção de uma sexualidade saudável entre os jovens universitários.
Introduction: Young adults belong to a high-risk group when it comes to expressing their sexuality, which can compromise their health. The experience of a healthy and fulfilling sexuality has been linked to an improvement in the perception of quality of life, as well as better social integration and more positive academic performance. Despite some progress in promoting sexual education among young people, most intervention programs do not consider sexual satisfaction as a crucial domain of sexuality. Objectives and Methodology: This research aims to understand how students in the 1st and 2nd cycles of studies at the Universidade da Beira Interior (UBI) experience their sexuality, their sources of information to acquire knowledge on the subject, and the relevance of a free clinical sexuality consultation at UBI. For this purpose, a digital and anonymous survey was administered via email to students in the 1st and 2nd cycles of study at UBI, aged 18 years and above, and was previously tested and approved by the Comissão de Ética da UBI. Results: A total of 356 valid responses were obtained and the students ranged in age from 18 to 54 years old. The majority belonged to the Faculdade de Ciências da Saúde (FCS), identified as female biologically, cisgender, heterosexual, and had initiated sexual activity (79.2%). The results of this study showed that 80.1% of participants rated their sexual satisfaction as positive, and 83.0% rated their relationship with their sexual partner positively. Respondents revealed that the improvement in sexual satisfaction was associated with vaginal sex, having a single sexual partner, more frequent sexual relations, and a good relationship with their sexual partner. The main sources of information on sexuality were the Internet (n=288; 80.9%) and friends/ family (n=139; 39.2%). However, a significant number of students indicated that they did not feel the need to seek information about sexuality (n=40; 11.2%). Finally, it was found that 27.8% of students would not attend the free clinical sexuality consultation, and of those who would, only 12.6% would do so to deepen their knowledge. Conclusion: This study suggests that, overall, UBI students have a positive perception of their sexuality, making the implementation of a free clinical sexuality consultation at UBI of limited impact. Since most students use the Internet as their primary source of information, the implementation of reliable websites on sexuality, especially those promoted by medical scientific societies, appears to be an intervention of interest in promoting healthy sexuality among young university students.

Description

Keywords

Educação Sexual Jovens Adultos Relacionamento Satisfação Sexual Sexualidade

Citation

Research Projects

Organizational Units

Journal Issue