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Authors
Abstract(s)
Brain-computer Interface (BCI) is an emerging neurotechnology with potential
applications involving primarily neurological disorders. There is a rising interest in the
use of BCI to address current unmet clinical needs from patients.
Despite their therapeutic potential, BCI use is still mostly limited to research stages and
its translation into mainstream clinical applications and widespread adoption is
lagging.
This study revises the current potential clinical applications of BCIs in humans,
attempts to understand barriers and opportunities to wider clinical adoption and draws
health policy and management implications of BCIs use in medical practice.
The methodology followed a two-step approach which included a systematic review of
potential clinical applications of BCIs and a qualitative study, using focus group
method, to understand and integrate professionals’ experiences, perceptions, thoughts
and feelings on the wide clinical adoption of BCIs. Focus groups included professionals
from the medical, engineering and management field.
BCI clinical applications with more clinical evidence include neurorehabilitation with
non-invasive devices and the control of assistive devices with invasive BCIs.
Nowadays, several barriers to wider clinical adoption of BCIs, including technological,
seem addressable. However, systemic barriers from the health systems to innovation
and technological interventions need a comprehensive and multidisciplinary approach
to enhance their adoption.
Professionals from medicine, engineering and management, working in collaboration
in healthcare contexts, are some of the stakeholders important to change the current
vision of healthcare towards innovation.
As interfaces cérebro-computador (BCI) são uma Neurotecnologia emergente com potencial para serem aplicadas no âmbito clínico, nomeadamente em condições de foro neurológico. Existe um interesse crescente no uso desta tecnologia para ir de encontro às necessidades clínicas de doentes com poucas soluções de tratamento e apoio médico. Apesar das potencialidades das BCI para serem usadas em contexto clínico em humanos, as suas aplicações têm-se limitado a contextos específicos de pesquisa e sem transição para a área da saúde com consequente adoção enquanto ferramenta terapêutica. Com este trabalho pretende-se rever as aplicações clínicas atuais destes dispositivos em humanos, perceber quais as barreiras e oportunidades para a sua adoção em contextos clínicos e retirar ilações do uso de BCI para políticas de saúde e gestão de inovação na prática médica. A metodologia foi dividida em duas fases, que incluíram uma revisão sistemática das potenciais aplicações clínicas de BCI e um estudo qualitativo, usando focus groups, para melhor perceber e integrar as experiências, perceções, ideias e sentimentos de profissionais em relação à adoção de BCI na prática clínica comum. Os focus groups incluíram profissionais das áreas médica, de engenharia e de gestão. As aplicações clínicas com maior nível de evidência para a clínica incluem a neuroreabilitação com BCI não-invasivos e o controlo de dispositivos de assistência com BCI invasivos. Atualmente, diversas barreiras à implementação de BCI em contexto clínico, incluindo o desenvolvimento tecnológico, parecem ser possíveis de ultrapassar num prazo razoável. Contudo, barreiras sistemáticas à inovação e intervenções tecnológicas no âmbito dos sistemas de saúde, apresentam-se como um problema mais complexo e necessitarão de uma abordagem mais globalizada e multidisciplinar para tornar possível a adoção de BCI na prática clínica. Para atingir este objetivo e ultrapassar estas barreiras, profissionais das áreas de medicina, engenharia e gestão devem colaborar e trabalhar em conjunto em contextos de saúde, contribuindo para uma mudança de cultura e tornando os sistemas de saúde mais abertos à inovação.
As interfaces cérebro-computador (BCI) são uma Neurotecnologia emergente com potencial para serem aplicadas no âmbito clínico, nomeadamente em condições de foro neurológico. Existe um interesse crescente no uso desta tecnologia para ir de encontro às necessidades clínicas de doentes com poucas soluções de tratamento e apoio médico. Apesar das potencialidades das BCI para serem usadas em contexto clínico em humanos, as suas aplicações têm-se limitado a contextos específicos de pesquisa e sem transição para a área da saúde com consequente adoção enquanto ferramenta terapêutica. Com este trabalho pretende-se rever as aplicações clínicas atuais destes dispositivos em humanos, perceber quais as barreiras e oportunidades para a sua adoção em contextos clínicos e retirar ilações do uso de BCI para políticas de saúde e gestão de inovação na prática médica. A metodologia foi dividida em duas fases, que incluíram uma revisão sistemática das potenciais aplicações clínicas de BCI e um estudo qualitativo, usando focus groups, para melhor perceber e integrar as experiências, perceções, ideias e sentimentos de profissionais em relação à adoção de BCI na prática clínica comum. Os focus groups incluíram profissionais das áreas médica, de engenharia e de gestão. As aplicações clínicas com maior nível de evidência para a clínica incluem a neuroreabilitação com BCI não-invasivos e o controlo de dispositivos de assistência com BCI invasivos. Atualmente, diversas barreiras à implementação de BCI em contexto clínico, incluindo o desenvolvimento tecnológico, parecem ser possíveis de ultrapassar num prazo razoável. Contudo, barreiras sistemáticas à inovação e intervenções tecnológicas no âmbito dos sistemas de saúde, apresentam-se como um problema mais complexo e necessitarão de uma abordagem mais globalizada e multidisciplinar para tornar possível a adoção de BCI na prática clínica. Para atingir este objetivo e ultrapassar estas barreiras, profissionais das áreas de medicina, engenharia e gestão devem colaborar e trabalhar em conjunto em contextos de saúde, contribuindo para uma mudança de cultura e tornando os sistemas de saúde mais abertos à inovação.
Description
Keywords
Dispositivos Médicos Inovação em Saúde Interfaces Cérebro-Computador Interfaces Cérebro-Máquina Neurotecnologia