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- A união faz a força: A comunicação estratégica e o engajamento interno dos funcionários no ativismo corporativoPublication . Silva, George Wylliam da; Gonçalves, Gisela Marques PereiraAs organizações apresentam um considerável poder de influência na sociedade, especialmente à medida que se posicionam face à adesão e à comunicação de causas sociais. Essencialmente a partir de 2010, diferentes públicos têm demandado um posicionamento ativista mais pragmático dessas empresas. Tal comportamento é, também, verificado por funcionários dessas organizações, visto que podem vir a ser advogados da mudança social do seu próprio local de trabalho, no chamado ativismo corporativo. Desse modo, partindo do pressuposto de que as organizações são atores sociais que influenciam a agenda pública, o desafio desta investigação é compreender se é possível garantir o envolvimento dos empregados em causas sociais de maneira legítima a partir da comunicação interna, assim como verificar e perceber as razões, motivações e significados atrelados ao fenômeno do ativismo corporativo. Para alcançar tais objetivos, foram exploradas as temáticas voltadas ao ativismo corporativo e à comunicação estratégica durante a revisão de literatura. Já na etapa empírica deste estudo, a metodologia qualitativa utilizada para a coleta de dados primários foi a realização de entrevistas em profundidade e semiestruturada, que foram analisadas a partir do modelo da Análise de Conteúdo. Verificou-se, após a discussão dos dados, a presença de desafios relevantes que os setores de responsabilidade social e de comunicação enfrentam atualmente na tentativa de engajar os funcionários da empresa em ações de caráter ativista. Este estudo destaca a importância dos profissionais de relações públicas, que no contexto da Comunicação Estratégica, possuem papel crucial no desenvolvimento de uma cultura de propósito e na construção de uma conscientização coletiva e ativa nos colaboradores.
- As medidas de prevenção das Infeções Sexualmente Transmissíveis dos alunos da Universidade da Beira InteriorPublication . Alves, Margarida Faria Pereira; Moutinho, José Alberto Fonseca; Nunes, Sara Monteiro Morgado DiasAs infeções sexualmente transmissíveis representam um importante problema de saúde pública e uma prevenível causa de morbimortalidade. A comunidade académica, por continuar a expor-se a situações de vulnerabilidade, torna-se uma população importante para despertar o interesse sobre a prevenção destas doenças. Este estudo teve como objetivo principal perceber o conhecimento que os alunos do 1º e 2º ciclos do Ensino Superior da Universidade da Beira Interior têm sobre as infeções sexualmente transmissíveis e a sua prevenção. Um questionário digital e anónimo, previamente validado pela Comissão de Ética da Universidade da Beira Interior, foi enviado por e-mail institucional aos alunos desta universidade. A amostragem deste estudo foi constituída por 356 alunos, com idades compreendidas entre os 18 e os 54 anos, cuja maioria referiu já ter iniciado a sua atividade sexual. O nível de conhecimento sobre as infeções sexualmente transmissíveis é superior nos alunos da Faculdade de Ciências da Saúde, com mais de 21 anos e do sexo feminino. A maioria dos alunos reconhece que a utilização de preservativo nas relações sexuais é uma medida de prevenção da transmissão das infeções sexualmente transmissíveis, no entanto esta prática não é adotada de forma contínua pelos indivíduos. O sexo feminino, em comparação ao sexo masculino, utiliza mais medidas adequadas de prevenção e tem um grau de preocupação com a temática superior. Os alunos utilizam mais a internet e o recurso a médicos ou outros profissionais de saúde como formas de aumentar o seu conhecimento sobre as medidas de prevenção das infeções sexualmente transmissíveis. A população estudantil da Universidade da Beira Interior ainda possui algumas lacunas no seu conhecimento sobre as infeções sexualmente transmissíveis e as medidas de prevenção das mesmas, tornando-se imperativo adotar medidas que visem aumentar a sua literacia em saúde.
- TIC e (Re)configuração das Relações Familiares: perceções de imigrantes cabo-verdianos em Portugal sobre as suas relações com familiares no país de origemPublication . Furtado, Maria Marelene Rodrigues; Pereira, Maria João Leitão Simões AreiasO presente estudo tem como objetivo principal analisar (re)configurações nas relações entre imigrantes cabo-verdianos e seus familiares no país de origem, decorrentes do uso das TIC, em particular das redes sociais. Com o primeiro objetivo pretende-se captar as perceções dos imigrantes sobre as diferentes formas de interação mediada desde a carta, passando pelo telefone fixo e terminando nas redes sociais, comparando-as com a interação face a face. Dadas as oportunidades criadas com as TIC, em particular as redes sociais, pretende-se, no segundo objetivo, analisar consequências dessa forma de interação. É usada uma metodologia qualitativa com o recurso a entrevistas semidiretivas. As redes sociais, face aos outros meios de comunicação mediada, trouxeram enorme oportunidades para a conexão das famílias transnacionais. Mas, contrariando as perspetivas tecnologicamente deterministas, não há efeitos homogéneos nos usos dos diferentes meios de comunicação mediada e, num contexto de polimédia, os imigrantes escolhem meios diferentes e experienciam os mesmos meios de modos diferentes consoante as suas necessidades e escolhas.
- O impacto dos prebióticos e probióticos nas doenças cardiovascularesPublication . Moreira, Ana Luísa Pereira; Barata, José Luis Ribeiro TemudoAs doenças cardiovasculares representam uma preocupação global de saúde, sendo das principais causas de morbidade e mortalidade a nível mundial. A introdução na alimentação humana de prebióticos (substâncias não digeríveis que estimulam o crescimento de bactérias benéficas já presentes na microbiota) e probióticos (bactérias benéficas que melhoraram a composição da microbiota) têm apresentado um impacto positivo na microbiota intestinal atuando através de diversos mecanismos, desde a produção de metabolitos específicos até a modulação da sua composição. A disbiose, caracterizada pelo desequilíbrio na composição da microbiota, tem sido associada a várias condições patológicas, incluindo doenças cardiovasculares. A presença de bactérias patogénicas e a redução de espécies benéficas pode desencadear processos inflamatórios crónicos e contribuir para a progressão da insuficiência cardíaca, aterosclerose, doença arterial coronária e hipertensão arterial. Os prebióticos e os probióticos parecem ter um impacto positivo na saúde cardiovascular. Estes efeitos incluem uma redução do colesterol e melhoria no controlo da pressão arterial, fatores de risco significativos para as doenças cardiovasculares. Para além disso, por terem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, poderão ser benéficos na prevenção de eventos cardiovasculares. No entanto, para se compreender melhor o impacto destes componentes na saúde cardiovascular, é de extrema importância realizar mais estudos em humanos que forneçam mais informações e comprovem a eficácia desta abordagem no tratamento e prevenção das doenças cardiovasculares. Em síntese, há interação entre a microbiota intestinal, os seus metabolitos e as doenças cardiovasculares e os prebióticos e probióticos são possíveis aliados na promoção da saúde cardiovascular. Integrar estratégias que visem equilibrar a microbiota poderá vir a representar uma abordagem complementar no combate às doenças cardiovasculares, proporcionando benefícios significativos à saúde humana.
- A vivência da sexualidade na população estudantil da Universidade da Beira InteriorPublication . Belinha, Joana Queirós; Moutinho, José Alberto Fonseca; Nunes, Sara Monteiro Morgado DiasIntrodução: Os jovens adultos são um grupo de risco no que toca à expressão da sexualidade, o que pode comprometer a sua saúde. A vivência de uma sexualidade saudável e gratificante tem sido associada a uma melhoria da perceção da qualidade de vida, bem como a uma melhor integração social e desempenho escolar mais positivo. Apesar de já se verificar algum progresso na promoção da educação sexual entre os jovens, a maioria dos programas de intervenção não consideram a satisfação sexual como um domínio crucial da sexualidade. Objetivos e Metodologia: Esta investigação tem como objetivo perceber como é que os alunos do 1º e 2º ciclos de estudos da Universidade da Beira Interior (UBI) vivenciam a sua sexualidade, as fontes de conhecimento sobre a mesma e se a criação de uma consulta gratuita de sexualidade clínica na UBI seria pertinente. Para isso, foi aplicado um inquérito digital e anónimo, enviado por e-mail aos alunos de 1º e 2º ciclos de estudo da UBI, com idades iguais ou superiores a 18 anos, tendo sido previamente testado e aprovado pela Comissão de Ética da UBI. Resultados: No total, obteve-se 356 respostas válidas. Os estudantes tinham idades compreendidas entre os 18 e 54 anos e a maioria pertenciam à Faculdade de Ciências da Saúde (FCS), afirmavam-se do sexo biológico feminino, cisgénero, heterossexuais e já tinham iniciado a sua atividade sexual (79.2%). Os resultados deste estudo demonstraram que 80.1% dos participantes classificaram a sua satisfação sexual como positiva e 83.0% classificaram positivamente o seu relacionamento com o parceiro sexual. Os inquiridos revelaram que a melhoria da satisfação sexual se relacionou, de forma estatisticamente significativa, com a prática do sexo vaginal, com a existência de um único parceiro sexual, com a maior frequência das relações sexuais e com o bom relacionamento com o seu parceiro sexual. As principais fontes de informação sobre sexualidade foi a Internet (n=288; 80,9%) e os amigos e família (n=139; 39,2%), mas uma percentagem considerável de alunos revelou não sentir necessidade de procura de informação sobre a sexualidade (n=40; 11.2%). Por fim, verificou-se que 27.8% dos alunos não frequentariam a consulta gratuita de sexualidade clínica e dos que frequentariam, apenas 12.6% o fariam para aprofundar os seus conhecimentos. Conclusão: O presente estudo sugere que, no geral, os alunos da UBI têm uma perceção positiva da sua sexualidade, pelo que a implementação de uma consulta gratuita de sexualidade clínica na UBI teria um impacto reduzido. Uma vez que a maioria dos alunos utiliza a Internet como fonte de informação a implementação de sites fidedignos sobre a sexualidade, especialmente promovidos pelas sociedades científicas médicas, afigura-se uma intervenção de interesse na promoção de uma sexualidade saudável entre os jovens universitários.