Repository logo
 
Publication

Marcadores Inflamatórios Séricos e Rotura Prematura de Membranas Pré-Termo

datacite.subject.fosCiências Médicas::Ciências da Saúde::Medicinapor
dc.contributor.advisorMoutinho, José Alberto Fonseca
dc.contributor.advisorNunes, Sara Monteiro Morgado Dias
dc.contributor.authorMarty, Carla Sofia Maciel Puig
dc.date.accessioned2023-01-25T10:29:59Z
dc.date.available2023-01-25T10:29:59Z
dc.date.issued2022-07-13
dc.date.submitted2022-04-29
dc.description.abstractIntrodução: A Rotura Prematura de Membranas Pré-Termo (RPM-PT) afeta 2 a 3% das gestações, sendo responsável por aproximadamente 30 a 40% dos partos pré-termo e morbimortalidade perinatal significativa. Associa-se a diversas complicações, tais como corioamnionite, sépsis neonatal, prematuridade e hipoplasia pulmonar. Assim, torna-se oportuna a identificação precoce das grávidas em risco, de modo a proceder a uma vigilância mais apertada. Os processos inflamatórios, quer a nível local ou sistémico, têm sido apontados como um dos principais mecanismos fisiopatológicos para o surgimento desta complicação obstétrica. Contudo, o impacto de marcadores inflamatórios sistémicos na identificação precoce destas grávidas permanece pouco estudado. Objetivos: Este estudo pretendeu averiguar a relação entre os marcadores inflamatórios séricos, obtidos a partir do hemograma do primeiro e segundo trimestres de gravidez, e a ocorrência de RPM-PT. Métodos: Estudo observacional, transversal e retrospetivo das grávidas cujo parto ocorreu no Centro Hospitalar e Universitário Cova da Beira entre os anos 2015 e 2019. Foram excluídas grávidas com doenças prévias, gestações anteriores, gravidez gemelar ou ausência de informação sobre a gravidez. Através dos processos clínicos das grávidas, foram obtidos os valores dos hemogramas de primeiro e segundo trimestres, antecedentes pessoais, evolução da gravidez e parto. Assim, comparou-se o grupo das grávidas com RPM-PT (n=19) com um grupo de grávidas com parto de termo, eutócico e sem Rotura Prematura de Membranas (n=187). Foi efetuada uma segunda comparação entre a ocorrência de RPM-PT antes (n=12) e depois (n=7) das 34 semanas de gestação e o mesmo grupo sem rotura (n=187). A análise estatística foi realizada com recurso ao SPSS Statistics versão 25.0, tendo sido considerado um nível de significância de 0,05. Resultados: Em 9,2% das grávidas ocorreu RPM-PT. Os rácios neutrófilos/linfócitos, neutrófilos/plaquetas, plaquetas/linfócitos e o índice inflamatório sistémico não demonstraram associação com a ocorrência de RPM-PT. Foi verificada uma correlação entre idade materna mais elevada e a ocorrência de RPM-PT antes das 34 semanas (p=0,034). A hemorragia no segundo trimestre foi mais frequente em grávidas com RPMPT (p=0,043) e a probabilidade de RPM-PT é cerca de 11 vezes superior nas mulheres que tiveram hemorragia vaginal no segundo trimestre. No que concerne às variáveis fetais, foi estabelecida associação entre RPM-PT e um menor índice de Apgar no primeiro (p=0,015) e décimo (p=0,041) minutos, menor perímetro cefálico (p<0,0001), menor peso à nascença (p<0,0001), menor comprimento fetal (p<0,0001) e o sexo masculino do recémnascido (p=0,041). Conclusões: Os rácios inflamatórios sistémicos no primeiro e segundo trimestres de gravidez parecem não ser úteis na previsão de um maior risco de RPM-PT. A idade materna mais elevada associou-se à ocorrência de RPM-PT mais precocemente (=34 semanas). A hemorragia vaginal no segundo trimestre parece ser um importante fator de risco para RPM-PT. Tal como esperado, foram detetados piores outcomes fetais nas mulheres com RPM-PT. Serão necessários estudos mais robustos para verificar a importância clínica dos rácios inflamatórios na previsão de RPM-PT, uma vez que através de marcadores facilmente disponíveis na prática clínica, se poderão identificar mulheres e recém-nascidos em risco.por
dc.description.abstractIntroduction: Preterm Premature Rupture of Membranes (PPROM) affects 2-3% of pregnancies, being responsible for about 30-40% of preterm labors and significant perinatal morbimortality. PPROM is associated with several complications, like corioamnionitis, neonatal sepsis, prematurity and pulmonary hypoplasia, justifying the need for an early detection of pregnant women at risk for better surveillance. Both local and systemic inflammation have been described as one of the pathophysiologic mechanisms behind PPROM, despite a low amount of studies that document this relation. Objetives: The aim of this study was to investigate the relation between inflammatory markers obtained from hemograms collected in the first and second pregnancy trimesters and the occurrence of PPROM. Methods: Observational, cross-sectional and retrospective study that included pregnant women whose delivery was at Centro Hospitalar e Universitário Cova da Beira, from 2015 to 2019. Women with preexisting illnesses, multigravidae, twin pregnancy or without pertinent clinical information were excluded. First and second trimesters hemogram results, clinical background and evolution of the pregnancy were obtained through the analysis of clinical patient files. A group constituted with pregnant women with PPROM (n=19) was compared with a group formed with pregnant women with eutocic delivery after 37 weeks and no Premature Rupture of Membranes (n=187). A second comparison was made between the occurrence of PPROM before (n=12) and after (n=7) 34 weeks of pregnancy and the same group without rupture (n=187). Statistical analysis was performed using SPSS Statistics version 25.0, for a p-value of 0,05. Results: PPROM was documented in 9,2% of pregnant women. No association was found between the occurrence of PPROM and neutrophil/lymphocyte ratio, neutrophil/platelet ratio, platelet/lymphocyte ratio or systemic inflammatory index. A correlation was verified between a higher maternal age and occurrence of PPROM before 34 weeks of pregnancy (p=0,034). Hemorrhage in the second trimester was more frequent in patients with PPROM (p=0,043), and the probability of PPROM is about eleven times higher in women who had genital hemorrhage in the second trimester. Lower first minute (p=0,015) and ten minute (p=0,041) Apgar scores, lower cephalic perimeter (p<0,0001), lower birth weight (p<0,0001), lower newborn length (p<0,0001) and the male gender of the newborn (p=0,041) were more documented in cases of PPROM. Conclusions: Hemogram inflammatory ratios at first and second pregnancy trimesters seems not to be useful to predict a higher risk for PPROM. Higher maternal age was associated with earlier PPROM (=34 weeks) and a second trimester genital hemorrhage was found to be an important risk factor for PPROM. As expected, PPROM was associated with worse newborn outcomes. More robust studies are needed to verify the clinical significance of hemogram inflammatory ratios, in order to predict PPROM.eng
dc.identifier.tid203182421
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.6/12760
dc.language.isoporpor
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/
dc.subjectGravidezpor
dc.subjectMarcadores Inflamatórios Séricospor
dc.subjectPrimeiro e Segundo Trimestrespor
dc.subjectRotura Prematura de Membranas Pré-Termopor
dc.titleMarcadores Inflamatórios Séricos e Rotura Prematura de Membranas Pré-Termopor
dc.typemaster thesis
dspace.entity.typePublication
rcaap.rightsopenAccesspor
rcaap.typemasterThesispor
thesis.degree.nameMestrado Integrado em Medicinapor

Files

Original bundle
Now showing 1 - 1 of 1
No Thumbnail Available
Name:
8956_19604.pdf
Size:
1.23 MB
Format:
Adobe Portable Document Format